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Relatorio sobre nutrição enteral e parenteral realizada no hospital universitário da UFPI

Por:   •  7/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.481 Palavras (6 Páginas)  •  4.117 Visualizações

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Percepção da visita

A visita foi composta por uma palestra expositiva com slides em que a enfermeira e coordenadora administrativa keila e a nutricionista Lidia relataram como funciona a equipe multiprofissional do Hospital Universitário da UFPI em relação à nutrição enteral e parenteral. Foi apresentado que a prevalência da desnutrição hospitalar varia de 20% a 50% em diferentes estudos mostrando a importância da equipe nutricional. (SAMIA, 2013)(GARCIA).

Todo os hospitais possuem a necessidade de compor uma equipe multiprofissional em terapia nutricional por uma exigência da legislação para que ocorra uma sistematização do serviço, ainda é algo novo que está sendo implantado. Essa equipe possui a responsabilidade de resolver todos os problemas desde as condições clinicas relacionadas a dieta até a disponibilidade dos materiais, que ocorrem em relação a toda atividade nutricional para promover o uso racional e seguro da nutrição parenteral e enteral através da assistência funcional e adequada aos pacientes visando a melhoria do seu estado geral. O HU possui classificação através do ministério da saúde como uma unidade de assistência de alta complexidade em terapia nutricional.

Nos foi relatado que todo paciente passa por triagem em até 48 horas após a internação e que enquanto alguns já chegam desnutridos outros a desenvolvem no meio hospitalar por ingestão insuficiente, hipermetabolia da doença ou outros agravos nutricionais evidenciando a importância da intervenção alimentar para a recuperação desses pacientes.  

Após a internação e estabelecimento da dieta é realizada uma visita diária para se avaliar as condições do paciente como grau de consciência, comodidade, risco de aspiração, condição de absorção intestinal, as vias de acesso e duração prevista para o tratamento sempre observando se a dieta prevista está atendendo às suas necessidades e se o paciente está tolerando bem a forma utilizada.

A nutrição enteral é realizada em pacientes que não coneguem satisfazer suas necessidades com a alimentação convencional, mas possuem trato gastrointestinal funcionante. Sendo realizada com alimento para fins específicos por meio de sondas que podem ser orogástrica, nasogástrica, ou ostomia como a gastrostomia e a jejunostomia. Podendo também ser administrado medicamentos desde que bem triturados. É sempre priorizada em relação à parenteral por oferecer menor risco de infecções hospitalares. (RDC nº 63, 2000)

Pode ser realizada de forma contínua ou intermitente. Esta pode ser ainda em bolus, injetada normalmente pelo próprio paciente por meio de seringa um volume de 100ml a 300ml durante 30 à 50 minutos para evitar uma distensão abdominal e realizada por volta de seis vezes ao dia, ou gravitacional quando a mesma quantidade de alimento fica gotejando pela sonda de 60 a 150ml por hora em intervalos regulares. Ambas requerem limpeza da sonda com 30 ou 50ml de água. Na enteral de forma contínua é utilizada uma bomba de infusão que irá administrar até 125ml de alimento durante 24 horas.

As complicações podem ser: obstrução da sonda, ferimentos nasais,deslocamento e saída acidental da sonda, distúrbios metabólicos e principalmente distensão abdominal, náusea, vomito e diarreia. Ocasionalmente constipações. Alguns pacientes desenvolvem também ansiedade e depressão pelo sentimento de incapacidade e dependência de todos esses equipamentos para se alimentarem. (ALVES e WAITZBERG, 2009)

O preparo da dieta pode ser caseiro liquidificando e coando o alimento, muito utilizada no ambiente domiciliar pelo seu baixo custo, mas infelizmente perde muitos nutrientes no preparo, ou industrializada. Que pode ainda ser de sistema aberto ou fechado. A dieta de sistema aberto pode ser em pó ou líquida requerendo diluição ou mudança de frasco, a de sistema fechado já vem pronta pra administração direta ao paciente.

A dieta de sistema fechado é a mais segura contra infecções por não requerer nenhuma manipulação da solução que permita possíveis contaminações como ocorre com as dietas caseiras ou abertas, no entanto como o custo é maior acaba sendo a menos utilizada. No inicio o Hospital universitário fazia uso exclusivo da dieta de sistema fechado, mas após revisões administrativas chegou-se à conclusão de que era preciso abandoná-la por uma alternativa mais econômica.

Apesar de mais segura a dieta fechada não está também completamente imune de possíveis contaminações, porque requer uma boa lavagem do frasco e das mãos no momento da administração.

A nutrição parenteral é a administração de solução nutritiva por via endovenosa nos casos em que o trato gastrointestinal não é funcionante ou não pode ser utilizado. É uma via exclusiva para alimentação não podendo ser adicionado qualquer outra substancia seja ela alimento ou medicamento. Sendo adquirida pronta de fábrica no Hospital Universitário. Pode ser parenteral periférica ou central.

A nutrição parenteral periférica se faz por veia periférica da mão ou antebraço por um período curto de até dez dias, possui instalação mais simples podendo ser realizada pelo enfermeiro e menor custo, oferecendo menor risco e geralmente utilizada como via de transição da parenteral para enteral.

A parenteral central é assim denominada quando a solução nutritiva é administrada por uma veia central como a veia cava superior, jugular e femoral. Indicada para usos superiores a dez dias e quando houver necessidade de grandes quantidades de nutrientes. Mas oferece muito mais riscos de infecção e sepse por utilizar uma via de acesso central, o curativo só pode ser trocado pelo enfermeiro e só pode ser realizada pelo médico por esse motivo é pouco utilizada ou prescrita pelos médicos do HU.

A nutrição parenteral é realizada obrigatoriamente por meio de bomba de infusão com gotejamento por até 24 horas com controle rígido da velocidade e a legislação sugere dupla checagem na hora da aplicação para garantir a segurança do paciente.

As principais complicações podem estar relacionadas com a aplicação do cateter como pneumotórax; lesão vascular; e perfuração cardíaca, ou contaminações da solução; do equipo; ou do cateter com micro-organismos, atrofia da mucosa intestinal e complicações metabólicas. (Monte, 2002)

A equipe relatou que a nutrição parenteral é pouco utilizada havendo em média 5 pacientes que a utilizam enquanto que da enteral em media 15 pacientes, mas esses números devem aumentar com a inauguração do setor de oncologia. As principais patologias presentes no HU que levam ao uso da nutrição enteral ou parenteral são: pancreatite, doença de Crohn, estenose esofágica, neoplasia, fístula, sepse, AVC e para a nossa surpresa a ingestão de soda cáustica em tentativas de suicídio muito frequentes em Teresina.

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