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A Dor Neuropática

Por:   •  25/2/2018  •  Relatório de pesquisa  •  5.884 Palavras (24 Páginas)  •  279 Visualizações

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Termos Desconhecidos

Gabapentina = A gabapentina é um análogo do GABA. Contudo, ela não atua nos receptores GABA, não potencializa as suas ações e nem é convertida em GABA. Seu mecanismo de ação preciso segue desconhecido. Ela é aprovada como tratamento auxiliar para crises parciais e no tratamento da neuralgia pós-herpética. A gabapentina apresenta farmacocinética não linear devido à sua captação do intestino por um sistema de transporte saturável. Ela não se liga às proteínas plasmáticas e é excretada inalterada pelos rins. E necessário diminuir sua dosagem nas doenças renais. A gabapentina é bem tolerada pela população idosa com crises parciais devido aos seus efeitos adversos relativamente leves. Ela é também uma boa escolha para os pacientes idosos devido a poucas ou total ausência de interações farmacocinéticas (CLARK, 2013).

Lancinante = pungente, cruciante; que se parece com penetração de lança (GUIMARÃES, 2002).

Tramadol = (bula) O cloridrato de Tramadol é indicado para dor de intensidade moderada à severa, de caráter agudo, subagudo e crônico.

Sinais flogísticos = dor, calor local, rubor e edema (AMAR, 2003).

Desaferentação = a dor por desaferentação pode se manifestar quando há modificações na função ou na anatomia das terminações nervosas e troncos nervosos periféricos ou das vias de condução e de processamento central da informação sensitiva, dor espontânea ou gerada por estímulos não nocivos. A dor neuropática é associada à sucessão de fenômenos que incluem alterações biológicas no SNP e no SNC. Muitas anormalidades teciduais contribuem para a ocorrência de dor neuropática, incluindo a sensibilização dos nociceptores por substâncias algiogênicas e pela atividade do sistema nervoso neurovegetativo (SNNVS), hiperatividade dos neurônios lesados e de seus neuromas, hiperatividade dos gânglios das raízes nervosas sensitivas e brotamento dos troncos nervosos relacionados a estruturas nervosas vizinhas àquelas danificadas; ocorrência de focos ectópicos de potenciais de ação nas fibras nervosas periféricas e nas unidades neurais centrais e atividade anormal das unidades de processamento central da aferência sensitiva são mecanismos importantes envolvidos na gênese da dor por desaferentação.

Naturetti = (bula) combina a ação de cinco princípios vegetais que, naturalmente, provocam estímulos do tubo digestivo, auxiliando na regulação da função intestinal, de maneira suave e gradual, sem provocar gases. Por ter princípio natural, pode-se reduzir suas doses ou suprimir seu uso após o restabelecimento normal da função intestinal. O efeito laxativo é constatado pela inibição da absorção de água e eletrólitos do intestino grosso, o que aumenta o volume e a pressão do conteúdo intestinal. Isso estimula a motilidade do cólon, resultando ações propulsivas.

CÁPSULAS

Cada cápsula fornece aproximadamente 4 mg de glicose e contém:

 Pó de folhas de Sene e extrato de Sene concentrado 43% equiv. a pó (400 mg)

 Cassia fistula (19,50 mg)

 Tamarindus indica (19,50 mg)

 Coriandrum sativum (9 mg)

 Alcaçúz (4 mg)

GELEIA

Contém: Polpa de fruta peso líq. 130 g.

 Adultos - 1 colher de chá (5 g) ao deitar.

 Crianças - 1 colher de café (2,5 g) ao deitar.

Estas doses podem ser alteradas de acordo com o critério médico.

Tempo médio de início de ação: Antraquinonas ativas são liberadas no cólon a partir de senosídeos por bactérias colônicas e seus efeitos ocorrem geralmente entre 8 a 10 horas após ingestão oral.

Indicações: prisão de ventre crônica ou momentânea devido a viagens, menstruação, dietas, cirurgias e alteração de hábitos alimentares.

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1. Definir dor neuropática e seus mecanismos.

DEFINIÇÃO (SCHESTATSKY, 2008)

A dor neuropática é definida como dor iniciada por lesão ou disfunção do sistema nervoso, sendo melhor compreendida como resultado da ativação anormal da via nociceptiva. Mais recentemente, em função da possível concomitância de ambos os tipos de dor, e das dificuldades diagnósticas, alguns autores recomendam o uso do termo “dor predominantemente neuropática” ou “dor predominantemente nociceptiva”, dependendo do padrão clínico de apresentação.

O termo dor “neuropática” restringe-se, necessariamente, aos pacientes com lesão orgânica do nervo periférico com alterações secundárias do corno posterior da medula e/ou dor mantida por alterações simpáticas. Pode ser dividida em dois principais tipos, que podem coexistir ou não (OLIVEIRA, 1998).

 Dor disestésica: também chamada de dor por desaferentação. É característica da causalgia e das polineuropatias com envolvimento de fibras nervosas de pequeno calibre. Tipicamente, é referida como uma sensação desagradável, como queimadura ou choque, frequentemente não familiar para o paciente, localizada de preferência nas porções distais dos membros. A dor disestésica não envolve nociceptores, característica esta que pode explicar sua forma peculiar de apresentação, além da ineficácia usual da atuação de medicamentos.

 Dor de tronco nervoso: exemplificada pelos casos de compressão radicular (por exemplo, hérnia de disco), é definida como uma dor tipo facada, profunda, relativamente proximal, familiar, semelhante a uma dor de dente, frequentemente contínua, que piora com movimento e melhora com repouso.

Existem cerca de 20 teorias para tentar explicar os mecanismos responsáveis pelo desenvolvimento da dor neuropática. No entanto, a maioria delas é fundamentada em modelos neuroquímicos excessivamente teóricos e complexos. Atualmente, o mecanismo mais plausível e cientificamente aceito para explicar a dor neuropática é a geração ectópica de impulsos nervosos às fibras de pequeno calibre do tipo C e A-delta (SCHESTATSKY, 2008).

FISIOPATOLOGIA DA DOR NEUROPÁTICA (SCHESTATSKY, 2008)

Após a lesão do nervo, alguns pacientes desenvolvem alteração na distribuição e conformação de canais iônicos (especialmente canais de sódio) que promovem aumento da excitabilidade axonal das fibras finas nociceptivas. Tal excitabilidade é, muitas vezes, gerada longe do foco da lesão inicial, mas capaz de acarretar o surgimento de sintomas de características neuropáticas. Não é por acaso que um dos tratamentos mais eficazes para a dor neuropática é o uso de anticonvulsivantes que agem sobre os canais de sódio, tais como carbamazepina e gabapentina.

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