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Trabalho de Bioquimica Nutricional

Por:   •  1/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  6.358 Palavras (26 Páginas)  •  247 Visualizações

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SELÊNIO

INTRODUÇÃO

O selênio é um mineral essencial para o homem em microquantidade. O selênio foi considerado cancerígeno e altamente tóxico. Em 1973, descobriu que o selênio era um componente essencial da enzima glutationa peroxidase, foi considerado o mais importante, quando foi reconhecida sua essencialidade na nutrição humana.

FONTES ALIMENTARES

O selênio está presente nos alimentos de origem vegetal e animal em diferentes formas, como selenometionina, selenocisteína, metil-selenocisteína, selenato, e em suplementos nutricionais está mais presente como selenito, principalmente selenito de sódio.

Nas plantas, são encontradas as formas selenito, selenato, selenometionina, selenocistina, seleno-homocisteína, Se-metilselenocisteína, γ-glutamil-selenocistationina, γ-glutamil-selenocisteína, Se-metilselenometionina, entre outras.

A quantidade de selênio contida em alimentos pode ser muito heterogênea em um mesmo tipo de alimento, se este for proveniente de áreas diferentes. Por exemplo, a concentração do Selênio em trigo é altamente variável dependendo da região onde é cultivado. Mesmo com essa variabilidade existente entre os países, existem alimentos considerados boas fontes de selênio, como peixes, carnes, castanha-do-brasil. Em uma pesquisa sobre a concentração de selênio em alimentos consumidos pela população brasileira, os de maior contribuição foram peixes, como atum e sardinha enlatada, merluza, fígado e gema de ovos.

ABSORÇÃO

Os compostos de selênio são geralmente muito bem absorvidos pelo organismo. Formas orgânicas são mais biodisponíveis do que selenito e selenato, uma vez que são capazes de aumentar mais as concentrações de selênio no sangue. A absorção de selênio na forma inorgânica de selenato é maior que 90% e depende de um gradiente de Na+K+ e ATPase. É normalmente absorvido com sulfato, portanto, uma fração significativa do selenato é perdida na urina antes de ir para os tecidos.

A outra forma inorgânica disponível é o selenito, sua absorção é maior que 80%. A diminuição na sua absorção deve-se a interações com outras substâncias do trato gastrintestinal; o selenito é absorvido principalmente no duodeno por difusão simples e, uma vez absorvido, é mais retido pelo organismo que o selenato. A forma orgânica selenometionina é absorvida na ordem de 95 a 98% no intestino delgado, mediada por um transporte duplo ativo de sódio e aminoácidos neutros. Sua alta taxa de absorção é explicada pela selenometionina por ser incorporada não especificamente no lugar da metionina em tecidos como músculo.

Os nutrientes que facilitam a absorção de selênio são: metionina/proteína, vitaminas E, A e C em altas doses e também outros antioxidantes. Já os fatores que inibem sua absorção são altas doses de enxofre e metais pesados.

ARMAZENAMENTO

A quantidade de selênio armazenada no corpo humano é de 10 a 20 mg, sendo inferior a 0,01% do peso corporal total, 50% do selênio total armazena-se nos músculos, esqueleto, rins, fígado e testículos. As células que mais utilizam selênio são as do sistema imune (monócitos, macrófagos, linfócitos T e B), eritrócitos e plaquetas.

O estoque corporal de selênio divide-se em três compartimentos.

• O primeiro é o selênio estocado na forma de selenometionina, em músculos, esqueleto, pâncreas, fígado, rins, estômago, cérebro, pele e mucosa gastrintestinal.

• O segundo é o estoque de selênio no fígado, na forma de glutationa peroxidase.

• O terceiro estoque é o da selenoproteína do plasma, extremamente sensível às demandas corporais de selênio.

METABOLISMO

Os seres humanos não são capazes de sintetizar selenometionina, mas absorvem-na a partir de fontes alimentares vegetais, algas marinhas e suplementos alimentares, rico em selênio na forma inorgânica. Somente a selenometionina pode ser incorporada às proteínas corporais, pois segue a via metabólica das proteínas até ser catabolizada. Entretanto, essa rota metabólica depende do estado nutricional do indivíduo relativo à metionina e à vitamina B6 para ativar enzimas que desdobrarão a selenometionina em outros compostos orgânicos biologicamente ativos.

O fígado é o órgão central no metabolismo do selênio. A maioria do selênio ingerido é metabolizado no fígado e, após metabolizado, os compostos orgânicos de selênio seguem pela veia portal para o sangue ou são removidos no próprio fígado pela transulfuração do selênio. O novo selênio será utilizado para síntese de outras selenoproteínas ou será degradado e excretado.

FUNÇÕES DO SELÊNIO

O selênio é incorporado em mais ou menos 25 selenoproteínas os seus genes codificadores estão distribuídos entre 12 cromossomos no genoma humano. As funções do mineral no organismo humano estão diretamente relacionadas às funções dessas selenoproteínas e de alguns produtos do metabolismo do selênio. As principais funções atribuídas ao selênio são:

• Função antioxidante

• Participação no metabolismo dos hormônios tireoidianos

• Proteção contra ação nociva de metais pesados e xenobióticos

• Redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis.

• Aumento da resistência no sistema imunológico

• Fertilidade e reprodução

• Função neurológica

• Estabilidade genômica

Função antioxidante

A função antioxidante do selênio está relacionada às selenoproteínas, especialmente as glutationa peroxidades. Já foram identificadas sete glutationa peroxidades, mas somente quatro são selênio-dependentes:

• A primeira glutationa descoberta foi a glutationa peroxidase citosólica, é encontrada em todas as células e sua função é catalisar ou reduzir uma ampla quantidade de peróxido de hidrogênio e hidroperóxidos orgânicos livres, transformando-os, respectivamente, em água e álcool. Esses hidroperóxidos podem danificar até a estrutura do DNA da célula. A glutationa peroxidase é altamente antioxidante, mas incapaz de metabolizar hidroperóxidos oriundos de fosfolipídios esterificados. A glutationa peroxidase citosólica também serve como reserva corporal

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