RESENHA DA SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIOLOGICO

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

AMANDA FELIPETTO
LAÍS MARTINS
MAÍZA FONTOURA

EMBRIOLOGIA: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Santa Maria, 17 de setembro de 2014

SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Na segunda semana termina o processo de nidação e também ocorre modificações no embrioblasto, futuro lugar do corpo do embrião. No embrioblasto ele passa a ser um disco embrionário bilaminar. Duas laminas denominadas epiblasto e hipoblasto.

Além disso, surgirão também na segunda semana algumas estruturas extra-embrionárias, como a cavidade amniótica, o âmnio, o saco vitelino, o pedículo do embrião e o saco coriônico.

Após ser fecundado no polo da tuba uterina, o gameta feminino vai ser encaminhado até o útero, chegando ao útero em torno do 6º dia depois da fecundação ele começa a se implantar no endométrio do útero, então o início da implantação do blastocisto é no final da primeira semana e vai terminar no final da segunda semana, em torno de 10 dias após a fecundação.

Temos o trofoblasto vai ser subdividido em citotrofoblasto e sincíciotrofoblasto. O sincíciotrofoblasto é uma massa amorfa corrosiva que vai cavando o endométrio do útero de forma que o blastocisto vai entrando no endométrio. O sinciciotrofoblasto também secreta o hCG (hormônio gonadotrofina coriônica humana). O hCG é a base dos testes de gravidez que a maioria das gestantes fazem (beta hCG). Sua função para o sinciciotrofoblasto é a manutenção da atividade endócrina do corpo lúteo que vai fazer com que a progesterona se mantenha elevado evitando assim a escamação do útero. No final da segunda semana já pode se detectar esse hormônio em testes de gravidez nos líquidos corporais retirados da gestante.

Nesse momento o blastocisto vai ter que buscar nutrição que vem direto do endométrio uterino, onde ele vai através de um início de comunicação uteroplacentária se nutrir.

A imagem abaixo demonstra exatamente esse processo de implantação. Podemos perceber que o blastocisto está se aprofundando no endométrio e o sinciciotrofoblasto vai corroendo essa parede do útero, e consequentemente pegando glândulas e vasos sanguíneos. Esse processo ainda esta inacabado.

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Na imagem abaixo, destacando somente o blastocisto e o sinciciotrofoblasto conseguimos identificar algumas estruturas importantes.

O blastocisto é circundado pelo citotrofoblasto que é o resquício do trofoblasto. Temos a cavidade exocelômica que vai da origem ao saco vitelino primário, depois ao saco vitelino secundário.

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Nesta imagem abaixo o processo de implantação já está praticamente finalizado. Observamos que o epitélio do endométrio uterino está se recompondo e o blastocisto está totalmente implantado no endométrio uterino.

Observa-se que há um rompimento de vasos sanguíneos e o sangue proeminente desses vasos sanguíneos e as excreções provenientes das glândulas vão se alojando no sinciciotrofoblasto, futuramente cada pedaço de sangue ocupado vão se fundir formando as redes lacunares.

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A cavidade amniótica surge enquanto o embrião está sendo implantado no endométrio, esses acontecimentos são simultâneos. No início forma uma cavidade do embrioblasto e as próprias células do embrioblasto começam a secretar fluidos que vão empurrando essas células para baixo. Após esse evento, as células amniogênicas separam-se do embrioblasto formando uma delgada camada que vai cobrir internamente toda cavidade amniótica. E no final do processo, que ocorre ainda no final da segunda semana, a cavidade amniótica está totalmente formada.

Além da cavidade amniótica tem também um evento que é característico de segunda semana que é a formação do disco embrionário. Com o início da segunda semana o embrioblasto vai começando a se planificar e se divide em duas grandes camadas, uma camada mais volumosa com células mais expeças, mais colunares que fica acima chamada epiblasto e uma camada que fica abaixo com células menores chamadas hipoblasto.

O epiblasto e o hipoblasto vão dar origem a algumas estruturas importantes. O epiblasto vai dar origem ao ectoderma do âmnio que recobre a cavidade amniótica, ao ectoderma do embrião e vai dar origem a linha primitiva. Essa linha vai favorecer o surgimento da terceira camada do disco embrionário. Já o hipoblasto forma o teto da cavidade exocelômica, dando origem ao endoderma do saco vitelino, que posteriormente vai se transformar em mesoderma extra embrionário.

O início da circulação útero-placentária se dá com o surgimento de cavidades isoladas denominadas lacunas. No sinciciotrofoblasto serão preenchidas por sangue materno, proveniente dos capilares do endométrio. No estágio mais avançado, no 12º dia as lacunas se fundem e formam a rede lacunar. O sangue materno entra e sai das redes, estabelecendo a circulação útero-placentária.

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Há também outro evento muito importante, o desenvolvimento do saco coriônico. Ele acontece também na segunda semana porem mais para o final.

Temos a cavidade coriônica, a cavidade amniótica e uma membrana chamada córion. Aqui temos um processo, que podemos observar na demonstração das setas, de afunilamento daquela cavidade exocelômica anterior pra formação do saco vitelino primitivo ou primário.

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No estágio mais avançado o saco vitelino primário ou primitivo fica restrito a um polo ligado ao saco vitelino secundário apenas por uma estrutura. O embrião e suas estruturas extra-embrionárias são mantidas em posição pelo pedículo do embrião. Nesse caso o disco embrionário vai formar o corpo do embrião e as estruturas extra-embrionárias vão formar o saco amniótico. Então são características típicas de final de segunda semana o saco vitelino primitivo, saco vitelino secundário, o disco embrionário bilaminar, a cavidade amniótica e o pedículo do embrião.