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DOENCA DE CHAGAS

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Por:   •  3/4/2014  •  1.586 Palavras (7 Páginas)  •  621 Visualizações

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ARTIGO – DOENÇAS DE CHAGAS E SEUS VETORES SOB O OLHAR DE CEILANDIA.

Período de Transmissibilidade

A infecção é transmitida de pessoa a pessoa por meio do sangue, de

transplante de órgãos e na forma congênita pela placenta. Os portadores da Doença de Chagas têm o parasita presente em seu sangue e órgãos durante toda a vida, o que impossibilita doações de sangue e órgãos (BRASIL, 2009). A parasitemia, ou seja, o quantitativo de parasitos circulantes no sangue do indivíduo infectado apresenta-se mais acentuada durante a fase aguda da doença, podendo ser detectada ao exame sanguíneo (NEVES, 2005).

Fase aguda

Na fase aguda, nos dois primeiros meses da infecção, observa-se uma significativa parasitemia. (ARAÚJO,2008).

A fase crônica caracteriza-se pela presença de alterações no sistema cardíaco, com insuficiência cardíaca ou de manifestações digestivas. Faz-se necessária a confirmação por exames laboratoriais para confirmação em ambas as fases. (NEVES, 2005).

Aspectos Clínicos e Laboratoriais

A Doença de Chagas apresenta a fase aguda e a fase crônica (SVS/MS,

2005). A primeira pode ser assintomática (inaparente) ou sintomática (aparente), com manifestações locais, observando-se lesões decorrentes da penetração do T. cruzi na pele e, manifestações gerais, como febre, edema localizado ou generalizado, poliadenite, hepatomegalia, esplenomeglia e, em alguns casos, insuficiência cardíaca e perturbações neurológicas (NEVES, 2005).

Dependendo do local onde o parasito entrou no organismo, podem surgir sinais, caracterizado por um inchaço bipalpebral e unilateral nos olhos do chagásico ou o chagoma, uma lesão cutânea endurecida (ARAÚJO, 2008).

Nessa fase, predomina o parasito circulante no sangue e as manifestações iniciais podem persistir por 12 semanas. Mesmo sem tratamento, pode ocorrer o desaparecimento espontâneo do quadro febril e de outras manifestações. Há produção de anticorpos IgM, com consequente decréscimo da parasitemia e por volta da 4ª à 6ª semanas de infecção, os anticorpos IgG aumentam (SVS/MS 2009).

Nesse período, uma das maiores causas de mortalidade em pacientes chagásicos é a insuficiência cardíaca secundária a miocardite (ARAÚJO, 2008).

A fase crônica ocorre após a aguda, sendo caracterizada pela baixa

parasitemia e frequente presença de anticorpos IgG. Inicialmente, essa fase não apresenta sintomas e sinais de comprometimento do coração e aparelho digestivo. Pode apresentar-se na forma indeterminada ou período de latência, o qual ocorre após a fase aguda aparente ou inaparente. A infecção é assintomática, de modo que o chagásico pode permanecer nesse quadro ou evoluir para uma forma crônica determinada após anos ou décadas (SVS/MS, 2009).

Não se observa alterações significativas no coração e no aparelho digestivo (CUNHA-NETO e cols, 2006 apud ARAÚJO, 2008).

Aproximadamente 25% dos indivíduos com Doença de Chagas

evoluem para forma crônica (BUSTAMANTE e cols, 2003 apud ARAÚJO, 2008).

Na fase sintomática crônica, podem ser afetados os sistemas cardiovascular, digestivo ou ambos. Há uma mudança na fisionomia anatômica do miocárdio e do tudo digestivo e consequente disfunção do órgão afetado. Além desses fatores, retoma-se a inflamação, danos aos órgãos, mesmo diante da baixa parasitemia (NEVES, 2005).

Existem, portanto, três principais formas clínicas da fase crônica: a

forma cardíaca, caracterizada por miocardite crônica, insuficiência cardíaca e

arritmia cardíaca; a forma digestiva, apresentando os “megas”, como megaesôfago e megacólon; a forma mista com cardiopatia e “megas” concomitantemente. Aproximadamente 50% dos casos permanecem na forma indeterminada (COURA, 2003).

A forma cardíaca crônica atinge 30% dos infectados pelo T. cruzi na América Latina. É caracterizada pela presença de lesões miocárdicas, com hipertrofia de miócitos, miocardite e fibrose. Além disso, está presente, por vezes, arritmias cardíacas e insuficiência cardíaca (BENVENUTI; GUTIERREZ, 2007).

A cardiopatia chagásica crônica (CCC) é a manifestação mais expressiva da Doença de Chagas devido à sua frequência e gravidade. Os pacientes podem apresentar essa forma de cinco a quinze anos após a fase aguda. A cardiopatia chagásica é secundária a arritmia, insuficiência cardíaca, auricular-ventricular e bloqueios de ramo, e tromboembolismo. O prognóstico varia de caso para caso, dependendo da forma como irá se manifestar a doença (COURA, 2007).

A forma digestiva afeta, no Brasil, aproximadamente 7% a 11% dos casos da Doença de Chagas. São apresentadas pelos “megas”, onde aparecem alterações morfológicas e funcionais importantes, como a aperistalse e discinesia, caracterizando o megaesôfago e o megacólon (NEVES, 2005).

O comprometimento do tubo digestivo, decorrente das lesões nos gânglios do plexo mientérico e da túnica muscular do órgão, tem como característica fisiopatológica a mudança na motilidade do tubo digestivo. Os sintomas mais frequentes são: disfagia, regurgitação, dor esofagiana, pirose, soluço, tosse, constipação intestinal e desnutrição (CUNHA et al., 2005).

No Brasil, estima-se aproximadamente três milhões de indivíduos na fase crônica da doença (BRASIL, 2010).

ARTIGO – DOENÇA DE CHAGAS

Período de Transmissibilidade: a infecção só passa de pessoa a pessoa através do sangue, ou de modo congênito através da placenta. A maioria dos portadores da infecção chagásica tem o parasito no sangue circulante ou nos tecidos durante toda a vida, sendo que a parasitemia é maior durante a fase aguda da doença. Isto significa que os indivíduos infectados potencialmente são transmissores da doença, caso doem sangue ou órgãos, em qualquer época de suas vidas.

Susceptibilidade e Imunidade: todos os indivíduos são suscetíveis à infecção. A imunidade humoral é demonstrada pela detecção de anticorpos circulantes nas fases aguda e crônica da infecção. A imunidade celular tem sido imputada como importante no desencadeamento das lesões teciduais

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