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Diretrizes para a Humanização do Cuidado Prenatal no Cuidado Pré-natal

Projeto de pesquisa: Diretrizes para a Humanização do Cuidado Prenatal no Cuidado Pré-natal. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  10/10/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.016 Palavras (9 Páginas)  •  295 Visualizações

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Manual de Humanização no Atendimento a Gestante no Pré- Natal

Universidade Anhanguera

Curso de Enfermagem 1º período

Professora: Maria da Conceição

Matéria: Humanização na Assistência da Enfermagem

Aluna: Ana Paula Barros de Freitas Dias

RA: 6898523825

Introdução

Melhorar a saúde materna e impedir mortes evitáveis é, ainda, um dos objetivos de maior interesse nacional e internacional no campo da saúde e dos direitos reprodutivos, no qual se discutem quais as medidas necessárias e eficazes para alcançar tal propósito . Entretanto, é necessário conjugar a segurança de obter bons resultados com o bem-estar para a mulher e o recém-nascido, respeitando-se direitos constituídos. No Brasil, a atenção à mulher na gestação e parto permanece como um desafio para a assistência, tanto no que se refere à qualidade propriamente dita, quanto aos princípios filosóficos do cuidado, ainda centrado em um modelo medicalizante, hospitalocêntrico e tecnocrático. A assistência à gestante, uma das atividades realizadas há mais tempo nos serviços públicos de saúde no país, foi, por muitos anos, orientada principalmente para melhorar os indicadores da saúde infantil. Um novo paradigma na atenção à saúde da mulher foi concebido pelo movimento de mulheres em associação com profissionais de saúde e traduzido nas bases programáticas do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), instituído pelo Ministério da Saúde (MS). A partir da 8a Conferência Nacional de Saúde, em 1986, e da promulgação da Constituição, em 1988, o direito à saúde estaria garantido por lei e um sistema único de saúde deveria ser implantado de forma descentralizada e com instâncias de controle social.

Panorama da assistência pré-natal no Brasil

No Brasil, o acesso ao pré-natal como condição primeira para a assistência apresenta ainda importantes diferenciais por região, residência e escolaridade. Na Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) em 1996, da Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil (BEMFAM) 14,3% das mulheres que tiveram filhos nos cinco anos que antecederam a pesquisa, não haviam recebido nenhuma consulta de pré-natal, sendo 7,6% na cidade e 30,3% no campo. O Rio de Janeiro apresentava a menor taxa de mulheres sem cobertura pré-natal, de 3,8%, em contraste com a falta de consultas para 25,2% das mulheres nordestinas e 17,1% das mulheres na Região Norte.

Em relação à escolaridade, 42,6% das mulheres sem pré-natal eram analfabetas e 27% haviam cursado apenas de um a três anos de estudo, totalizando 69,6%. Ou seja, as mulheres que tinham problemas de acesso ao pré-natal estavam nos locais e regiões mais pobres e tinham menos possibilidade de educação formal, convergindo diferentes graus de exclusão social. Por outro lado, 77% das mulheres realizaram mais de quatro consultas e, destas, 47,5% realizaram mais de sete consultas.

Humanização do parto, pré-natal e puerpério

Uma atenção humanizada durante o pré-natal e puerpério é fundamental para a saúde materna e neonatal e, para sua humanização e qualificação, é muito importante que os profissionais da área da saúde compreendam a pessoa como um todo, não só corpo e mente, mas sim como o ambiente social, econômico, cultural e físico no qual vive; que esses profissionais estabeleçam novas formas para o relacionamento dos diversos sujeitos envolvidas na produção de saúde. Sabemos, no entanto, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza medidas onde a mulher em trabalho de parto deverá ter suporte emocional e atenção à saúde com o mínimo de intervenções. Estamos longe, porém, de seguir essas recomendações, pois nosso modelo assistencial à saúde tem negligenciado os benefícios no processo de nascimento, visto que a assistência ao parto normal, hoje, no Brasil, é trágica. A humanização do parto começou como uma iniciativa do Ministério da Saúde para redução do número de cesáreas; e da mortalidade materna e infantil. Embora se tenha concepções e práticas diferentes, dependendo do contexto local, é um processo que vem se intensificando com o aumento do número de enfermeiras, com o incentivo à formação de enfermeiras obstétricas. Este estudo vem ratificar que no Brasil, vem ocorrendo um aumento no número de consultas de consultas de pré-natal principalmente pelas mulheres que fazem o uso do SUS (Sistema Único de Saúde). A assistência à saúde da parturiente vem sendo discutida na perspectiva de tornar o processo de parir e nascer um contexto de promoção à saúde da mulher e de seu recém-nascido. Inibir os excessos de partos cirúrgicos é apenas uma das metas dessa assistência que deverá se consolidar se construída com foco na atenção mais humanizada. A humanização do parto promove situações que inibem o mal-estar da mulher e também reduzem riscos para ela e para o bebê, ao mesmo tempo em que possibilita conforto e segurança para o acompanhante. De acordo com esse entendimento, a Organização Mundial da Saúde elaborou o documento denominado Assistência ao Parto Normal, no qual estabelece ações direcionadas ao atendimento das necessidades básicas da mulher e de sua família.

O princípio da humanização como qualidade

A questão da falta de vínculo entre a assistência pré-natal e a do parto leva as mulheres, em trabalho de parto, a uma peregrinação à procura de vagas nos hospitais. Além disso, a maioria das mortes maternas ocorre perto do parto, demandando intervenções que garantam melhor assistência nesse período. Nesse panorama da situação obstétrica, a crença de que existe uma desumanização em um momento tão importante e, principalmente, o direito que toda mulher tem de garantia ao atendimento foram consideradas como questões emblemáticas a serem enfrentadas. Mas os profissionais têm percebido a melhora da assistência tanto para a puerperal quanto para o recém-nascido, quando há possibilidade de ter tudo natural e de permanecerem juntos logo após o parto, nascimento valorizando todos os valores dessa parturiente (CLAPIS. M.J. Dez 2005). Além dessas questões, mais objetivas e quantificáveis, mostrando um quadro crítico da atenção ao pré-natal no país até é provável que esta impressão de má qualidade esteja também relacionada à falta de práticas humanizadas,

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