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OS BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS AQUÁTICOS NA MELHORA DO EQUILÍBRIO DE PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Por:   •  17/1/2018  •  Monografia  •  4.941 Palavras (20 Páginas)  •  377 Visualizações

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OS BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS AQUÁTICOS NA MELHORA DO EQUILÍBRIO DE PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL[1]

RESUMO: Acidente Vascular Cerebral é a doença que mais mata e incapacita no Brasil, sendo responsável pelos maiores problemas de saúde pública. Define-se pelo desenvolvimento rápido de sinais clínicos da função cerebral, durando 24 horas ou mais, sendo de origem vascular, ocasionando alterações nos planos cognitivo, sensório e motor, de acordo com a área e tamanho da lesão cerebral. Quando ocorre uma lesão cerebelar há uma disfunção no equilíbrio corporal levando uma dificuldade na marcha e aumentando o risco de queda, tendo assim os exercícios aquáticos como tratamento. O presente artigo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, cujo objetivo é descrever os benefícios dos exercícios aquáticos na melhora do equilíbrio desses pacientes.

PALAVRAS-CHAVE:  exercícios aquáticos, equilíbrio, Acidente Vascular Cerebral.

INTRODUÇÃO

O Acidente Vascular Cerebral ocorre devido uma alteração na circulação cerebral que ocasiona um déficit transitório ou permanente no funcionamento de uma ou mais partes do cérebro, podendo ser de lesão isquêmica ou hemorrágica e resultando em perda da função neurológica. No Brasil, são registradas cerca de 68 mil mortes por Acidente Vascular Cerebral anualmente, ficando entre as patologias que mais causam óbitos no país (RAFII; HILLIS, 2006; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012).

As sequelas geradas pelo  Acidente Vascular Cerebral são variáveis, ocasionando danos físicos como plegias ou paresia,  alterações sensoriais e espasticidade, problemas psico- afetivos  e perda do mecanismo de controle postural (PELUSO; LIMA, 2007).

O Acidente Vascular Cerebral, pode gerar disfunção cerebelar, ocasionando problemas no  equilíbrio corporal, fazendo com que a resposta para o controle automático da postura seja interrompida, gerando  uma deficiência do equilíbrio, dificuldade na marcha e aumentando o risco de quedas (UMPHRED, 2004; TORRIANI, 2005).

O controle postural possui dois objetivos comportamentais: a orientação e o equilíbrio postural. As alterações no controle postural causadas pelo Acidente Vascular Cerebral geram limitações nas atividades de vida diária do indivíduo. Levando em consideração o quadro clínico do paciente com esse déficit neurológico, estudos realizados apontam que dentre todas as formas de reabilitação funcional, a intervenção com exercícios aquáticos se mostra benéficas no tratamento das alterações do equilíbrio (RADL et al., 2007).

Os exercícios aquáticos estimulam  a  consciência corporal  proporcionando um meio favorável  para a reeducação  da integração sensorial. As propriedades físicas da água propiciam equilíbrio e tempo de reação para o paciente com pouco equilíbrio (FREITAS JUNIOR, 2005).

Existem algumas técnicas específicas para a intervenção aquática, que priorizam a prática de atividades na água, sendo empregadas para a intervenção terapêutica, com o objetivo de conscientização corporal, garantindo o reestabelecimento do equilíbrio por meio da liberdade aos movimentos, e atuando na reabilitação do equilíbrio corporal, trabalhando diretamente na facilitação neuroterápica com aperfeiçoamento dos padrões específicos de movimentos e capacidade funcional do corpo como um todo (GUAZZELLI, 2007).

No entanto, a literatura referente a este assunto abordado é bastante complexa e limitada, restringindo-se a capítulos de livros, que relatam o tema enfocando sobre os fundamentos dos exercícios aquáticos.  Porém, apesar das evidências clínicas, há uma falta substancial de pesquisas que avaliem  os efeitos específicos de intervenções de exercícios aquáticos nos pacientes portadores de Acidente Vascular Cerebral com déficit de equilíbrio (CANDELORO; COROMANO, 2006; BONOMO et al., 2007).

O respectivo tema para esse estudo, foi escolhido com o  intuito de demonstrar os benefícios dos exercícios aquáticos para pacientes com distúrbios de equilíbrio que sofreram Acidente Vascular Cerebral e necessitam reabilitar seus movimentos corporais.

OBJETIVO

O presente artigo tem como objetivo descrever os benefícios dos exercícios aquáticos na melhora do equilíbrio de pacientes com Acidente Vascular Cerebral.

MÉTODO

Realizou-se uma pesquisa bibliográfica relacionada ao tema “Os Beneficios dos exercícios aquáticos na melhora do Equilíbrio de Pacientes com Acidente Vascular Cerebral”. Recorreu-se ao uso da base de dados Scielo, Bireme, Google Acadêmico e acervos da biblioteca das Faculdades Integradas de Fernandópolis, para encontrar livros e artigos científicos que fossem úteis no esclarecimento deste estudo. Utilizou-se como palavras-chave: “exercícios áquaticos”, “equilíbrio”, “Acidente Vascular Cerebral”. Foram utilizadas publicações feitas a partir de  1996 à 2015, no período de novembro de 2014 à novembro de 2015.

REVISÃO DE LITERATURA

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Atualmente o Acidente Vascular Cerebral é um dos maiores problemas de saúde pública, sendo responsavél pela terceira causa de óbitos e incapacidades físicas em todo o território mundial. Na América Latina, a taxa de incidência do Acidente Vascular Cerebral é de 150 casos por 100.000 habitantes (SAPOSNIK, 2003; POLESE et al., 2008; OLIVEIRA; ORSINI, 2009).

Segundo estatísticas brasileiras e dados provenientes, no Brasil são registrados cerca de 68 mil mortes por Acidente Vascular Cerebral anualmente, apresentando 108 casos por 100 mil habitantes, e assim sendo denominada a primeira causa de morte no país, levando um grande impacto econômico e social (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

O Acidente Vascular Cerebral é a consequência de uma alteração na irrigação sanguínea normal do cérebro, provocando lesão celular e danos nas funções neurológicas. Pode ser definido pelo desenvolvimento rápido de sinais clínicos de distúrbios focais e ou globais da função cerebral, com sintomas que duram  24 horas ou mais, sendo de origem vascular, ocasionando alterações nos planos cognitivo, sensório e motor, de acordo com a área e tamanho da lesão cerebral (LOPES et al., 2010; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

Para Braga et al. (2003) e Saposnik (2008) é classificado em dois grupos diferentes, o isquêmico  e o  hemorrágico. O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico ocorre, devido a presença de êmbolos ou trombos nos vasos cerebrais, ocasionando uma  obstrução arterial, diminuindo o fluxo sanguíneo, entrando em hipoxia e  fazendo  com que a área lesionada não realize suas funções. Já  o Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico,  origina-se por uma lesão extensa, destruindo estruturas encefálicas, atribuindo uma ruptura de vaso sanguíneo e extravasamento de sangue. Essa hemorragia pode ser de origem intracerebral ou subaracnóidea levando ao infarto e consequentemente, uma necrose celular.

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