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A mamografia e a ultrassonografia de mama

Por:   •  30/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.141 Palavras (5 Páginas)  •  165 Visualizações

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A mamografia e a ultrassonografia de mama desempenham papel central na detecção, no diagnóstico e na conduta das doenças mamária sendo a mamografia a técnica de imagem mais importante para o rastreamento populacional do câncer de mama em mulheres assintomáticas e é a primeira técnica de imagem indicada para avaliar a maioria das alterações clínicas mamárias.

A mamografia é um tipo específico de radiografia das mamas capaz de revelar a existência de sinais precoces do câncer de mama, antes mesmo que as lesões sejam palpáveis e é realizado com um mamógrafo (aparelho de raio X), onde a mama é comprimida de forma a oferecer imagens de alta qualidade para um melhor diagnóstico. A compressão das mamas é necessária para que o exame seja efetivo, e o eventual desconforto que pode gerar é totalmente suportável.

A mamografia de rastreamento moderna emite uma baixa dose de radiação, portanto os riscos de saúde decorrentes da mamografia de rastreamento são muito baixos, fazendo com que o benefício da detecção precoce de cânceres supere os riscos da radiação. As condições de exposição devem ser as adequadas a cada tipo de paciente, deve-se conhecer a dose de diferentes combinações de exposição para cada paciente. Uma vez que a radiação ionizante causa danos biológicos no paciente, a otimização se faz imprescindível, e em relação à exposição do paciente, o importante é a determinação de uma menor dose glandular média, que produza um nível suficiente de qualidade de imagem. A melhor maneira de controlar a dose do paciente na mamografia é o posicionamento cuidadoso e preciso, que minimiza a necessidade de repetições. A American College of Radiology recomenda uma taxa de repetição menor que 5% para a mamografia. A proteção de áreas específicas é necessária quando tecidos ou órgãos radiossensíveis estão muito próximos do feixe de radiação. Portanto, os dois princípios básicos de proteção radiológica do paciente, recomendados pela Comissão Internacional de Proteção Radiológica são a justificação da prática e a otimização da proteção, incluindo a consideração de níveis de referência. A justificação é o primeiro passo na proteção radiológica, nenhuma exposição para diagnóstico é justificável sem uma indicação clínica válida, cada exame deve resultar num benefício para o paciente.

Já a ultrassonografia das mamas, também conhecida por ecografia e ultrassom, é um exame de diagnóstico que serve para visualizar em tempo real utilizando o eco gerado através de ondas ultrassônicas de alta frequência para visualizar as estruturas internas das mamas. Por se tratar de um exame sem radiação ionizante, de execução simples e rápida, e por não utilizar compressão, é bem tolerado e aceito pelas pacientes não necessitando de radioproteção.

Em caso de mamas densas, a sensibilidade da mamografia é menor do que naquelas com predomínio de tecido adiposo, a sua capacidade em detectar o câncer de mama varia entre as mulheres de acordo com alguns fatores e o mais importante deles é a densidade radiológica da mama. Por esta razão, a ultrassonografia é um dos métodos de imagem suplementares para rastrear e avaliar mamas densas. Entretanto ela não deve ser utilizada como alternativa à mamografia, devido às suas limitações na detecção e caracterização de calcificações, distorções arquiteturais e nódulos localizados em áreas nas quais predominem tecido adiposo. A limitação da ultrassonografia para detectar microcalcificações é particularmente importante, pois esta é a forma de apresentação mais comum dos carcinomas ductais in situ.

A ultrassonografia se apresenta como o principal método adjunto da mamografia e do exame físico na detecção e no diagnóstico das doenças mamárias. As principais indicações e potenciais indicações da ultrassonografia nas mamas são: diferenciar e caracterizar nódulos sólidos e cistos identificados pela mamografia ou pelo exame clínico; orientar procedimentos intervencionistas na mama; avaliar pacientes jovens, gestantes ou lactantes com alterações clínicas na mama; pesquisar abscessos nas mastites; avaliar nódulos palpáveis em mamas radiologicamente densas; analisar implantes mamários; estadiar, locorregionalmente, o câncer de mama; caracterizar assimetrias focais que podem corresponder a nódulos; avaliar a resposta à quimioterapia neo-adjuvante; suplementar a mamografia no rastreamento do câncer de mama em mulheres com mamas radiologicamente densas.

A utilidade prática da mamografia e da ultrassonografia nas mamas muitas vezes é limitada pela especificidade relativamente baixa destes exames que implica em biópsias ou seguimentos precoces. Isto decorre da conhecida sobreposição de achados entre as lesões benignas e malignas nos métodos de imagem, mas também se relaciona à padronização e ao entendimento do valor preditivo de cada critério utilizado para a interpretação dos achados nestes exames. Após a detecção de uma alteração em qualquer método de imagem é necessária a sua caracterização para estabelecer se ela representa uma alteração benigna ou uma lesão potencialmente maligna. A probabilidade de malignidade de uma alteração é determinada principalmente pela avaliação de suas características morfológicas e evolutivas (redução, estabilidade ou crescimento ao longo do tempo).

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