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Infarto Miocárdio

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Por:   •  19/5/2014  •  2.330 Palavras (10 Páginas)  •  361 Visualizações

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Infarto do miocárdio (ataque cardíaco)

O infarto do miocárdio, popularmente conhecido como ataque cardíaco, é a principal causa de morte no mundo ocidental.Por dois anos, 25 hospitais brasileiros se comprometem a registrar informações completas sobre todos os infartos que atenderem, incluindo tempo entre o sintoma inicial e o primeiro atendimento, o tipo de medicação e procedimento adotado e também todo o trabalho de prevenção das doenças cardiovasculares.

O objetivo é montar um banco de dados informatizado que mostre a realidade brasileira do setor, já que a Sociedade Brasileira de Cardiologia credita as 315 mil mortes anuais por problemas cardiovasculares à carência de atendimento em certas áreas.

“As lacunas no atendimento são tão grandes, que acredita-se que 60% dos infartos que ocorrem na periferia de Belo Horizonte, por exemplo, não são atendidos nas duas horas após os primeiros sintomas, justamente a janela durante a qual o pronto atendimento multiplica a possibilidade de sobrevivência do paciente”, afirma Jorge Ilha Guimarães, presidente da SBC.

A assinatura do convênio de parceria para a pesquisa será às 13 horas desta quarta-feira, dia 28, no Hospital do Coração, na Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 147 e envolverá de um lado a SBC e do outro o Instituto de Estudos e Pesquisas da instituição. O coordenador do projeto é o cardiologista Luiz Alberto Mattos.

Para Jorge Ilha, a falta de uma pesquisa como a que será feita pelo “Projeto Registros” era uma lacuna que dificultava tanto a prevenção das doenças cardíacas, como a definição de políticas públicas de saúde, como também o tratamento. “Enquanto países como Inglaterra e Portugal comparam seus Registros de eventos cardiológicos nos Congressos, para identificarem diferenças e otimizarem o atendimento, para reduzir ao mínimo a mortalidade por razões cardíacas”, diz ele, no Brasil as doenças cardiovasculares são campeãs de óbitos, matando mais inclusive do que todos os tipos de câncer somados.

O “Projeto Registros” é uma das promessas com que a atual Diretoria da SBC foi eleita, e sua importância decorre do fato de que a estatística disponível é do SUS e indica apenas a mortalidade cardíaca na população atendida pelo sistema, o que deixa de fora mais de 30 milhões de pessoas atendidas por todos os hospitais privados. A SBC se queixa de que no Brasil só há Registros sobre questões pontuais, como por exemplo, da colocação de marcapassos, de ‘stents’ e, mais recentemente, de casos de fibrilação atrial (tipo de arritmia cardíaca).

“A SBC divulga periodicamente as Diretrizes de atendimento, que orientam os médicos a como atenderem a um caso de suspeita de infarto, que exames pedirem, que tratamento ministrar em cada situação e como fazer o acompanhamento”, diz Jorge Ilha, “mas só com os Registros teremos o retorno necessário, saberemos quais as dificuldades que os médicos enfrentam, se eles contam ou não nos hospitais e Prontos Socorros com os recursos necessários para o atendimento”.

E esses dados que começam a ser tabulados pela equipe especializada do Instituto de Pesquisas e Estudos do Hospital do Coração, sujeita a auditoria e que garante o sigilo das informações pessoais, é que vão servir de subsídio para a SBC, na discussão com as autoridades governamentais, a quem cabe definir as políticas de saúde pública e de prevenção. “É com esses dados que começam a ser coletados, verdadeira fotografia do que ocorre, que vamos mostrar ao Ministério da Saúde qual a medicação e os equipamentos que estão faltando, onde estão faltando, qual a necessidade de capacitação de pessoal, problemas esses que, ao serem solucionados, vão fazer com que caia drasticamente o número de mortes por doenças cardiovasculares no Brasil”.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia.

O que são os fatores de risco cardiovascular?

Um estudo realizado na comunidade de Framingham (Estados Unidos) permitiu ao pesquisador Kannel e seus colaboradores, usar pela primeira vez o termo “fator de risco” associado ao aparecimento da doença arterial coronariana.Esta doença caracteriza-se pelo acometimento das paredes das artérias do coração por placas de gordura, chamadas de ateromas (aterosclerose).

A doença arterial coronariana é a principal causa de morte no mundo ocidental.Uma população de adultos na comunidade de Framingham foi acompanhada ao longo de várias décadas.

O termo fatores de risco cardiovascular (FRCV) seria aplicado a algum hábito (exemplo: tabagismo) , doença (exemplo: hipertensão arterial) ou outra particularidade (exemplo: história familiar de aterosclerose prematura em parentes de primeiro grau ) que certos indivíduos desta comunidade apresentavam, tornando-os mais propensos ao desenvolvimento de um evento cardíaco, como o infarto do miocárdio ou morte, ao longo dos anos.

Escovação dos dentes diminui o risco de doenças cardíacas

Escovar regularmente os dentes diminui o risco de doenças cardiovasculares. Esta é a constatação de um estudo populacional realizado na Escócia."As pessoas que raramente, ou nunca escovavam seus dentes, apresentaram um risco relativo 70% maior de sofrer um infarto do miocárdio (ataque cardíaco) ou outra complicação cardiovascular, mesmo após o ajuste para outros fatores de risco cardiovascular", disse o Dr. Richard Watt, pesquisador da University College London.

Mesmo os indivíduos que escovavam os dentes apenas uma vez ao dia, ao invés de duas vezes ou mais, apresentaram um risco relativo 30% menor desses eventos cardiovasculares fatais ou não. A inflamação periodontal (gengivite) favorece o desenvolvimento da aterosclerose (formação de placas de gordura na parede das artérias do coração). O processo inflamatório crônico desempenha um papel importante no desenvolvimento da aterosclerose.

"Cerca de 40% da população tem algum grau de doença periodontal, uma doença crônica inflamatória complexa, em grande parte causada por má higiene bucal.Promover a saúde bucal pode ser uma medida efetiva no sentido de prevenir as doenças cardiovasculares", conclui o Dr. Watt. Devemos considerar que a prevalência da inflamação periodontal é muito maior nos países em desenvolvimento como o Brasil.

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