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Surdez no aspecto médico, cultural e social, libras e a cultura surda

Trabalho acadêmico: Surdez no aspecto médico, cultural e social, libras e a cultura surda. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/6/2013  •  Trabalho acadêmico  •  2.195 Palavras (9 Páginas)  •  933 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE PEDAGOGIA

LIBRAS

Atividade Prática Supervisionada (ATPS)

entregue como requisito para conclusão da

disciplina “Libras”, sob orientação da

professora-tutora a distância

Simone Schneider Denzin.

SÉRIE: 1º ANO

CAMPINAS

2012

SURDEZ NO ASPECTO MÉDICO, CULTURAL E SOCIAL, LIBRAS E A CULTURA SURDA.

Na antiguidade o surdo era totalmente desprezado. Não tinha direito de freqüentar os mesmos lugares que os ouvintes, a testamento, escolarização e até mesmo ter direito ao casamento.

A igreja Católica desconsiderava o surdo de tal maneira, a ponto de dizer que não era criado a semelhança de Deus por não falarem. Imagine a vida enclausurada a qual o surdo levava.

Aristóteles afirmava que o ouvido era o principal órgão, pois através dele você desenvolvia a linguagem e a fala, sendo assim, aquele que não ouvia não era considerado Ser Humano diante da sociedade e era excluído e até morto.

A partir do século XVI, eles conseguiram seus direitos, entre aspas, quando nobres começaram a lutar pelos direitos de seus filhos surdos.

Os monges ou preceptores usavam de sinais rudimentares entre eles para se comunicar por causa de um voto de silêncio que haviam feito no monastério, e essa comunicação gestual entre eles, fez despertar a possibilidade de se ensinar o surdo. A partir daí, os filhos dos nobres que nasceram surdos, começaram a ser educados por esses preceptores. Eles eram pagos por famílias nobres e influentes para ensinar a língua oral a essas pessoas.

O propósito da educação dos surdos era que estes pudessem desenvolver seu pensamento, adquirir conhecimentos e se comunicar com o mundo ouvinte, para que esses não perdessem seus direitos dentre a sociedade.

O espanhol Pedro Ponce de Leon foi o primeiro professor monge beneditino que deu início a educação dos surdos, dando base para muitos outros.

Ele criou um alfabeto manual para ajudar aqueles que não conseguiam ouvir e falar, pois ele acreditava que se a pessoa não pudesse ouvir o som das palavras, poderia então lê-la com os olhos, propondo a eles a leitura e escrita junto com os sinais gestuais.

Segundo os médicos, existe uma diferença entre Deficiência auditiva que vai diminuir a percepção do som e Surdez, que vai incapacitar essa percepção. Por isso são categorizadas em níveis, de leve, moderado, severo e profundo.

“A deficiência auditiva é quando alguma estrutura da orelha apresenta uma alteração, ocasionando uma diminuição da capacidade de perceber o som”.

O individuo se comunica normalmente pela fala, pois seu grau de perda auditiva e de leve a moderada.

“Surdez também é ocasionada por alguma alteração nas estruturas da orelha, mas essa ocasiona uma incapacidade em perceber o som”. Seu grau de perda auditiva vai de severo à profunda. Geralmente nessa situação o individuo se comunica através de Libras. (www.ilivaldoduarte.blogspot.com.br/2011/07/coluna-de-camila-zazula-audicao).

Abade Charles Michel de L’epée (1712-1789) foi conhecido como pai dos Surdos, por quebrar a tradição das práticas secretas de ensino e expor suas técnicas ao mundo.

Essa técnica fez com que muitos surdos ganhassem lugar de destaque na sociedade a qual viviam anos mais tarde.

Abade L’epée, percebeu que os surdos com perda auditiva profunda tentavam se comunicar através de gestos, e foi estudar a língua de sinais, percebendo que essa era eficaz para comunicação dos surdos. Abade começou a perceber que o valor lingüístico desses gestos era eficiente. Tendo como base a linguagem gestual, ele desenvolveu um método educacional para surdos, adicionando sinais que se aproximavam da língua francesa, chamando-o de Sinais Metódicos. Esses sinais foram de grande importância, para que Abade L’epée funda-se uma escola para surdos em 1775(Instituto de Surdos-Mudos de Paris).

Ouve uma grande contrariedade por causa dessa nova linguagem, pois homens renomados acreditavam que o pensamento só era possível através da língua oral.

O Oralismo foi imposto pelo congresso de tal forma que muitos ficaram sem nenhuma opção de ensino e totalmente excluído da sociedade.

O II Congresso Internacional, em Milão, ocasionou a proibição da linguagem de sinais por 80 anos, prevalecendo o Oralismo, que foi um fracasso para muitos que realmente não tinham condições de desenvolver a fala pela deficiência auditiva profunda.

Com o fracasso do Oralismo, a linguagem de sinais ganhou força. Com a prática desses Sinais Metódicos que ajudava o surdo a desenvolver e a se comunicar, deu-se seqüência a novas metodologias, como “Comunicação Total”, que é o uso da linguagem oral e sinalizada ao mesmo tempo e “Bilíngüe”, que é o uso da Língua de Sinais (Materna) e a Língua Portuguesa Escrita como segunda língua.

A Língua Brasileira de Sinais ganhou destaque no mundo todo. É uma língua bem desenvolvida, que assegurou uma comunicação completa e integral com sua modalidade gestual-visual. Possui sintaxe, morfologia, semântica e contexto próprio da língua, assim como qualquer outra. Foi reconhecida por lei (10.436) oficialmente.

Cada lugar tem sua forma lingüística ou cultural de falar como a nossa língua portuguesa, mas através dela, passou a existir mais socialização entre as famílias, pois 90 a 95%, dos surdos são filhos de pais ouvintes.

A Cultura Surda lutou pelo conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelos surdos não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade. Ela reflete até hoje os costumes

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