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SURDEZ COMO PATOLOGIA

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Por:   •  9/5/2013  •  Resenha  •  852 Palavras (4 Páginas)  •  2.208 Visualizações

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SURDEZ COMO PATOLOGIA

A visão de surdez do autor do relato é discriminatória, pois considera a pessoa surda como vítima de uma desgraça, sendo impossibilitada de se relacionar com os ouvintes. Para ele, à pessoa surda resta apenas procurar meios de restauração da audição e da fala, para que possa ser aceita na sociedade, considerando que a surdez seja uma “humilhante patologia”. O autor do relato relaciona a surdez a distúrbios psíquicos. De acordo com o texto “Visões com relação aos surdos e a surdez”, estudado na disciplina, a visão clínico-terapêutica considera a surdez como uma patologia, mera deficiência sensorial. Ao tomar essa visão como base, pressupõe-se que o surdo é visto como um ouvinte deficiente, e neste sentido, implica-se que a educação dos surdos busque remediar da melhor forma possível essa dificuldade, para que o aluno surdo se adapte à sociedade. Trata-se de “um processo de medicalização no qual as estratégias e recursos educacionais têm um caráter reparador, reabilitador, normalizador e corretivo”.

Essa visão coloca a surdez como uma deficiência que exige tratamento com o objetivo de desenvolver e treinar a fala e a leitura labial, através de tratamento fonoaudiológico, de uso de próteses e implantes, por exemplo, capazes de capacitá-lo a usar a língua oral e a partilhar dos modos de ser, pensar e agir da sociedade ouvinte que integram. Percebe-se que, atualmente, a comunidade surda luta pelo reconhecimento da sua especificidade linguística e cultural e pelo respeito à sua diferença.

BILINGUISMO – PROPOSTA EDUCACIONAL

Diante dos estudos realizados na disciplina, conclui-se que a filosofia educacional mais adequada á educação de surdos é o bilinguismo, pois como afirma Lacerda e Mantelatto (2000) essa proposta de ensino coloca a criança surda em contato com a língua de sinais o mais precocemente possível, proporcionando ao aluno surdo um desenvolvimento rico e pleno de linguagem e um desenvolvimento integral. Essa filosofia permite organizar o processo educacional de forma que o aluno surdo possa desenvolver competência tanto na língua de sinais como na língua utilizada pela comunidade ouvinte. Neste sentido, a língua de sinais proporcionará o desenvolvimento linguístico, cognitivo e social do aluno, como citado por moura (2005) em que a primeira língua, a língua de sinais, proporciona a aprendizagem da segunda língua, ou seja, o português, tanto na modalidade escrita como na modalidade oral, para aqueles que têm possibilidade. Para Gotti (2006) é de fundamental importância que o professor atue como mediador na educação dos alunos surdos. Sendo assim, deve-se haver professores bilíngues, que possam atuar como uma conexão entre a língua de sinais e a língua portuguesa.

Para incluir os surdos no bilinguismo é preciso considerar a preparação dos docentes, para que a escola seja realmente inclusiva e não apenas inserir o aluno na escola regular sem considerar de fato sua especificidade linguística. Percebe-se que muitas vezes, a inclusão se dá por meio da inserção do aluno na classe comum, tendo como suporte a sala de recursos, isso faz com que haja a exclusão da criança, como expresso nos depoimentos, uma vez que o aluno surdo não consegue entender o professor, ou seja, este não envolve diretamente com o processo de aprendizagem do aluno surdo, reforçando a exclusão. Com base em Quadros e Schmiedt

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