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O método de transferência de Hanseníase

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Por:   •  31/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  1.288 Palavras (6 Páginas)  •  188 Visualizações

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Hanseníase

Doença infecto contagiosa, crônica de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante.

Agente Etiologico

A doença é causada por uma bactéria, denominada cientificamente de Mycobacterium leprae, que foi descoberta em 1873. Esta bactéria é mais conhecida pelo nome de Bacilo de Hansen.O Mycobacterium leprae é um parasita intracelular obrigatório, que possui afinidade com as células cutâneas (pele) e por células dos nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Entretanto, não é hereditária. Este bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos (alta infectividade),no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade), propriedades estas que não são função apenas de suas características intrínsecas, mas que dependem, sobretudo, de sua relação com o hospedeiro e grau de endemicidade do meio, entre outros fatores. O tempo de multiplicação do bacilo é relativamente lento, podendo durar, em média, de 11 a 16 dias. Dessa forma, a doença demorra para se manifestar no indivíduo, apresentando um periodo de incubação em média, de dois a sete anos. Há referência a períodos mais curtos, de sete meses, como também de mais de dez anos.

O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado ao poder imunogênico do Mycobacterium leprae.

Reservatorio

O ser humano é reconhecido como a única fonte de infecção, embora tenham sido identifi-cados animais naturalmente infectados – o tatu, o macaco mangabei e o chimpanzé. Os doentes com muitos bacilos (multibacilares-MB) sem tratamento – hanseníase virchowiana e hanseníase dimorfa – são capazes de eliminar grande quantidade de bacilos para o meio exterior (carga bacilar de cerca de 10 milhões de bacilos presentes na mucosa nasal).

Modo de transmissão

A principal via de eliminação dos bacilos dos pacientes multibacilares (virchowianos e dimorfos) é a aérea superior, sendo, também, o trato respiratório a mais provável via de entrada do M. leprae no corpo.

Período de incubação

A hanseníase apresenta longo período de incubação; em média, de 2 a 7 anos. Há referências a períodos mais curtos, de 7 meses, como também a mais longos, de 10 anos.Período de transmissibilidade.Os doentes com poucos bacilos – paucibacilares (PB), indeterminados e tuberculóides – não são considerados importantes como fonte de transmissão da doença, devido à baixa carga bacilar. Os pacientes multibacilares, no entanto, constituem o grupo contagiante, assim se mantendo como fonte de infecção, enquanto o tratamento específico não for iniciado.

sinais e sintomas

A hanseníase manifesta-se através de sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos que podem levar à suspeição diagnóstica da doença. As alterações neurológicas, quando não diagnosticadas e tratadas adequadamente, podem causar incapacidades físicas que podem evoluir para deformidades. A hanseníase manifesta-se através de lesões de pele que se apresentam com diminuição ou ausência de sensibilidade. As lesões mais comuns são:

• Manchas pigmentares ou discrômicas: resultam da ausência, diminuição ou aumento de melanina ou depósito de outros pigmentos ou substâncias na pele.

• Placa: é lesão que se estende em superfície por vários centímetros. Pode ser individual ou constituir aglomerado de placas.

• Infiltração: aumento da espessura e consistência da pele, com menor evidência dos sulcos, limites imprecisos, acompanhando-se, às vezes, de eritema discreto. Pela vitropressão, surge fundo de cor café com leite. Resulta da presença na derme de infiltrado celular, às vezes com edema e vasodilatação.

• Tubérculo: designação em desuso, significava pápula ou nódulo que evolui deixando cicatriz.

• Nódulo: lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. É processo patológico que localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme. Pode ser lesão mais palpável que visível.

Essas lesões podem estar localizadas em qualquer região do corpo e podem, também, acometer a mucosa nasal e a cavidade oral. Ocorrem, porém, com maior freqüência, na face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas.

Diagnóstico

O diagnóstico da hanseníase é realizado através do exame clínico, quando se busca os sinais dermatoneurológicos da doença

.Caso apresente uma ou mais de uma das seguintes características:

• lesão (ões) de pele com alteração de sensibilidade;

• acometimento de nervo(s) com espessamento neural;

• baciloscopia positiva.

Tratamento

O tratamento é fundamental para cura, fechando a fonte de infecção e interrompendo a cadeia de transmissão da doença. O tratamento de um caso de hanseníase compreende tanto o tratamento quimioterápico específico – a poliquimioterapia (PQT), seu acompanhamento, com vistas a identificar e tratar

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