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CASO CLÍNICO CIV

Por:   •  22/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.389 Palavras (6 Páginas)  •  721 Visualizações

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INTRODUÇÃO

As cardiopatias estão entre os defeitos congênitos mais comuns ao nascimento e acometem de 8 a 10 crianças a cada 1.000 nascidos vivos. Estima-se que, anualmente, em todo o Brasil, haja o aparecimento de aproximadamente 28 mil novos casos de cardiopatias, para os quais são necessários, no mesmo período, um valor estimado de 23 mil procedimentos cirúrgicos para correção apenas de defeitos congênitos (Pinto Jr VC). Há registros de que 50% dos casos necessitam de cirurgia ainda no 1º ano de vida [2-4]. Tetralogia de Fallot, estenose valvar pulmonar, transposição dos grandes vasos ou das grandes artérias (TGA), persistência do canal arterial (PCA), coartação da aorta, comunicação interauricular (CIA) ou interventricular (CIV) figuram entre os mais comuns que necessitam das correções [5,6]. A ecocardiografia tem, nesses casos, um papel importante no diagnóstico e na análise da repercussão hemodinâmica (Rivera IR, Andrade)

As malformações cardíacas congênitas apresentam amplo espectro clínico, compreendendo desde defeitos que evoluem de forma assintomática até aqueles que determinam sintomas importantes e alta taxa de mortalidade. (Recém-Nascido) A comunicação interventricular (CIV) é definida como a ausência de tecido septal, o qual permite a comunicação entre os ventrículos (Silva ACV.). O defeito do septo ventricular, dentre todas as malformações, é o mais comumente detectado pela repercussão clínica de insuficiência cardíaca precoce, quando o defeito é de grandes dimensões. (Frederico Henrique) As causas mais comuns de morbidade e mortalidade em cirurgias cardíacas, em adultos, são as complicações pulmonares, que ocorrem com ampla variação de incidência: 6%-76% [7]. Os dados relativos a essa incidência na faixa etária pediátrica permanecem indefinidos.

Atualmente, a cirurgia cardíaca pediátrica possui um universo próprio. Esse envolve a integração entre os dados clínicos, os recentes avanços tecnológicos e o desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas. Assim, buscam-se resultados cada vez mais efetivos e que gerem menor agressão à criança (Freire Sobrinho ;Atik FA.)

Nesse contexto, o fisioterapeuta tem sido solicitado na equipe multidisciplinar em saúde de alguns serviços, nos períodos pré, peri e pós-operatório, para melhorar o quadro clínico do paciente, prevenir e recuperar complicações pulmonares, auxiliar na reabilitação social, reduzir os efeitos deletérios provenientes da cirurgia e da restrição ao leito [8. Sofia RR, Almeida ;10. Abud KC].

Especificamente, estudos apontam esses benefícios como melhora da oxigenação, preservação de condições satisfatórias de ventilação pulmonar e manutenção da permeabilidade das vias aéreas [3Freire Sobrinho,11. João PRD]. Também existe uma tendência à melhora do volume corrente expiratório, da complacência e resistência pulmonar [12Main E, Castle R, ]. Ainda, há indícios de que a atuação do fisioterapeuta em pacientes que passam por cirurgia cardíaca diminua o tempo de permanência desses no centro de terapia intensiva (CTI), auxilie na deambulação o mais precoce possível (5. Shepherd RB] e reduza o tempo de internação hospitalar [13Hulzebos EH, Helders-15Leguisamo CP, Kalil ].

RELATO DE CASO

L.V.S.S, 1 ano e 9 meses, peso 4,5 Kg, medindo 65 cm, filha de pais não consangüíneos e mãe obteve diagnóstico tardio de gravidez executando profissão em ambiente hospitalar envolvendo radiação.

No diagnóstico clínico da criança constatou-se Cardiopatia Congênita do tipo Comunicação Interventricular (CIV) perimembranosa de aproximadamente 12 mm de diâmetro, com insuficiência da valva tricúspide com repercussão para ventrículo direito com alteração hemodinâmica. A primeira internação ocorreu dia 16/10/2014, para suporte nutricional via enteral, no intuito de realizar a cirurgia de ventriculosseptoplastia e herniorrafia inguinal realizadas em 05/11/2014 com pericárdio bovino, cirurgia que corrige a comunicação interventricular, com punção da veia subclávia D, punção da artéria radial D, implante de Marcapasso epicárdico temporário e drenagem postural. ISSO A CRITÉRIO D VCS PODE RETIRAR.

A criança apresenta grande dificuldade de ganho de peso, sendo classificada com desnutrição grave. O quadro da criança evoluiu com múltiplas complicações em pós-operatório, como perfuração gástrica, seguida de outras complicações como infecções bacterianas, quilotórax, pneumotórax, hemotórax (realizou cirurgia de perfuração gástrica com rafia e toracotomia com rafia de pequena curvatura), lesão hipóxico-isquêmica difusa, paralisia de MMII (sem causa concreta, podendo ser lesão central e medular), atelectasia e insuficiência renal aguda. A criança foi traqueostomizada por conta da VMI duradoura por aproximadamente 71 dias. Permaneceu em ambiente de UTI desde 05/11/2014 a 08/01/2015 com retorno à UTI. Se manteve internada até 10/03/2015 onde obteve alta hospitalar. Em 17/03/2015, a criança retornou ao serviço com quadro febril, e nítido emagrecimento (pesou 4,2kg).

Na avaliação pré-operatória, a criança teve como QP: cansaço aos pequenos esforços, coriza de coloração esbranquiçada, espirro esporádico. A paciente apresentava-se com exame cardiovascular rítimico, Hiperfonético, com frêmito sistólico. No exame respiratório, dispneia leve com TIC, com MV fisiológico com presença de roncos, no exame motor: MMSS e MMII com boa perfusão periférica, tônus e força motora prejudicadas.

Na primeira avaliação fisioterapêutica registrada (18/12/2014), com ocorrência após o ato cirúrgico, em relação a avaliação motora, foi registrado força diminuída em MMSS, o MSD foi classificado com paresia e os MMII com plegia. Criança se encontrava em ventilação mecânica modo PSV, V.C.: 45, FR; 16, PEEP: 5, FiO2: 30. Na ausculta MV diminuídos, com presença de roncos e estertores úmidos crepitantes com localização difusa, quanto ao padrão ventilatório após desmame ventilatório, este apresentou-se taquidispineico à leve taquipnéico, apresentou-se também misto e torácico apresentava tosse eficaz e produtiva com secreção que se manteve clara e espessa, geralmente com raios de sangue. Aspiração clara e espessa com sangue em VAS em grande quantidade.

Atualmente, respira em ar ambiente, apresenta um aparelho cardiocirculatório rítmico e eficiente, com fonética normal. Apresenta padrão respiratório eupneico, não apresenta ocorrência

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