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Anemia Ferropriva

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Por:   •  26/11/2013  •  4.530 Palavras (19 Páginas)  •  620 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

DISCIPLINA DE EPIDEMIOLOGIA

ANEMIA FERROPRIVA

Discentes:

Joanna D’angellus

LaísaVilarim

Liliane Cabral Cavalcanti

Recife 2013

Introdução

A organização Mundial de Saúde (OMS) define anemia como “uma condição na qual a concentração de hemoglobina sanguínea está abaixo do normal, em função da carência de um ou mais nutrientes essenciais ou por qualquer outra causa”. Do ponto de vista epidemiológico, a principal anemia é a ferropriva, na qual se caracteriza por uma deficiência de ferro, que resulta de um longo período de desequilíbrio entre a quantidade de ferro biologicamente disponível e a necessidade orgânica desse mineral. (JORDÃO et al., 2009)¹.

Essa deficiência atinge principalmente grupos mais susceptíveis a deficiência de ferro, que são as crianças e as gestantes. Nas crianças a anemia está relacionada a um aumento na demanda nutricional e consequentemente nas necessidades desse mineral, decorrente da rápida expansão de massa celular vermelha e pelo crescimento acentuado dos tecidos nessa fase da vida (Ministério da Saúde 2007), (Silva et al 2008). Nesse sentido é de primordial importância que na fase intrauterina a criança construa sua reserva de ferro, pois essa reserva será utilizada durante os primeiros 4 a 6 meses de vida, e após o esgotamento, o organismo dependerá do ferro exógeno (dietético) para evitar o aparecimento da anemia.Dietas monótonas e excessivamente baseadas em consumo de leite de vaca podem ser uma das causas do alto risco de anemia nos primeiros anos de vida, por esse ser um alimento pobre em ferro. Com isso ver-se a importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida, pois mesmo sendo relativamente pobre em ferro, ele está na forma mais biodisponível(Ministério da Saúde 2007), (De ANGELIS et al 1993).

Na gravidez ocorrem algumas mudanças fisiológicas, como alterações hormonais, cardiovasculares, renais, pulmonares e gastrintestinais; as quais favorecem adiminuição do estoque de micronutrientes, o que leva a uma maior vulnerabilidade a deficiências, como a de ferro, podendo se agravar para anemia. Nessa fase da vida, a anemia também está relacionada com o aumento das necessidades nutricionais do ferro, pois além de precisar desse mineral para suas funções normais, a gestante também é responsável pela única fonte de ferro ofertada ao feto para que este construa suas reservas e se desenvolva normalmente (Machado et al 2010) (Ministério da saúde 2007).

Para se chegar a um diagnostico populacional de anemia, o exame laboratorial de quantificação de hemoglobina é o mais utilizado. Pois é um exame de baixo custo e viável para a saúde publica, sendo utilizado amplamente em inquéritos epidemiológicos, além de ser considerado adequado para identificação deestágios iniciais da doença. O ponto de corte proposto pela OMS para nível de hemoglobina indicativo de anemia em crianças de 6 a 60 meses e gestantes é abaixo de 11,0 g/dL e 12,0g/dL respectivamente. A ferritina sérica (FS) é um outro parâmetro considerado útil, pois utiliza sangue periférico e apresenta forte correlação com o ferro em depósito nos tecidos, além do fato de ser avaliada por métodos com alta precisão (radioimunoensaio, enzimaimunoensaio ou quimiluminescência). (PAIVA, 2000)

De acordo com Leal e Osório (2005), existem outros métodos para se chegar ao diagnostico, como analises feitas a partir de sinais clínicos - observados no exame físico - e descrição da sintomatologia pelo paciente. Dentre os exames físicos, a Organização Mundial de Saúde (OMS), recomenda a analise da palidez da pele e mucosas, onde as regiões anatômicas mais utilizadas são a palma da mão e conjuntura ocular. No entanto, esses parâmetros são pouco sensíveis na identificação precoce da doença, tendo em vista que alguns doentes apresentam anemia e não apresentam alterações físicas, expressando um grande numero de falsos – positivo; dessa forma esses parâmetros são efetivos apenas na identificação da anemia grave. E os principais sintomas descritos pelos pacientes são: fadiga generalizada, falta de apetite, menor disposição para o trabalho, dificuldade de aprendizagem nas crianças, apatia (crianças muito "paradas").

Em crianças com idade de 6-24 meses a anemia está associada ao retardo do crescimento, comprometimento da capacidade de aprendizagem (desenvolvimento cognitivo), da coordenação motora e da linguagem, efeitos comportamentais como a falta de atenção, fadiga, redução da atividade física e da afetividade. A deficiência também prejudica a integridade funcional dos tecidos linfoides, levando a alterações na resposta imunitária, o que contribui para maior morbidade em função de menor resistência a infecções. (Ministério da saúde, 2007) Nos adultos, a anemia produz fadiga e diminui a capacidade produtiva. Nas grávidas, a anemia está associada ao aumento da mortalidade materna, mortalidade perinatal, prematuridade, baixo peso ao nascer e morbidade do infante. (Batista Filho, M. et al. 2008)

Magnitude

Prevalência Mundial

Segundo dados publicados pela OMS em 2008 a prevalência global de anemia é de 24,8% o que corresponde a 1,62 bilhões de pessoas afetadas. A maior prevalência é em idade pré-escolar que representa 47,4% estimativamente 293 milhões, mas em números, as mulheres não grávidas são as mais afetadas representando estimativamente 30,2% o que seria 468 milhões de pessoas.

Figura 1: Prevalência global de anemia.

PreSAC- crianças pré-escolares PW- mulheres grávidas NPW- mulheres não-grávidas

SAC- crianças em idade escolar Men- Homens Elderly- idosos

Prevalência Nacional

Segundo

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