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INSUFICIÊNCIA CARDIACA

Por:   •  1/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.338 Palavras (10 Páginas)  •  555 Visualizações

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INSUFICIÊNCIA CARDIACA

Nicholas Oliveira Quinonez Diaz¹

Universidade Federal Fluminense

RESUMO

A insuficiência cardíaca é definida como a incapacidade do coração para fornecer o fluxo sanguíneo necessário para as necessidades metabólicas e funcionais dos órgãos vitais em condições normais. Os mecanismos fisiopatológicos subjacentes são múltiplos: insuficiência cardíaca sem falha ventricular, insuficiência ventricular com ou sem função sistólica ventricular anormal, taquicardias prolongadas ou taquiarritmias em corações normais. A associação de vários mecanismos agrava o prognóstico. Mecanismos compensatórios periféricos e centrais nessas situações nem sempre são benéficos. Os princípios do tratamento dependem do tipo de insuficiência cardíaca encontrada. Os objetivos terapêuticos de médio e longo prazo não são apenas corrigir as anormalidades hemodinâmicas, mas também melhorar a qualidade de vida e, se possível, a duração da sobrevida Realizou-se uma pesquisa na literatura de estudos publicados referente ao Tema Insuficiência Cardíaca.

Palavras-chave: Insuficiência Cardíaca, inflamação, taquicardia, fisiopatologia

ABSTRAT

Heart failure is defined as the inability of the heart to provide the blood flow needed for the metabolic and functional needs of vital organs under normal conditions. The underlying pathophysiological mechanisms are multiple: heart failure without ventricular failure, ventricular failure with or without abnormal ventricular systolic function, prolonged tachycardias or tachyarrhythmias in normal hearts. The association of several mechanisms aggravates the prognosis. Peripheral and central compensatory mechanisms in these situations are not always beneficial. The principles of treatment depend on the type of heart failure encountered. The medium and long-term therapeutic objectives are not only to correct hemodynamic abnormalities but also to improve the quality of life and, if possible, the duration of survival. A literature review of published studies on the topic Heart Failure has been carried out.

Key words: Heart failure, inflammation, tachycardia, pathophysiolog

1 Curso Pós Graduação em Ciências Cardiovasculares da Universidade Federal Fluminense.– Hospital Antonio Pedro.

Correspondência: Rua João da Costa Rampinelli, 99 , apto 202. De Carli Aracruz/ES – Espirito Santo – CEP:29.194-025 – Email: dr.nicholas@hotmail.com

1 - INTRODUÇÃO

A insuficiência cardíaca é a via final comum da maioria das doenças que acometem o coração, sendo um dos mais importantes desafios clínicos atuais. Pode ser causada por insuficiência miocárdica, mas também pode ocorrer na presença de função cardíaca quase normal em condições de alta demanda Trata-se de uma síndrome sistémica que se caracteriza por uma incapacidade do coração em bombear sangue em quantidade satisfatória para que possa suprir as necessidades metabólicas dos tecidos.

A insuficiência cardíaca sempre causa falência circulatória, mas o inverso não é necessariamente o caso, porque várias condições não cardíacas (por exemplo, choque hipovolêmico, choque séptico) pode produzir insuficiência circulatória na presença de função cardíaca normal, modesta ou mesmo supranormal. 

Para manter a função de bombeamento do coração, os mecanismos compensatórios aumentam o volume sanguíneo, a pressão cardíaca de enchimento, a frequência cardíaca e a massa muscular cardíaca. No entanto, apesar destes mecanismos, há declínio progressivo na capacidade do coração para contrair e relaxar, resultando em agravamento da insuficiência cardíaca.

2 – DEFINIÇÃO

A insuficiência cardíaca é o estado fisiopatológico em que o coração, através de uma anormalidade da função cardíaca (detectável ou não), não bombeia sangue a uma taxa compatível com os requisitos dos tecidos de metabolização ou é capaz de fazê-lo apenas com um enchimento diastólico elevado da pressão.

A definição atual de IC restringe-se a estágios nos quais os sintomas são aparentes, antes dos sintomas clínicos se tornarem evidentes, os pacientes podem apresentar, sintomas assintomáticos, anormalidades [disfunção ventricular esquerda sistólica ou diastólica (LV)],que são precursores de IC. O reconhecimento desses precursores é importante porque está relacionado a resultados ruins e ao início do tratamento

A IC é uma síndrome clínica caracterizada por sintomas típicos (Por exemplo, falta de ar, inchaço do tornozelo e fadiga) que podem ser acompanhados por sinais (por exemplo, pressão venosa jugular elevada, pressão pulmonar, crepitações e edema periférico) causados por uma anormalidade cardíaca estrutural e / ou funcional, resultando em redução do débito cardíaco e / ou pressões intracardíacas elevadas em repouso ou durante o estresse. (1)

A síndrome clínica pode ser causada por desordens do pericárdio, miocárdio (disfunção dos ventrículos esquerdo e direito), endocárdio, válvulas cardíacas, grandes vasos ou por determinadas anormalidades metabólicas, na maioria das vezes sendo causada por um comprometimento da função do músculo cardíaco na região do ventrículo esquerdo. (3)

A disfunção do ventrículo esquerdo pode ser dividida em duas categorias, disfunção diastólica, com comprometimento do relaxamento e enchimento ventriculares e disfunção sistólica, com ejeção e contratilidade comprometidas,. Apesar de existirem várias etiologias para IC, algumas tendem a afetar preferencialmente uma das duas funções (sistólica ou diastólica) e dessa forma cerca de 70% dos casos de IC por disfunção do músculo cardíaco ventricular possuem um componente principal de disfunção sistólica, apesar de poderem coexistir os dois componentes

De acordo com a FE (fração de ejeção) é possível classificar os indivíduos com insuficiência cardíaca naqueles com IC com FE reduzida (IC sistólica) (FE <40%) ou IC com FE preservada (diastólica) (FE ≥40%). (4)

3 -  EPIDEMIOLOGIA

Publicado na revista Arquivos Brasileiros de Cardiologia, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC),um estudo  mostra que 50 mil pessoas morrem todo ano no Brasil por complicações cardíacas. Estima-se que 100 mil novos casos são diagnosticados a cada ano no país. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 23 milhões de pessoas sofrem com a doença em todo o mundo. O 1º Registro Brasileiro de Insuficiência Cardíaca (Breathe, do inglês Brazilian Registry of Acute Heart Failure) no ano de 2014, traça um panorama inédito da síndrome nas diversas regiões do país. (2)

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