Relatorio

INTRODUÇÃO

O Brasil possui um grande potencial para o cultivo da soja, devido as condições edafoclimáticas. O clima tropical também é muito favorável à ocorrência de grande quantidade de plantas daninhas, que interferem no desenvolvimento e na produtividade das culturas. São detectados efeitos negativos no crescimento e na produtividade da cultura de soja, sendo observados por vários autores. (Carvalho & Durigan, 1995; Spadotto et al., 1994; Barros et al.,2000).

Em decorrência da interferência exercida por plantas daninhas, verifica-se que ocorre redução na ordem de 37%, comparando-se os rendimentos de grãos de soja originados das plantas que recebem tratamento químico com testemunha infestada por plantas daninhas durante todo o ciclo da cultura. Assim sendo, a cultura de soja sofre influência negativa de plantas daninhas sobre o rendimento de grãos. (Fleck & Candemil, 1995).

Entre os métodos de controle de plantas daninhas utilizados na soja o método químico é o mais utilizado. Para a recomendação racional do controle químico de plantas daninhas, é necessário conhecer-se, além das informações sobre a fitotoxicidade do produto à cultura, eficiência no controle de plantas daninhas e aspectos econômicos da sua aplicação, os possíveis efeitos colaterais benéficos, ou deletérios, dos herbicidas na atividade microbiana do solo, ou, pelo menos, na atividade de determinados microrganismos que têm implicações diretas no processo de produção.

O 2,4-D é uma auxina sintética que atua provocando distúrbios diversos (crescimento anormal de tecidos, obstrução do floema, morte do sistema radicular, epinastia das folhas, etc.) os quais levam as plantas sensíveis à morte (Rodrigues e Almeida, 1998). A utilização do 2,4-D na dessecação, mesmo em baixas concentrações pode afetar, o crescimento das plantas de soja, quando semeada nos primeiros seis dias após a aplicação (Valente et al., 2000).

O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de diferentes doses de herbicida 2,4D, aplicado em pré-plantio na cultura de soja, determinando intervalo mínimo entre a aplicação e a semeadura, sem promover prejuízos a cultura.