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A Educação Nutricional

Por:   •  3/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.267 Palavras (10 Páginas)  •  316 Visualizações

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Estudo Dirigido

1 – A educação serve para agregar conhecimento, formar ideologias e novos ideais, enxergar situações de modo mais amplo, gerar uma visão crítica, formar cidadãos críticos. Além disso, a educação é um meio de inserção social, que traz o indivíduo ao convívio e às realidades sociais. Assim como, capacita ao convívio social e ao adestramento das regras sociais, tais como exercer deveres de cidadania que permeiam o respeito às leis impostas para manutenção da ordem. Além disso, a educação constitui uma poderosa ferramenta na promoção da saúde, na garantia da autonomia e na qualidade de vida de cada em indivíduo como um todo.

2 - A educação sanitária se relaciona com termos de informação científica sobre determinados assuntos de saúde, no intuito de que o conhecimento conduza logicamente à mudança de comportamento desejada. Por exemplo: no caso da esquistossomose, as populações às quais se facilitassem conhecimentos sobre o modo de transmissão da doença, com ênfase sobre o papel do caramujo como hospedeiro intermediário e o das cercárias na infestação do homem, deveriam consequentemente evitar os atuais focos de contaminação e tomar as medidas tendentes a impedir a criação de novos focos.

O objetivo da educação em saúde, por sua vez, não é o de informar para a saúde, mas de transformar saberes existentes. A prática educativa, visa ao desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade dos indivíduos no cuidado com a saúde, porém não mais pela imposição de um saber técnico-científico detido pelo profissional de saúde, mas sim pelo desenvolvimento da compreensão da situação de saúde. Objetiva-se, ainda, que essas práticas educativas sejam emancipatórias. A estratégia valorizada por este modelo é a comunicação dialógica, que visa à construção de um saber sobre o processo saúde-doença-cuidado que capacite os indivíduos a decidirem quais as estratégias mais apropriadas para promover, manter e recuperar sua saúde.

3 - Os primeiros sistemas de educação eram pautados apenas em instrução, educação pelo conhecimento, disciplinamento e escolarização de jovens e crianças principalmente. Hoje, tende-se que a escola por exemplo não se pode limitar a educar pelo conhecimento destituído da compreensão do homem real, de carne e osso, de corpo e alma. Afinal, de nada adianta o conhecimento bem ministrado em sala de aula se, fora da escola, o aluno se torna um homem brutalizado, desumano e patrocinador da barbárie. Diante disso, a nosso atual conceito de educação deve ser entendido como um “[...] processo global e sequencial de desenvolvimento da pessoa humana ao longo da sua existência e através das respetivas fases de educação de infância, de educação escolar ou de jovens e educação de adultos” (Dias, 1993, p. 6). Ou seja, a educação deve ser fundada na transdisciplinaridade e apoiada na multidimensionalidade humana, que vai além do racionalismo clássico e reconhece a importância das emoções, sentimentos, raças e valores.

Durante muito tempo, predominou o entendimento de que saúde era sinônimo de ausência de doenças físicas e mentais. Mas esse conceito sofreu mudanças após a definição da Organização Mundial de Saúde que define que a "saúde é o completo bem-estar físico, mental e social e não a simples ausência de doença". Dessa forma essa definição aponta para a complexidade do tema, e a reflexão mais aprofundada sobre seu significado nos leva a considerar a necessidade de ações intersetoriais e interdisciplinares no sentido de criar condições de vida saudáveis que abrange fatores psicológicos, sociais, culturais e ambientais.

Educação em saúde - educação em saúde vai além de atividades práticas que se reportam em transmitir informação em saúde. É considerada hoje como importante ferramenta de promoção a saúde, que necessita de uma combinação de apoios educacionais e ambientais que objetiva atingir ações e condições de vida conducentes à saúde.

Educação alimentar e nutricional -  No Brasil, nas décadas de 40 a 70, o tema oscilou entre o status de ação pública até um importante descrédito, por seu caráter muitas vezes discriminatório e de redução da alimentação à sua dimensão biológica. O tema foi retomado no inicio dos anos 1990, a partir de pesquisas realizadas no campo da saúde, que apontaram os hábitos alimentares como um dos fatores determinantes para o aumento das doenças crônicas.

Santos5 destaca que seu papel nos anos 1990 e 2000, em particular, esteve mais vinculado à produção de informações que serviam como subsídios para auxiliar a tomada de decisões dos indivíduos que outrora foram culpabilizados pela sua ignorância (1940-60), sendo posteriormente vítimas da organização social capitalista (1970-90), e que se tornaram agora providos de direitos e convocados a ampliar o seu poder de escolha e decisão (1990-2010).

Atualmente a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) alcançou um ponto importante de seu processo de construção. Após ter percorrido um longo caminho, permeado por “altos e baixos” e depois de ter superado obstáculos no sentido de alcançar mudanças conceituais e práticas significativas, atualmente a EAN se insere no âmbito das políticas públicas no contexto da promoção da saúde e da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN).

4- Os determinantes sociais da saúde podem ser agrupados nas seguintes categorias: fixos ou biológicos (idade, sexo, factores genéticos); sociais e económicos (pobreza, emprego, posição socioeconómica, exclusão social); ambientais (habitat, qualidade do ar, qualidade da água, ambiente social); estilos de vida (alimentação, atividade física, tabagismo, álcool, comportamento sexual); acesso aos serviços (educação, saúde, serviços sociais, transportes, lazer). Pode-se dizer que todos esses determinantes mencionados influenciam, de certo modo, o estado de saúde individual, familiar ou comunitário.

De acordo com o American Journal of Health Promotion, (1989,3,3,5), a Promoção da Saúde é “a ciência e a arte de ajudar as pessoas a mudar o seu estilo de vida rumo a um equilíbrio entre a saúde física, emocional, social, espiritual e intelectual. A mudança no estilo de vida pode ser facilitada pela combinação de esforços que promovam a mudança comportamental e que criem ambientes que promovam boas práticas de saúde”

Dessa forma, é possível notar que os determinantes sociais da saúde estão associadas as circunstâncias em que nós vivemos, podendo elas intervir ou não na qualidade de vida de um determinado cidadão, e já a promoção da saúde é essencial para que o individuo seja orientado por meio de ações objetivas que visam mudanças de hábitos e assim gerando não só uma melhor qualidade de vida, mas também melhorando sua condição de saúde e o seu bem-estar.  Portanto é importante destacar que a promoção da saúde está basicamente, nas mãos de cada um de nós, uma vez que nos cabe tomar as decisões diárias que mais influenciam a nossa saúde e bem estar.

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