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ANEMIAS CARENCIAIS – FERROPRIVA E MEGALOBLASTICA

Por:   •  23/6/2019  •  Resenha  •  1.044 Palavras (5 Páginas)  •  270 Visualizações

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ANEMIAS CARENCIAIS – FERROPRIVA E MEGALOBLASTICA

        Anemia é uma condição na qual o numero de células vermelhas do sangue e sua capacidade e transporte de O2 são insuficientes para atender as necessidades fisiológicas, que também variam de acordo com as características do individuo como idade, sexo, altura, fumante ou não, e gravidez. Bioquimicamente ocorre a diminuição dos níveis e hemoglobinas e hematócritos.

        Anemia ferropriva é causada pela falta de ferro no organismo, um nutriente fundamental para a realização de várias funções básicas do organismo.  Já a anemia megaloblastica, acontece quando as hemácias apresentam um tamanho maior do que o normal, pois o citoplasma não se divide corretamente, geralmente, pela falta de nutrientes necessários como vitamina B12 ou vitamina B9.

        O diagnostico de anemia de acordo com a OMS, a anemia é definida como o nivel de Hemoglobina (Hb) abaixo de 11g/dL. Onde pode ser classificada em tres categorias: Leve- Hb entre 10 e 10,9g/dL; Moderada- Hb entre 8 e 9,9 g/dL; e Grave- Hb ≤8g/dL.

        Anemia Ferropriva- a deficiencia de ferro é a principal causa de anemia na gestação. Os depósitos de ferro são reduzidos durante a gravidez em decorrência de uma maior demanda ao suprir o aumento da hemoglobina circulante e o desenvolvimento fetal. Onde, há uma redução da porcentagem de saturação de transferrina e hemácias hipocrômicas e microcíticas começam a ser liberadas pela medula óssea na circulação. Caso a ingestão de ferro for reduzida tornando insuficiente, e se o intervalo interpartal for curto ou se o parto for complicado por hemorragia, e consequentemente a anemia por deficiência de ferro rapidamente se instalará.

        Em relação às causas, a anemia ferropriva corresponde ao problema nutricional de maior repercussão no mundo. Atinge cerca de 1/3 da população mundial, sendo maior incidência mulheres em período gestacional. Entre as principais causas entre gestantes destaca-se: baixo nivel socioeconomico, elevado numero de partos, baixo nivel educacional, idade gestacional avançada, alimentação deficiente na quantidade e também qualidade de ferro.

Sintomas são Queda de cabelo e unhas fracas e quebradiças; falta de apetite; taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos ); dificuldade de concentração e lapsos de memória; diminuição do desejo sexual, Fadiga crônica e desânimo; cansaço aos esforços; pele e mucosas pálidas (descoradas); tonturas e sensação de desmaio; dores de cabeça e dores nas pernas e geofagia ( vontade incontrolável de comer terra).

Diagnostico é feito com um simples exame de sangue já é possível confirmar se o paciente está anêmico e se é a carência do ferro a causa. Podem ser feitos através: hemograma, ferritina e anamnese alimentar.

A prevenção é atravez de modificações alimentares, diagnostico e tratamento das causas de perda crônica do sangue, controle de infecções e infestações que contribuem para o agravamento da anemia, fortificação dos alimentos, e suplementação medicamentosa. Acrescentar também alimentos enriquecidos com ferro como farinha de trigo e milho são estratégias interessantes para a prevenção da anemia ferropriva. Em locais onde a anemia em gestantes é um problema recorrente, é preferível usar uma dose diária de 60 mg de ferro elementar.

Se a mulher for diagnosticada com anemia em qualquer momento da gestação, ela deverá receber a administração diária de suplementos de ferro, até que sua concentração de hemoglobina atinja o nível normal. Depois disso, ela pode passar para a dose padrão para evitar a recorrência da anemia. A suplementação pode ser feita com ferro via oral, durante a gestação e a lactação, e mantida por 3 a 6 meses após a recuperação dos níveis hematimétricos, com a finalidade de manter reserva mínima de ferro: 300mg/dia de sulfato ferroso (60mg de ferro elementar).

Tratamento, correção da anemia e restituição de suplementos como Sulfato ferroso, fumarato ou gliconato. Suporte nutricional. Reposição de ferro, preferencialmente por via oral: 900mg/dia (180mg de ferro elementar), divididos em 3 doses,  por no mínimo 2 a 3 semanas. Nos casos de intolerância gastrointestinal ou falha de resposta ao ferro oral, pode ser utilizado ferro por via parenteral: Administração semanal, em ambiente hospitalar.

Orientações nutricionais: A orientação nutricional deve ser realizada durante todo o acompanhamento, de preferência já no período antenatal. O ferro proveniente da dieta pode ser de origem vegetal, ferro não heme, que tem baixa absorção, ao redor de 1% a 7%, contribuindo muito pouco para as reservas maternas; e o ferro de origem animal, ferro heme, cuja taxa de absorção varia entre 20% a 30%, com boa disponibilidade, e que definitivamente contribui para o estoque materno. A OMS recomenda que todas as gestantes recebam o suplemento no ultimo trimestre como medida profilatica à mobilização dos depositos de ferro. A quantidade tolerada segundo as novas recomendações nutricionais é de 45mg/dia. Entretanto, esse valor não esta levando em conta a terapeutica para o tratamento da anemia.

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