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Protese Parcial Fixa Sobre Implantes, Fixa Ou Parafusada

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Por:   •  29/1/2014  •  3.266 Palavras (14 Páginas)  •  1.149 Visualizações

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NEWSFLASH

Prótese Odontológica

Prótese parcial fixa sobre implante, cimentada ou parafusada?

Escrito por Administrator

Barbosa, Gustavo Frainer *.

Fedumenti, Ricardo Albe **.

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo esclarecer quais as vantagens e desvantagens apresentadas na utilização de cimentos e parafusos para fixação de Próteses Parciais Fixas sobre Implantes, bem como esclarecer o por quê de cada uma delas.

Sumary

This paper aims at clarifying the advantages and disadvantages seen when cements and screws are used to fix Implant Supported Partial Fixed Prosthesis as well as clarifying the reasons for using each one of them.

Introdução

Os Implantes Dentários estão se tornando, cada vez mais, a primeira opção para a reposição de dentes por parte do profissional, bem como por parte do paciente. As vantagens apresentadas pelo tratamento de reposição dentária através de próteses confeccionadas sobre implante são inúmeras; porém, merecem especial destaque três destas indicações: a preservação biológica dos dentes adjacentes ao espaço protético, a preservação da estrutura óssea remanescente do rebordo alveolar e, é claro, a estética. Devido a esses fatores, como também pela maior veiculação de informações acerca dos implantes dentários, estes passaram a ser uma alternativa de tratamento bem aceita e procurada, deixando de ser, para muitos, uma novidade e tornando-se uma realidade. Todavia, o tratamento com implantes gera alguns questionamentos. Muitos profissionais encontram algumas dúvidas em relação à melhor forma de como proceder com o tratamento protético sobre o implante. Muitas dessas indagações referem-se às vantagens e desvantagens da cimentação ou da fixação através de parafuso da coroa protética sobre o pilar do implante. Para Bezerra e Rocha¹ (1999, p. 7), “mais do que uma preferência individual, o reabilitador deve ter em mente as vantagens e desvantagens de cada uma dessas opções protéticas na hora de eleger os componentes adequados para solucionar seus casos clínicos”.

Neste sentido, o presente trabalho buscará apresentar soluções para esses questionamentos, tentando mostrar o porquê das vantagens e/ou desvantagens apresentadas por cada uma das técnicas de fixação da coroa protética ao pilar do implante, possíveis de serem empregadas.

Revisão de Literatura

Segundo Jiménez5, podemos parafusar ou cimentar a coroa sobre o pilar do implante.

Para Spiekermann¹² (2000, p. 265), “as próteses implanto-suportadas, podem ser definitivamente cimentadas em posição ou afixadas via parafusos [...]”.

Misch6 (2000, p. 554) ressalta que “a discussão parafuso versus cimento aplica-se à coroa ou supra-estrutura e não, ao ‘abutment’”. Isto porque o pilar deve ser parafusado ao corpo do implante devido à área de superfície reduzida apresentada pelo diâmetro e comprimento reduzido dos pinos do pilar e, também, para eliminar o risco de presença de cimento no nível da margem do pilar e do implante.

Ao contrário do que muitos acreditam, Misch6 (2000, p. 549) ressalta que “o sistema de retenção da prótese deve ser projetado antes da cirurgia”, pois devemos levar em consideração os princípios biomecânicos e cuidar para não interferir na estética. É o caso, por exemplo, de implantes anteriores, que necessitam de uma posição mais lingual de inserção, quando, no planejamento protético pré-cirúrgico, se decide pela confecção de uma coroa parafusada, porque o orifício de acesso para o parafuso é inserido no cíngulo da coroa. Implantes anteriores colocados em um plano excessivamente vestibularizado tornam a obtenção de uma estética favorável provavelmente comprometida.

Palacci7 ressalta que a questão é quando devemos usar supraconstruções fixadas por cimento ou parafuso. A necessidade do paciente e o plano de tratamento devem determinar quando a retenção da restauração por parafuso ou cimento é a melhor escolha.

Conforme Sahin e Cehreli¹º, as próteses fixas apoiadas sobre implantes são essencialmente parafusadas ou cimentadas, requerendo uma profunda avaliação de várias premissas e parâmetros para o uso de qualquer uma delas.

Para Misch6, o procedimento de fixação ideal da coroa ao pilar do implante seria aquele que possibilitasse a obtenção de um assentamento mais passivo com uma otimização da direção das cargas, um aperfeiçoamento da estética, um acesso melhorado com facilidade de provas, uma perda reduzida da crista óssea, e complicações, custo e tempo reduzidos.

Na não-existência de uma técnica perfeita para a fixação da coroa protética ao pilar do implante, devemos optar por aquela que mais se aproxime do ideal, observando as vantagens e desvantagens apresentadas por cada uma e avaliando as indicações de cada sistema.

Vantagens e desvantagens

Assentamento Passivo: Para Pastor et al. 8 (1999, p. 41), “As próteses retidas por cimento favorecem o assentamento passivo, pois utilizam apenas um parafuso de fixação, ao contrário das próteses parafusadas, que necessitam de um parafuso do pilar sobre o implante e, outro, de retenção da coroa sobre o pilar”.

Segundo Misch6, a causa principal de fracasso das restaurações são os modelos não passivos, que podem causar a perda óssea da crista, a perda do implante, como também a fratura de parafusos e fixações e/ou seu afrouxamento. Para o mesmo autor, a obtenção de um modelo passivo foge do controle do Cirurgião-Dentista, pois existem variáveis, tais como: a contração do material de moldagem final; a expansão do gesso; os padrões de cera que, durante o endurecimento, distorcem ou, quando incluídos, sofrem a ação do material de revestimento, que expande; e também as fundições metálicas, que contraem. Portanto, uma restauração retida por parafuso, realmente passiva, é praticamente impossível, pois não há nenhum espaço entre o pilar e a coroa e, sim, um sistema de metal com metal, criando uma tolerância zero para erros. Ao passo que, nas próteses cimentadas, por apresentarem espaçadores para troqueis, cria-se um espaço de 40 micrômetros para o cimento, o que compensa uma parte da alteração dimensional dos materiais de laboratório, possibilitando uma restauração

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