Cio do Porto

Cio do potro: viável ou inviável?

Cio do potro é o nome dado para o cio que ocorre após o parto num período de 6 a 13 dias. Fisiologicamente sua função diz respeito à limpeza/regeneração do útero, permitindo que ele volte ao normal e assim o organismo se prepare para uma próxima gestação.

Esse processo de regeneração, chamado de puerpério ou período pós-parto, é necessário para que uma nova gestação possa ocorrer, já que a capacidade reprodutiva da égua será retomada. Ou seja, ocorrerá involução uterina e restabelecimento do ciclo estral, essenciais para promoção de uma gestação de sucesso.

Entretanto é muito comum criadores permitirem a concepção da égua com o garanhão enquanto a mesma ainda encontra-se no cio do potro. Tal prática pode acarretar problemas devido a diversos fatores, tornando-a inviável. Isso pode ser ratificado levando em consideração a descarga uterina (lóquio) que existe no puerpério, onde líquidos fetais, tecido materno, sangue, muco e restos de membrana serão eliminados através de contrações miometriais influenciadas pela secreção de prostaglandina. Logo depreende-se que micro-organismos patogênicos e não patogênicos estarão presentes na região uterina, anulando as condições estéreis uterinas existentes durante a prenhez, podendo gerar fetos não viáveis ou mesmo abortos, reitificando que concepção durante o cio do potro é uma prática inviável.

Em contra partida a concepção nesse período pode se tornar viável, desde que sejam feitos exames citológicos no útero da égua comprovando uma boa involução uterina, a expulsão da placenta, a ausência de infecção e o mínimo de laceração vaginal possível. Portanto é considerada uma prática viável desde que as condições fisiológicas reprodutivas da égua sejam constatadas.

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