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Educação Ambiental

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Por:   •  21/9/2014  •  1.537 Palavras (7 Páginas)  •  502 Visualizações

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Introdução

Quando as cidades começaram a se instalar e a crescer em todas as partes do planeta, o ritmo e a escala das intervenções humanas nos ecossistemas aumentaram. Em virtude desse aumento, a agricultura, a criação das grandes cidades, entre outros, trouxeram sérios danos ao meio ambiente.

Hoje, convivemos com a degradação ambiental, ou seja, com a poluição atmosférica, das águas e do solo. Para se ter uma ideia, no município de SEARA/SC (Região Oeste do Estado de Santa Catarina), há o museu Entomológico (insetos) Fritz Plaumann (uma referência; em se tratando do assunto, em nível mundial) onde encontram-se catalogados mais de 80.000 espécies de insetos, de todos os tamanhos, tipos e cores.

De acordo com os especialistas do museu, 80% das espécies encontram-se extintas. Essa informação corrobora com o que comentamos acima. Nosso intuito é compartilhar algumas informações referentes às questões ambientais e, de alguma forma, contribuirmos com nosso planeta: deixar para as futuras gerações pelo menos a essência do que a nós foi deixado, por nossos antepassados.

Diariamente, são produzidos, no Brasil, cerca de 250 mil toneladas de lixo, entre residencial e industrial, dos mais variados tipos: orgânico, papel, metal, vidro, lixo não reciclável etc. Sabemos, de fato, dar o destino correto a todos esses materiais? No decorrer deste curso, teremos um simulador para nos auxiliar nesta tarefa que, em outras palavras, é o princípio da Educação Ambiental.

A Primavera Silenciosa

"Houve outrora uma cidade, no coração da América, onde a vida toda parecia viver em harmonia com o ambiente circunstante. A cidade ficava em meio a uma espécie de tabuleiro de xadrez, composto de fazendas prósperas, com campos de trigo e encostas de pomares, nos quais, na primavera, nuvens brancas e flores oscilavam por cima de campinas verdejantes. No outono, os carvalhos, os bordos e os vidoeiros punham um fulgor de colorido que flamejava e tremulava de través, sobre um fundo de pinheirais. Depois, as raposas uivavam nas colinas, e as renas cruzavam os campos, meio ocultas pelas brumas das manhãs de outono.

Ao longo das estradas, loureiros, viburnos e amieiros, grandes fetos e flores silvestres, encantavam os olhos dos viajores durante a maior parte do ano. Até mesmo no inverno, as margens das estradas eram lugares de beleza, para onde convergiam pássaros inúmeros, a fim de se alimentar de amoras e de sementes de ervas secas, que repontavam por cima da neve.

A zona rural gozava, com efeito de fama pela abundância e pela variedade de suas aves; quando as ondas de aves migradoras passavam por ali, na primavera e no outono, o povo para ali afluía, procedendo de longas distâncias, para observar. Outras pessoas para ali se dirigiam a fim de pescar nos rios, cujas águas fluíam claras e frescas, emergindo das colinas, e formavam lagunas ensombradas, onde as trutas se criavam. Assim as coisas tinham sido, desde os dias - ocorridos há muitos anos - quando os primeiros colonizadores ergueram suas casas, perfuraram seus poços e construíram seus celeiros. Depois, uma doença estranha das plantas se espalhou pela área toda, e tudo começou a mudar. Algum mau-olhado fora atirado àquela comunidade; enfermidades misteriosas varreram os bandos de galinha; as vacas e os carneiros adoeciam e morriam. Por toda parte se via uma sombra de morte. Os lavradores passaram a falar de muita doença em pessoas de suas famílias. Na cidade, os médicos se tinham sentido cada vez mais intrigados por novas espécies de doenças que apareciam nos seus pacientes.

Registraram várias mortes súbitas e inexplicadas, não somente nos adultos, mas também entre as crianças; adultos e crianças sentiam males repentinos, enquanto caminhavam ou brincavam, e morriam ao cabo de poucas horas".

"Havia ali um estranho silêncio. Os pássaros, por exemplo - para aonde é que tinham ido? Muita gente falava deles, confusa e inquieta. Os postos de alimentação, nos quintais, estavam desertos. Os poucos pássaros que por qualquer lado se vissem estavam moribundos; tremiam violentamente, e não podiam voar. Aquela era uma primavera sem vozes. Pelas manhãs, que outrora haviam vibrado em consequência do coro matinal dos papos-roxos, dos tordos-dos-remedos, dos pombos, dos gaios, das corruíras e vintenas de outras aves canoras, não havia, agora, som algum; somente o silêncio pairava por cima dos campos, das matas e pantanais.

Nas fazendas, as galinhas chocavam, mas nenhum pintainho nascia. Os lavradores queixavam-se por não conseguirem mais criar porco nenhum; as crias eram pequenas, e os leitõezinhos sobreviviam apenas poucos dias. As macieiras atingiam a fase florada, mas nenhuma abelha zumbia por entre suas flores, de modo que não ocorria a polinização, e, portanto, não podia haver fruto.

As margens das estradas, outrora tão atraentes, apresentavam-se agora assinaladas por uma vegetação amarronada e murcha, como se houvesse sido bafejada pelo fogo. Também aquelas margens estavam silenciosas - desertadas que haviam sido por todas as formas de vida. Até mesmo os rios se mostravam agora destituídos de vida. Os pescadores já não visitavam mais seus cursos d'água, portanto, todos os peixes tinham morrido.

Nas calhas, por baixo dos beirais, e por entre as telhas dos telhados, um pó branco, granulado, ainda formava umas poucas faixas; algumas semanas antes, esse pó tinha caído, como se fora neve, por cima dos campos e dos rios.

Nenhuma obra de feitiçaria, nenhuma ação de inimigo, havia silenciado o renascer de uma nova vida naquele mundo golpeado pela morte. Fora o povo, ele próprio, que fizera aquilo.

Esta cidade não existe concretamente; mas ela poderá encontrar facilmente milhares de suas semelhantes, nos Estados Unidos e por outras partes do mundo.

Não sei de comunidade nenhuma que haja sofrido todos os infortúnios que descrevo. Contudo, cada um de tais desastres já aconteceu, efetivamente, em algum lugar e muitas comunidades verdadeiras já sofreram, de fato, um número substancial dessas desgraças. Um espectro sombrio se espalmou por cima de nós, quase que sem ser notado; e esta tragédia imaginada poderá facilmente tornar-se dura realidade, de que todos nós deveremos ter conhecimento. [...]".

Esta é "uma fábula para amanhã", do livro "Primavera Silenciosa", escrito por Rachel Carson; Bióloga Marinha norte-americana, em setembro de 1962. Foi a primeira publicação com ênfase em questões ambientais, em todo o planeta.

Em 1972, aconteceu, na Suécia, a Conferência de Estocolmo - a primeira conferência das Nações Unidas, sobre questões ambientais, que denunciava

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