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Feridas Acidentais e Tratamento de Feridas

Por:   •  22/4/2018  •  Resenha  •  1.737 Palavras (7 Páginas)  •  319 Visualizações

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Feridas Acidentais e Tratamento de Feridas.

Ferida acidental é uma solução de continuidade da pele produzida por agentes químicos, físicos ou biológicos em condições sépticas (contaminação). A extensão da ferida não tem relação com a gravidade, ou seja, nem sempre feridas pequenas resultam em lesões pequenas, mas em lesões mais graves e complicações posteriores que podem levar o paciente ao óbito. As feridas acidentais são classificadas pela extensão de contato (área pela qual se estende a ferida) e tecidos atingidos.

Em relação à extensão de contato, têm-se:

• Escoriações/Abrasões: Lesões em que a camada basal da epiderme não é atingida. Acontecem quando você cai e “se rala”. Na maioria das vezes quando a abrasão é minima o paciente fica sem cicatriz, pois há reconstituição da pele. O tratamento é simples.

• Puntiformes: provocadas por punhais, pregos e etc.

• Incisas: causados por lâminas ou substâncias cortantes que causam uma lesão linear na pele. Causado por placas, giletes, vidros.

• Contusas: ferimentos que contundem, batem, e causam o ferimento. Essa classe se subdivide em:

a) Lacerocontusas: em que há a contusão associada à uma laceração no local. O tecido é esticado até que se rasgue.

b) Cortocontusas: a contusão vai acontecer geralmente através da parte de um objeto que seja cortante, mas não necessariamente afiado.

c) Perfurocortante: é aquela que perfura cortando. Punhais.

d) Perfurocontusas: o objeto não tem ponta necessariamente, mas causa um ferimento grave se houver a contusão associada. Criança caindo de lajes em muros com pontas de ferro e etc.

OBS: os punhais foram citados pelo professor nos ferimentos puntiformes e perfurocortantes. Acredito eu que depende de cada situação. Facas que caem no pé das pessoas por exemplo podem causar feridas puntiformes enquanto o esfaqueamento em si causa um ferimento perfurocortante pois a faca está sendo empurrada contra o tecido, coisa que não acontece nas puntiformes. ACREDITO EU, NÃO SEI SE TÁ CERTO.

Em relação aos tecidos atingidos, têm-se:

• Feridas Simples: causados por objetos caseiros ou de trabalho.

• Feridas Compostas: atingem pele e TCS. Já apresentam ferimentos mais profundos. São feridas que atingem as fácias, musuculos, articulações, veias profundas.

• Feridas Complicadas: atingem órgãos nobres ou vasos, especialmente artérias, que podem levar o paciente ao óbito. São divididas em:

a) Penetrantes: Penetram as cavidades (craniana, abdominal, cervical etc.).

b) Transfixantes: causados por projetis, como arma de fogo. Possuem orifício de entrada e de saída. É necessario saber de onde partiu o tiro no caso de pacientes que não possuem orifício de saída.

O paciente cirúrgico sempre deve ser submetido à uma avaliação clínica anteriormente, especialmente nesses casos mais complexos. A dor está relacionada com a natureza da lesão. Nos casos de queimaduras de pele, as terminações nervosas são destruídas. A velocidade com que o paciente sofreu o trauma é importante, como nos acidentes de carro por exemplo. O local acometido também deve ser analisado quando possível. O limiar de dor deve ser observado: pacientes em estado mais grave geralmente estão em uma espécie de transe em que perdem aos poucos a consciência. O grau de hemorragia daquela lesão deve ser verificado e dependendo do tipo de lesão, há um tratamento específico. A análise geral é o fator que vai desencadear o tratamento utilizado nas diferentes feridas.

A primeira coisa que se deve fazer para tratar feridas, não importa qual o tipo, é tentar parar o sangramento. Os torniquetes são indicados apenas para alguns casos, mas não todos. O ideal é parar o sangramento apenas no local do ferimento. A limpeza da ferida é a segunda coisa que deve ser feita, geralmente com soro fisiológico ou água. A ferida deve estar visível como um todo: profundidade, tecidos atingidos etc. Após isso, deve ser feita a anestesia do local da ferida; o profissional deve estar equipado com luva estéril, seringa e a susbtância anestésica (xilocaína). Não pode ser injetado dentro do vaso, então deve-se ter cuidado. A exploração da ferida é o quarto passo; saber o que tem dentro da ferida. Em feridas pequenas a ferida deve ser aumentada para que seja explorada, através de pinças ou bisturis. As vezes é necessário fazer a hemostasia da região; pode-se pinçar um vaso, suturar a região etc. No couro cabeludo, por exemplo, vai haver um sangramento, e deve-se fazer uma sutura em chuleio simples. Por último, fecha-se a ferida com o fio. Nas lesões torácicas e abdominais a conduta é específica do médico.

Profilaxia das Infecções.

Fatores relacionados à ferida e ao agente vulnerante. A investigação clínica é importante pois em casos de ferimentos limpos e rotineiros não se deve administrar antibióticos para o paciente, dentre outros casos. A contaminação e a infecção da ferida devem ser observadas, além da evolução daquela ferida especificamente.

Existem fatores ligados ao paciente, como por exemplo saber se ele é diabético ou se possui outras doenças que atrazam o processo de cicatrização. Existem outros fatores que estão associados aos cuidados médicos, como administração correta de medicamentos e o primeiro contato com a ferida etc. O melhor método de prevenção contra infecções é lavar e debridar o ferimento. A lavagem deve ser feita apenas com produtos fisiológicos, como água e soro fisiológico. Não se deve esfregar a ferida, mesmo que esteja suja; a retirada deve ser feita cuidadosamente. A antibióticoterapia em casos de feridas acidentais deve ser feita apenas em casos em que a ferida está exposta à uma alta virulência no momento da lesão, por exemplo, pessoas que se machucam seriamente em igarapés com água contaminada e outros. Mordidas de cachorro também são analisadas segundo essa lógica: apenas se a ferida for extensa deve-se entrar com a antibióticoterapia, além de verificar se o cachorro é vacinado.

Profilaxia do Tétano: irá ser retirada da ferida, inicialmente, toda a sujeira, impureza e tecidos desvitalizados. O tempo do ocorrido é necessario saber, pois dependendo disso deverá ser usada a vacina ativa ou passiva. O primeiro passo é a intervenção cirurgica da ferida, depois imunização ativa e depois

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