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A Alimentação e Obesidade

Por:   •  21/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  6.900 Palavras (28 Páginas)  •  419 Visualizações

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1  Conceito  

Nas últimas décadas do século XX, a obesidade em ergiu como uma epidemia em países desenvolvidos. Nos EUA, 33% dos adultos são obesos e, na maioria dos países europeus, especialmente na Inglaterra, verificou-se um aumento entre 10 e 40% na incidência de obesidade nos últimos 10 anos. Também nos países em desenvolvimento, a incidência da obesidade vem aumentando, acometendo, sobretudo, pessoas de meia-idade, do sexo feminino, cor negra e com menor nível socioeconômico e educacional. Os dados mais recentes sobre a ocorrência de obesidade na população adulta brasileira são baseados na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2002-2003, que mostram que a obesidade ocorre em 8,9% dos homens e em 13,1% de das mulheres adultas. Em todas as faixas etárias, a obesidade é mais prevalente no gênero feminino. Atualmente, a    obesidade é considerada uma doença metabólica com reflexos extremamente graves.A obesidade é uma doença de prevalência crescente. No Brasil, a doença aumentou de 3,1 para 5,1% em homens e de 8,2 para 13,3% em mulheres, entre 1975 e 1989. Nos EUA, houve um aumento de 1 para 19,5% na população adulta masculina e de 15 para 25% na população feminina, quando se comparam os dados do final da década de 1960 com o inicio da década de 1990. A atualização destes dados deve mostrar resultados mais elevados, caracterizando a obesidade como verdadeira epidemia.    De acordo com relatos da Organização Mundial da Saúde, a prevalência de obesidade infantil tem crescido em torno de 10 a 40% na maioria dos países europeus nos últimos 10 anos. A obesidade ocorre mais frequentemente no primeiro ano de vida, entre 5 e 6 anos e na adolescência.  A obesidade está presente nas diferentes faixas econômicas – no Brasil, principalmente nas faixas de classe mais alta. A classe socioeconômica influencia a obesidade por meio da educação, da renda e da ocupação, resultando em padrões comportamentais específicos que afetam ingestão calórica, gasto energético e taxa de metabolismo. Entretanto, à medida que alimentos saudáveis, incluindo peixes, carnes magras, vegetais e frutas frescas, estão menos disponíveis para indivíduos de condições mais restritas, a relação entre obesidade e baixa classe socioeconômica é observada em países em desenvolvimento. No Brasil, assim com nos EUA e na Europa, tem-se observado um aumento da prevalência de obesidade, o qual está estritamente relacionado com mudanças no estilo de vida (outros tipos de brincadeiras, mais tempo frente à televisão e jogos de computadores, maior dificuldade de brincas na rua pela falta de segurança) e nos hábitos alimentares (maior apelo comercial pelos produtos ricos em carboidratos simples, gorduras e calorias, maiores facilidade de fazer preparações ricas em gorduras e calorias e menor custo de produtos de padaria.

2 Fundamentação teórica

2.1Causas                                                                                                                                          O peso corporal é, dentro de certos limites, geneticamente determinado. Para se manter o peso corporal é necessário que o aporte energético seja igual ao gasto. O gasto energético tem três componentes fundamentais: metabolismo basal ou taxa metabólica de esforço (aproximadamente 60% do total), efeito térmico de alimentação (15%) e atividade física (aproximadamente 25% no homem sedentário). A obesidade deve ser considerada uma doença multifatorial, uma vez que tanto o aporte quanto o gasto energético dependem não só de fatores genéticos e fisiológicos, mas também de variáveis culturais, sociais e psicológicas, as quais determinam a quantidade e a qualidade da alimentação bem como a intensidade da atividade física exercida pelo indivíduo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade deve-se à interação entre fatores ambientais (incluindo os alimentares), em indivíduos com predisposição genética ao acúmulo de gordura corporal. Muitos estudos têm avaliado a contribuição relativa dos fatores ambientais e genéticos na etiologia da obesidade.O índice de massa corporal (IMC) de crianças adotadas correlacionou-se mais com o IMC de seus pais biológicos que com aquele de seus pais adotivos. Pares de gêmeos apresentaram similaridade no ganho de peso e na percentagem e distribuição de gordura corporal quando ingeriam quantidade adicional de energia na dieta.A maior parte dos casos de obesidade decorre de balanço energético positivo associado ao sedentarismo e à ingestão excessiva de alimentos. Dentre os fatores alimentares envolvidos na etiologia da obesidade, é evidente o consumo excessivo de energia, principalmente de fontes lipídicas. Por conferir consumo excessivo de energia, principalmente de fontes lipídicas. Por conferir maior densidade energética, sabor e textura mais agradáveis, a alimentação rica em gordura estimula o consumo energético excessivo. A crescente prevalência de obesidade entre adultos brasileiros apresenta uma associação positiva com o aumento da oferta energética.

  • Hipotireoidismo e hipopituitarismo: Pode causar obesidade moderada, mas o principal contribuinte para o excesso de peso é o acúmulo de líquido e não de tecido adiposo.
  • Síndrome de Cushing: Raramente causa obesidade intensa; há uma distribuição preferencial de gordura no tronco.
  • Castração e insuficiência ovariana: Predispõe a obesidade; usualmente acompanhada por flashes e outros sintomas de instabilidade vasomotora e elevados níveis de gonadotropina urinários.
  • Síndrome do ovário policístico (Stein-Leventhal): Pode causar uma combinação de obesidade hipotalâmica e endócrina; caracterizada pela redução ou ausência de menstruação, hirsutismo moderado e ganho de peso; usualmente observada em mulheres jovens logo após a menarca.

Nas pessoas que ingerem quantidades moderadas de álcool, há um acréscimo de 10% ou mais de energia ingerida, contribuindo para o ganho de peso como o estresse, a ansiedade e a depressão, por influenciarem o comportamento alimentar.O gasto energético tem papel importante no desenvolvimento da obesidade. De uma forma geral, o gasto energético basal (GEB) representa mais de 60% do gasto energético total, sendo relacionado à massa corporal magra, que é mais metabolicamente ativa.

Obesidade de nascença - os obesos deste grupo sempre foram gordinhos a não ser em curtos episódios de “regimes”, invariavelmente seguidos de reganho de peso. De ponto de vista clínico, este tipo de gordura é o associado aos genes e representa cerca de 30% dos casos de obesidade.

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