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A Fibromialgia de Fisioterapia

Por:   •  26/11/2017  •  Artigo  •  3.147 Palavras (13 Páginas)  •  495 Visualizações

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FIBROMIALGIA – SAÚDE COLETIVA

RESUMO

Fibromialgia é definida como uma síndrome de etiologia desconhecida, que acomete prevalentemente as mulheres, caracterizada por dor musculoesquelética difusa e crônica, além de sítios anatômicos específicos dolorosos a palpação, denominados tender points.   O objetivo deste trabalho foi investigar a síndrome da fibromialgia associada a saúde coletiva, bem como aplicar técnicas e conhecimentos para intervir nos problemas e situações relacionados à saúde da população em geral ou de determinado grupo. A metodologia utilizada para obtenção deste estudo foi realizada através de revisão bibliográfica por consulta em banco de dados Scielo, Google acadêmico, Lilacs. Os resultados obtidos através deste estudo considerando as opiniões dos autores citados neste estudo, foi a concordância quanto ao conceito da fibromialgia, da prevalência no sexo feminino, das manifestações clinicas e intervenção do SUS, bem como um extenso arsenal de técnicas e métodos, principalmente no tratamento fisioterapêutico desta doença. Conclui-se que mais estudos sobre a fibromialgia em conjunto com a saúde coletiva devem ser estimulados para uma melhor intervenção e promoção a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Palavras chave: fibromialgia, fisioterapia, saúde coletiva.

  1. INTRODUÇÃO

Fibromialgia (FM) é definida como uma dor crônica não inflamatória de causa desconhecida, com manifestações associada a fadiga generalizada, distúrbios do sono, rigidez matinal, dispneia, ansiedade, depressão, entre outros sintomas podendo apresentar sintomas, onde a característica principal é a dor presente há no mínimo três meses. A prevalência da FM na população é estimada entre 0,66 e 4,4%, sendo maior em mulheres do que em homens, especialmente na faixa etária entre 35 e 60 anos.

O tratamento da Fibromialgia está direcionado especialmente para a redução dos sintomas. A Fisioterapia é fundamental na melhora do controle da dor e manutenção das habilidades funcionais de cada paciente; no entanto, é preciso bom senso na hora de adequar uma terapia para seu paciente, associando sempre quais serão os efeitos benéficos e principalmente os efeitos prejudiciais ao paciente fibromiálgico. Atualmente, a medicina não desenvolveu um tratamento específico para obter cura para esta doença, e a medida terapêutica se baseia apenas em aliviar o sofrimento e promover melhora da qualidade de vida.

No campo da saúde, o discurso da relação entre saúde e a qualidade de vida, embora bastante inespecífico e generalizante, existe desde o nascimento da medicina social, nos séculos XVIII e XIX, quando investigações sistemáticas começaram a referendar esta tese, subsidiando as políticas públicas e os movimentos sociais.

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou um projeto que obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer tratamento para pessoas com síndrome de fibromialgia ou fadiga crônica. A proposta garante ao paciente atendimento multidisciplinar com médicos, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas, além de assegurar o acesso a exames, assistência farmacêutica e outras terapias.

  1. FIBROMIALGIA - DEFINIÇÃO

A fibromialgia (FM) é uma síndrome complexa, não inflamatória (LIPHAUS et al., 2001), de etiologia desconhecida, provavelmente multifatorial que se manifesta no sistema musculoesquelético por meio de dor difusa e crônica, em no mínimo 11 de 18 pontos sensíveis (tender points). Geralmente, está associada com a fadiga, a ansiedade, a rigidez muscular, a sensibilidade cutânea, a dor após o exercício físico, a incapacidade funcional e a anormalidade do sono (COSTA et al., 2005; MARTINEZ, et al., 2006).

Ela se baseia no critério de dor crônica (por mais de 3 meses) em vários pontos (cervical, dorsal e lombar), acima e abaixo da cintura, bilateral e palpação dolorosa de pelo menos 11 dos 18 pontos tendinosos.

Sua definição constitui motivo de controvérsia, basicamente pela ausência de substrato anatômico na sua fisiopatologia e por alguns dos seus sintomas se confudirem com depressão, por estes motivos, alguns ainda consideram a uma síndrome de somatização.

A fibromialgia não provoca inflamações, nem dofermidades físicas, porém pode está associada a outras doenças reumatológicas, o que pode dificultar o seu diagnóstico.

Desta forma a sua definição é ultilizada para diagnosticar pacientes, com dores generalizadas e sensação de musculatura tensa e dolorida, sensíveis a digitopressão.

Possui processos etiológicos ainda não elucidados, o possível mecânismo patológico mais discutido é o de uma alteração na percepção da dor mediada por neurotransmissores excitatórios e inibitórios no sistema nervoso central.

No entanto desde 1980, uma corpo crescente de conhecimento contribuiu para a fibromialgia ser caracterizada como uma síndrome de dor crônica real, o número de tender points relaciona-se com a avaliação global da gravidade das manifestações clínicas, fadiga, distúrbio do sono, depressão e ansiedade, é extremamente comum.

  1. CAUSAS

Início e formas de apresentação a Fibromialgia pode manifestar-se em qualquer grupo etário, embora o início seja mais comum na idade adulta, entre os 20 e os 30 anos no sexo feminino.

No presente momento não se sabe com exatidão quais as causas da doença. Existem várias teorias e estudos que apontam para possíveis causas, desde causas genéticas, causas de origem viral, consequência de traumas físicos ou psicológicos, causas relacionadas com o mal funcionamento do sistema imunitário, causas metabólicas, causas relacionadas com o sistema nervoso central e outras. Dada a complexidade da doença alguns investigadores admitem poder tratar-se de uma série de causas. Por tanto, as causas são desconhecidas.

  1. TRATAMENTO  E RECURSOS FISOTERAPÊUTICOS

O tratamento é idealmente feito com uma equipe multidisciplinar, com um reumatologista, um fisioterapeuta e um psicólogo ou psiquiatra.

O tratamento para a FM é um desafio para o profissional da saúde, sendo uma mescla de técnicas medicamentosas e não medicamentosas, com o objetivo de melhora no quadro geral do paciente. Deve-se levar em consideração a opinião do paciente o alertando para a inexistência de cura, e possíveis efeitos indesejáveis do tratamento. Neste ponto se faz importante a figura do farmacêutico, o qual poderá através da prática de atenção farmacêutica auxiliar o paciente quanto a sua medicação e sintomas e avaliar a progressão do tratamento no dia a dia, de acordo com a necessidade real de cada paciente.

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