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Revisão Curta da Literatura : Plantas medicinais : tradição, saber popular e a intervenção científica.

Por:   •  18/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.449 Palavras (6 Páginas)  •  229 Visualizações

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Revisão curta da literatura

Título: Plantas medicinais: tradição, saber popular e a intervenção científica.

Autor: CRUZ, Thais Dias

Data: 26/03/2017

Introdução 

O uso das plantas medicinais é uma das terapêuticas mais antigas usadas pelo homem, tal utilização se deu de forma empírica, com o passar do tempo e com a modernização, as plantas medicinais foram dando espaço para os medicamentos industrializados, porém grande parte da população brasileira ainda faz uso das mesmas, seja para fazer o tratamento completo ou para complementar o tratamento que está sendo realizado com os medicamentos industrializados.

Apesar da imensa quantidade de fármacos disponíveis no mercado atualmente a utilização das plantas medicinais ainda se faz muito presente porque muitas vezes os medicamentos tem alto custo e a população não recebe assistência medica e farmacêutica necessária para utilização do mesmo, optando assim pelo tratamento natural, o que pode ser até mais benéfico para a saúde desde a pessoa que vai utilizar tenha conhecimento dos fins curativos da planta, seus riscos e benefícios, pois assim como os medicamentos as plantas medicinais também tem contra-indicações e reações adversas.

No Brasil na década de 1980, teve inicio a legitimação e a institucionalização de abordagens de atenção à saúde, voltadas para a medicina tradicional no Brasil em especial após a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), posteriormente foi criada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS instituída pelo Ministério da Saúde visando aumentar as opções terapêuticas, dentre as terapêuticas estava as plantas medicinais, a intenção era a utilização das mesmas de forma correta com qualidade e eficácia e também o acesso aos fitoterápicos e serviços relativos. Em 2007 foi implementado o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos objetivando que os brasileiros tivessem acesso seguro e fizessem uso racional das plantas e fitoterápicos, promovendo assim o uso sustentável da biodiversidade e o desenvolvimento da indústria, destacava se dentro desse programa a ideia de promoção e reconhecimento das praticas populares e tradicionais dentro do uso das plantas medicinais, fitoterápicos e remédios caseiros, dessa forma em 2009 o Ministério da Saúde fez a divulgação da Relação Nacional de Plantas Medicinais de interesse do SUS (Renisus), 71 plantas usadas pela população e confirmadas de maneira científica se encontravam no mesmo.

Atualmente existem estudos a respeito da toxicidade das plantas medicinais e fitoterápicos utilizados no Brasil, para que a população faça um melhor uso e obtenha os resultados esperados. As plantas medicinais vem sendo usadas em programas como Saúde da família. O uso das plantas é bem amplo, desde a forma de chá para uma simples gripe até a utilização em rituais de cura que são feitos por índios e xamãs.

Para melhor compreensão a respeito do uso das plantas medicinais pela população, esse artigo foi subdividido para cada assunto. O fator de motivação para essa pesquisa foi a vontade de aprofundar meu conhecimento, e conhecer as mais diversas plantas medicinais e suas utilizações.

O primeiro artigo trata a respeito do saber sustentado na prática do cotidiano popular, o trabalho foi realizado em um município do Rio Grande do Sul, foi uma pesquisa qualitativa. O chá é predominantemente usado pela população e as plantas utilizadas para nos chás tem propriedades que se assemelham as propriedades científicas, mostrando assim uma necessidade junção do saber científico e popular. Traz informações sobre as plantas e suas indicações, como são feitas as colheitas, como são processados os chás existindo três formas sendo elas infusão, decocção e maceração e até em que recipiente fazê-lo, como conservá-lo e seus resultados. Como mostra na citação, da entrevistada:

[...] foi a folha de laranjeira, usei para nervosismo, apanhei na árvore aqui em casa, preparei (o chá) e após tomar melhorei dali uma a duas horas (após o uso) […] (CAMÉLIA, p.138, 2011).

O segundo artigo retrata de forma ampla sobre o conhecimento a respeito das plantas medicinais que por alguns é guardado na memória, sendo essa uma maneira de registro do conhecimento popular mostrando como os usuários das plantas aprenderam a usá-las, como as obtinham e sua terapêutica popular.

Plantas para o controle do colesterol (Alho, Guabiroba), da rinite (Mentruz, Arnica), para tratar dos problemas do coração (Boldo), do fígado      (Alcachofra), de escoriações (Cavalinha), para aumentar a diurese (Sene) e propiciar melhora no sono (Guaco) (BADKE, et al., p. 369, 2012).

Entre as plantas citadas algumas delas apresentam indicações terapêuticas parecidas com as indicações científicas ocorrendo uma ligação entre os dois campos e algumas delas se encontram no RENISUS.

O terceiro artigo trata a respeito das Informações toxicológicas de alguns fitoterápicos, é de suma importância que os usuários tenham informações acessíveis a respeito. As plantas foram avaliadas com relação à toxicidade aguda, subaguda e crônica, mutagenicidade e teratogenicidade em importantes fontes de informação. Com o crescimento da utilização dessas plantas medicinais, esse estudo vem alertar e informar sobre o fato de que as plantas também possuem reações adversas, seja por seus próprios componentes, ou pela presença de contaminantes presentes nas preparações, o que exigi então um rigoroso controle de qualidade desde o cultivo, coleta da planta, extração de seus constituintes, até a elaboração do medicamento final.

As plantas medicinais tem papel extremamente importante na medicina na produção de fármacos de difícil obtenção por síntese química, as mesmas fornecem compostos que podem ser alterados de forma branda sendo assim eficaz e mais benéficos a saúde, podendo ser usadas também como testes para obtenção de fármacos com terapêutica parecida a de compostos originais. Por esses motivos e pelo número crescente de utilização de plantas medicinais, as legislações que as regem vem intensificando as normas regulamentação, em prol do uso racional dessas plantas medicinais.

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