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O termo lesão medular é utilizado para se referir a qualquer tipo de lesão que ocorra nos elementos neurais do canal medular.

Por:   •  30/3/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.420 Palavras (10 Páginas)  •  453 Visualizações

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Introdução

O termo lesão medular é utilizado para se referir a qualquer tipo de lesão que ocorra nos elementos neurais do canal medular.

A medula espinhal é o principal condutor de informações sensitivas e motoras, transportando-as entre o encéfalo e o corpo. Sua lesão pode colocar o individuo em risco de morte e promover consequências devastadoras a sua saúde.

Frequentemente, a lesão medular causa significativa incapacidade funcional, sendo considerada uma das mais graves síndromes incapacitantes que podem atingir o ser humano. Dessa forma, o programa de reabilitação se torna uma necessidade vital ao lesionado, ministrado por uma equipe multidisciplinar especializada, que deve desempenhar um trabalho complexo e dinâmico. Esse processo deve ser iniciado precocemente e mantido em fases mais tardias, ate que tenha sido alcançado o máximo das funções físicas, psicológicas, sociais, e vocacionais do paciente, já que ele ira reaprender a controlar suas funções alteradas e obter a maior independência possível.

Objetivo

O objetivo desse trabalho é mostrar o desenvolvimento dessas técnicas em alguns aspectos como, por exemplo: paraplegia, paraparesia, tetraplegia e tetraparesia que visa promover a reabilitação do individuo por meios de exercícios aquáticos que possam trazer de volta sua independência funcional, e/ou seu retorno para as funções antes perdidas, ou também manter os membros acometidos fora do risco da perda de movimento, amplitude articular, fora do risco de atrofia, hipotonia, entre outros acometimentos musculoesqueléticos. Pois as orientações da terapia funcional são fundamentais como medidas que podem reduzir ou evitar deformidades articulares, osteopenia, com fraturas secundárias e trombose venosa profunda, por exemplo.

Metodologia - Reabilitação

É amplamente aceito que a reabilitação aquática pode potencializar a recuperação dos pacientes com lesão medular, devido ao uso de maneira efetiva dos efeitos fisiológicos através das propriedades da água, como por exemplo, a turbulência como forma de resistência, o empuxo que promove a flutuabilidade para auxiliar os músculos fracos, favorecendo aquisições funcionais, tensão superficial que auxilia promovendo movimentos assistidos, livres da ajuda do terapeuta; pressão hidrostática e viscosidade podem também aumentar a estimulação do fuso neuromuscular, o que aumentará a propriocepção do segmento que está sendo deslocado assim ajudando no equilíbrio.

O calor da água também reduz a sensibilidade da fibra nervosa rápida (tato) e a exposição prolongada diminui a sensibilidade da fibra nervosa lenta (dor), alivia o espasmo muscular e melhora a amplitude de movimento durante as mobilizações. Sendo assim, somente no ambiente aquático o lesionado medular poderá desenvolver movimentos totalmente independentes, promovendo confiança psicológica para alcançar a máxima independência funcional. Dessa forma é necessária grande sensibilidade para condução por parte do fisioterapeuta, pois o apoio excessivo impede o aprendizado e não desenvolve a autoconfiança do paciente e a falta disso deteriora a qualidade do movimento e limita as funções em longo prazo, assim a condução do fisioterapeuta devera fornecer a facilitação suficiente para atingir a meta escolhida.

Os objetivos da reabilitação aquática permanecem associados aos seguintes:

1. Redução da espasticidade

2. Prevenção de encurtamento e deformidades

3. Melhora da sensibilidade

4. Melhora da propriocepção

5. Melhora das forças dos músculos inervados

6. Melhora do controle do tronco

7. Melhora do condicionamento cardiorrespiratório

8. Melhora da consciência corporal e da autoestima

9. Reeducação da marcha

10. Alivio da dor

Adaptação do paciente ao meio líquido

A entrada na piscina de um indivíduo pós-lesão medular é uma experiência completamente nova e, dependendo do paciente, temerosa. Isso se deve à insegurança pela falta de determinados movimentos, sensações e a falta de confiança no terapeuta, o qual por enquanto desconhece.

O paciente precisa confiar em seu terapeuta, pois do contrário podemos presenciar até uma piora no quadro espástico. O apoio nas mãos do paciente é suficiente para lhe garantir certa segurança. Para que o paciente se sinta ambientado, é importante que saiba controlar sua respiração com o rosto submerso, sendo adaptado ao meio líquido.

 A partir disto o terapeuta realiza uma pré-avaliação que se baseia na observação do comportamento motor do paciente neste meio líquido como, por exemplo: como deambula, como se equilibra, se realiza rotações (método Halliwick) e como as faz-se sabe nadar e como faz e qual a reação de seu tônus muscular em imersão.

Avaliação para reabilitação aquática na lesão medular

Ficha de avaliação da lesão medular na reabilitação aquática

  • Dados pessoais
  • História da moléstia pregressa
  • História da moléstia atual
  • Diagnóstico-classificação ASIA
  • Queixa principal
  • Sinais vitais [pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC), saturação de oxigênio, temperatura (antes e depois da imersão)]
  • Patologias associadas/complicações
  • Medicamentos
  • Avaliação física:

-Quadro respiratório

-Quadro motor (músculos-chave=segmento de inervação)

-Quadro sensitivo (dermátomos=segmento de inervação)

-Quadro álgico

-Reflexos

-Tônus

-Trofismo

-ADM (encurtamentos, deformidades, ossificação heterotópica, contratura, anquilose articular)

-Independência-atividades da vida diária

-Funções urinária e intestinal

-Integridade da pele

-Disreflexia atômica

-Hipotensão postural

  • Locomoção:

-Cadeirante (dependente/independente)

-Marcha (com apoio/sem apoio)

  • Exames complementares
  • Cirurgias
  • Relacionamento do paciente com a água
  • Entrada e saída da piscina
  • Controle respiratório
  • Desempenho motor na água/independência

-Flutuação ventral/dorsal

-Rotações sagital/transversal/longitudinal

-Equilíbrio estático/dinâmico

  • Marcha subaquática
  • Tônus subaquático
  • ADM subaquática
  • Natação
  • Objetivos
  • Plano de reabilitação aquática

Métodos de reabilitação aquática para lesão medular

Ensinar as rotações do método halliwick é de grande importância para a finalidade de adaptar ao meio liquido, as rotações estão descritas a seguir;

1) Controle da rotação sagital

Sustentar o paciente em região escapular, abaixo das axilas, ou tronco inferior, ou pelve, ou joelhos, ou tornozelos dependendo do déficit presente e move-lo da esquerda para a direita.

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