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Leite vegetal

Por:   •  27/8/2016  •  Ensaio  •  1.467 Palavras (6 Páginas)  •  301 Visualizações

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Questões sobre o filme – TWELVE ANGRY MEN (1957)

  1. Tanto aspectos comportamentais quanto técnicos da negociação: mencionar sobre os estilos de linguagem, o "ganhar-ganhar" e o ganhar-perder", citar cenas do filme que estão presentes.

Percebe-se que foi realizada uma negociação ganha-ganha no filme, pois ocorreu uma relação de benefício mútuo para a sociedade em relação à sentença do réu e entre os jurados no desenrolar da negociação.

  1. Estilos de negociação dos doze jurados:

J1: Recuo. Apenas organiza e pouco se envolve na discussão.

J2: Recuo. Um tanto o quanto inseguro, mostra-se interessado, mas pouco familiarizado com a situação. Esse jurado é convencido pelas provas e pela maioria, mas com o passar do filme ele muda de ideia (estilo de ligação).

J3: Afirmativo.        É o jurado mais "cabeça-dura". Está convencido de que as evidências provam que o réu é culpado, mostra-se agressivo e autoritário, com muita necessidade de poder. Em vários momentos ele eleva o tom da voz para que suas ideias prevaleçam. No decorrer do filme descobre-se que ele é um pai emocionalmente abalado com o filho.

J4: Afirmação. É um corretor comedido e sério, foca nos fatos e é friamente calculista. Utiliza da lógica das provas apresentadas para sustentar sua opinião.

J5: Recuo. Primeiro, se abstém de falar. Depois, fala que veio da favela também e diz que a origem pobre do réu não prova nada, em resposta às acusações de outros jurados.

J6: Afirmação. Mostra-se afetivo, mas impulsivo. Ele se convence pelas testemunhas do crime e tenta convencer Davis (na cena do banheiro, durante o intervalo).

J7: Afirmação. Age de forma superficial e indiferente às discussões, quer apenas que tudo acabe logo, pois quer ir ao jogo. Apoia-se nas evidências.

J8: Persistência e persuasão. O arquiteto Davis, principal defensor do réu, afirma que as evidências não são suficientes para provar que o menino é culpado do crime. Ele insere diversas dúvidas nos demais jurados, tem vários recursos e assim, aos poucos faz com que cada jurado reflita sobre seu voto e reveja seu modo de pensar.

J9: Ligação. Quis ajudar o Davis, mesmo achando que o réu é culpado mostrou empatia ao ouví-lo. Foi o primeiro a mudar o voto, é flexível, argumentativo e às vezes até irônico provocando os demais jurados.

J10: Afirmação e Persuasão. É totalmente preconceituoso e seu discurso é vazio, utiliza-se da origem pobre do réu para provar que o mesmo é culpado.

J11: Ligação. Analisa as evidências e muda de ideia após questões apresentadas por Davis. Ele se convence de que as evidências não provam a veracidade dos fatos apresentados em juízo.

J12: Recuo. É um publicitário totalmente indeciso e sem foco, fica buscando formas de fugir da situação e da responsabilidade de votar. Toma partido conforme a persuasão e intimidação dos demais. Em um certo ponto do filme, se obriga a tomar partido.

  1. O arquiteto Davis é persuasivo. Primeiro, ele demonstra querer ouvir todos os pontos de vista, pois não está convencido da culpa do réu. Durante o filme, ele apresenta diversas contestações sobre as evidências. É um ótimo negociador, pois demonstra ter recursos para rebater as acusações. Ele faz "o tema de casa" e conta ter ido ao bairro do réu, no dia anterior, onde conseguiu comprar uma faca exatamente igual à usada no crime, demostrando que a mesma não seja mais considerada como "única" no mercado.

  1. Em vários episódios do filme, vemos jurados mudando sua forma de negociar. Um dos exemplos, é o arquiteto Davis, que primeiro implementa a dúvida quanto à culpa do réu. Em certo momento, após discussões, ele pede uma nova votação e se utiliza do recuo para ver o que acontece. Ele diz que se não houver nenhum voto além do dele sobre a inocência do réu, ele o considerará culpado e dá espaço para que outro jurado o apoie.

Isso acontece também com o jurado 9, que apoia o Davis. Primeiro, ele se utiliza do estilo de ligação para apoiar o arquiteto, mas em certos momentos, ele se utiliza do estilo de afirmação, quando alguns dos jurados mostram-se desrespeitosos e agressivos quanto à sua opinião.

  1. Avaliação da capacidade de relacionamento interpessoal dos jurados:

  1. Davis, o arquiteto. Demonstra interesse em ouvir a opinião de todos para entender a situação e, aos poucos, se convence junto com os outros da inocência do réu. No início do filme ele indaga os demais juradas dizendo que todos estão ali para decidir sobre a vida de uma pessoa, que não se pode definir isso em cinco minutos. É como se ele é o único que soubesse o que efetivamente eles estão fazendo no corpo de jurados. Utiliza da colaboração e confronto, age de forma imparcial ao julgamento evidenciando que tudo deveria ser levado em consideração. Demonstra uma boa relação interpessoal, através de sua empatia para com a situação do réu, e pondera suas ações até que se chegasse a uma mútua opinião benéfica para a conclusão do julgamento.
  2. O jurado 3, que menciona ter participado de vários júris e ter a certeza da culpa do réu. É impaciente, intimidados e agressivo. Acaba sendo o último a aceitar a inocência do menino. Apesar de começar votando como a maioria, por sua agressividade, não possui boas relações com os demais durante o filme.
  3. O publicitário. É totalmente fora de foco e importa-se mais com as relações interpessoais do que com sua tarefa de jurado.
  1. Estereótipos ou preconceitos que tenham influenciado a atitude de algum jurado.

O jurado de número 10 considerou o réu como culpado apenas baseado nas evidências, como os demais de início. No entanto, o mesmo utiliza-se também do fato do menino ter origem pobre e morar num cortiço/favela, por não ter a mãe (que morreu quando ainda era pequeno) para criá-lo, considerando-o revoltado por ter sido espancado diversas vezes pelo pai. "Já nascem mentirosos", é uma de suas primeiras falas no filme.

O jurado de número 7 também apoia-se no histórico de roubo, brigas e detenção do réu para considerá-lo como culpado, como o jurado de número 4, acusando o menino por ter vindo da favela.

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