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Trabalho Bioquímica Estrutural E Metabólica

Por:   •  16/10/2025  •  Ensaio  •  2.235 Palavras (9 Páginas)  •  9 Visualizações

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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA – BIOQUÍMICA ESTRUTURAL E METABÓLICA 

EQUIPE 

Rayssa Moraes Leite Pinheiro 

 

Ana Beatriz Sousa Maciel 

 

Ana Gabriely Felipe Francelino 

 

Fernanda Larissa  da S. Bezerra 

TURNO 

Noite 

TURMA 

 2025.2 

DATA 

20/09/2025 

PROFESSOR(A) 

EDNA MORI 

AULA PRÁTICA 

Determinação de pH / Solução tampão / Simulação de cárie. 

 

 

INTRODUÇÃO 

         O pH (potencial hidrogeniônico) é uma escala que indica o nível de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma solução aquosa. Sua base reside no equilíbrio iônico da água, onde as moléculas de água têm uma leve tendência a sofrer uma ionização reversível, produzindo um íon hidrogênio (um próton) e um íon hidróxido (Nelson, 2022).

        De modo geral, os materiais são categorizados com base no pH, o qual reflete diretamente a concentração de íons de hidrogênio (H⁺). Quanto menor o pH, maior a quantidade de H⁺ e, por consequência, menor a concentração de íons hidroxila (OH⁻). A escala resultante abrange valores de 0 a 14. É importante notar que o número 7, que representa a neutralidade na escala de pH, é calculado a partir do valor do produto iônico da água (Kw) medido a 25 °C (Nelson, 2022). Assim, números entre 0 e 7 representam meios ácidos, o valor 7 é neutro, e acima disso as soluções são consideradas básicas ou alcalinas. Indicadores ácido-base são compostos que alteram sua coloração em função da concentração de H⁺ e OH⁻, auxiliando na determinação do caráter da solução.  

        A importância desse equilíbrio em sistemas biológicos é amplificada pela dinâmica dos íons em solução.  A água é considerada o solvente universal da vida, e uma de suas funções mais críticas é dissolver e estabilizar as biomoléculas que possuem cargas elétricas. Ela consegue fazer isso ao envolver essas moléculas, formando pontes de hidrogênio com elas. Esse processo quebra as interações que as moléculas fariam entre si (soluto-soluto) e as isola, enfraquecendo as forças eletrostáticas que poderiam levá-las a se agregar ou desnaturar (Nelson, 2022).  

        Para resistir a mudanças neste delicado equilíbrio, existem as soluções-tampão. Conforme definido por Nelson (2022), os tampões são soluções aquosas capazes de minimizar variações de pH quando recebem pequenas quantidades de íons H⁺ (ácido) ou OH⁻ (base). Eles são formados pela mistura de um ácido fraco com sua base conjugada, ou vice-versa. Dessa forma, os componentes do tampão não reagem completamente entre si, mas atuam para estabilizar o meio por meio de uma neutralização controlada.  

        O comportamento de um ácido fraco em solução e a relação entre suas formas protonada e desprotonada são melhores visualizadas em uma curva de titulação, na qual o valor de pKa de um ácido fraco pode ser determinado a partir da observação da curva de titulação pH versus volume de NaOH adicionado (Nelson, 2022). Conforme explica o autor, a eficiência de uma solução-tampão é otimizada justamente quando as concentrações do ácido fraco e de sua base conjugada possuem magnitudes similares e quando o pKa do ácido está próximo ao pH almejado. 

        A capacidade tamponante refere-se ao volume de ácido ou base que pode ser adicionado sem que ocorram mudanças expressivas no pH. Essa propriedade está diretamente relacionada à quantidade absoluta do par ácido-base conjugado presente. Quanto maiores as concentrações, maior a capacidade do sistema em resistir a alterações de pH. O poder tampão pode ser quantificado como a quantidade de ácido forte necessária para modificar o pH em uma unidade.

        Em contextos biológicos, como na saúde bucal, alterações no pH podem levar a desequilíbrios que afetam a integridade do esmalte dentário e consequentemente também a região bucal. Quando a boca se torna um ambiente ácido, o esmalte dentário é diretamente afetado. Esse ambiente ácido causa a desmineralização, um processo de erosão que dissolve os cristais de hidroxiapatita que formam o esmalte. A perda contínua desses minerais enfraquece o dente, tornando-o vulnerável, com o tempo, essa deterioração pode evoluir para a formação de cavidades e o desenvolvimento de cáries (Boesing, 2020).  

        Para demonstrar esse processo de forma visual, realizamos uma atividade prática: a monitorização da alteração do pH em cascas de ovos imersas em soluções ácidas. A escolha da casca de ovo não é aleatória, visto que ela serve como um modelo analógico ideal para simular o esmalte dentário. Sua composição, majoritariamente carbonato de cálcio (CaCO 3), é quimicamente semelhante à do esmalte dentário, que é fosfato de cálcio. Como ambas são estruturas de cálcio, elas reagem de forma parecida na presença de ácido. No experimento, foram utilizadas duas cascas do ovo, as duas em contato com os ácidos e sofrem reações químicas, ao longo do experimento iremos detalhar todo o processo.  

        A atividade, portanto, ilustra de maneira concreta como ambientes ácidos podem prejudicar estruturas calcificadas, reforçando a importância de manter um pH estável para preservar a integridade da nossa saúde bucal. 

OBJETIVO 

Objetivo geral:  Descrever de forma ampla o objetivo da aula prática. 

Objetivos específicos:  Analisar a influência de soluções com diferentes valores de pH na integridade estrutural da casca do ovo, utilizada como modelo análogo ao esmalte dentário; Avaliar, os efeitos da acidez no processo de desmineralização dental; Correlacionar os efeitos observados no experimento com a manutenção do equilíbrio do pH na cavidade bucal, ressaltando a importância desse fator na prevenção da desmineralização dentária e no fortalecimento da saúde oral. 

MATERIAIS E MÉTODOS 

        No decorrer da aula prática, foram utilizados diferentes materiais e procedimentos experimentais com o objetivo de determinar o pH de diversas soluções e avaliar a eficiência de soluções tampão. Inicialmente, empregou-se o papel indicador universal para a determinação preliminar do pH das soluções, possibilitando uma avaliação rápida das amostras em estudo. Além disso, utilizou-se o pHmetro de bancada para uma medição mais precisa do pH das substâncias. 

        Como recipientes, foram utilizados béqueres e uma proveta graduada para o manuseio e medição das soluções, bem como suporte universal com garra e bureta, empregados para dispensar os reagentes com maior precisão, garantindo a adequada manipulação das amostras. 

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