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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO DISTRITO FEDERAL CURSO DE ODONTOLOGIA

Por:   •  20/7/2022  •  Monografia  •  1.362 Palavras (6 Páginas)  •  125 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO DISTRITO FEDERAL

CURSO DE ODONTOLOGIA

DISCENTE -

KAROLAYNE BEATRIZ DE SOUZA LEAL- 18209238

MODALIDADE:

ERSE

RELATÓRIO DO ESTÁGIO EM CLINICA INTEGRADA II

SÍNDROMES INTESTINAIS

Brasília

2021

RESUMO

 A associação entre tratamento odontológico e gestação está relacionada a grande incerteza por parte das pacientes e dos profissionais. Dessa forma é importante que se elucide questões sobre o uso de medicamentos e tomadas radiográficas, pois estes estão associados ao sucesso ou fracasso do tratamento, e também ao bem-estar e saúde do feto e da mãe.

ABSTRACT

The association between dental treatment and pregnancy is related to great uncertainty on the part of patients and professionals. Thus, it is important to clarify questions about the use of medications and radiographic measurements, as these are associated with the success or failure of treatment, and also with the well-being and health of the fetus and the mother.

  1. INTRODUÇÃO

A gestação é caracterizada por um momento com alterações fisiológicas, que coloca essas pacientes, ainda que temporariamente, em grupo de risco. Sabendo disso cabe ao profissional de saúde entender suas mudanças fisiológicas, e como elas afetam a cavidade oral. Enfatizando a necessidade de compreensão da cavidade oral como porta de entrada para estes organismos. Além disso é importante ressaltar a insegurança que acomete tanto a paciente quanto o profissional, visto que há falta de informação para estes dois grupos.

        O tratamento odontológico pode ser realizado em qualquer trimestre, porém é preconizado que aconteça no segundo trimestre, com o objetivo de garantir a segurança do feto e o conforto da mãe.

       O tratamento deve começar no período gestacional, com o pré-natal odontológico, pois este serve como ponto de partida para introduzir bons hábitos na vida da criança.  Com este objetivo, é necessário a realização da instrução de higiene oral e orientação de dieta alimentar realizando intervenções caso seja necessário.

         Para realizar intervenções odontológicas em gestantes é necessário observar quais serão as meditações administradas, observando o risco de teratogenias. Em relação aos anestésicos locais deve-se olhar com precaução para anestésicos com sais de Felipressina por sua familiaridade com a Ocitocina. Também deve ser atentar ao risco do uso de anti-inflamatórios AINEs e sua correlação com o aumento do risco de hemorragias na mãe e no feto, além do prolongamento do trabalho de parto. Em caso de necessidade, os antibióticos de primeira escolha devem ser as Penicilinas, em caso de alergia as Clindamicínas. Não se recomenda o uso de Tetraciclinas, pois estas atravessam a membrana placentária e provocam manchas nos dentes do feto.

        Outro ponto importante de ser ressaltado é o uso de radiografias como exames complementares. Sua indicação é preconizada para o segundo e terceiro trimestre ou em casos de urgência. É importante observar que as tomadas radiográficas é procedimento seguro para o paciente, desde que realizada com os devidos equipamentos de segurança.

2. REVISAO DE LITERATURA

Os anestésicos locais apresentam, em sua maioria, classificação do FDA na categoria B, exceto a mepivacaina e bupivacaina, que possuem categoria C. O sal anestésico mais utilizado é a Lidocaína 2% com Epinefrina 1:100000. É importante destacar a presença de vasoconstritor se faz muito importante e não há contraindicação. No atendimento a gestantes, é relevante que se administre no máximo dois tubetes por sessão e que se empregue a forma adequada para que se evite o uso de quantidades excessivas.

        Dentre os anestésicos não recomendados estão benzocaína e prilocaina, pois estes possuem capacidade de atravessar a membrana placentária e causar metemoglobinemia e hipóxia fetal. Outra solução não recomendada é a Felipressina, devido ao fato desta possuir semelhança com a Ocitocina, causando contrações uterinas.

           Outro grupo de medicamentos que possui diferente administração entre o grupo de gestantes e a população em geral, são os analgésicos e anti-inflamatórios. Os anti-inflamatórios não esteroides (AINES) e ácido acetilsalicílico (AAS) devem ser evitados, por possuírem risco de causarem hemorragias na mãe e no feto e contrações insuficientes do útero durante ou após o parto, além de fechamento prematuro dos canais arteriais do feto. Outro medicamento utilizado comumente, a aspirina se apresenta relacionada de hipertensão pulmonar fetal e retardo do crescimento fetal. Já o Ibuprofeno se associa a efeitos deletérios na circulação fetal do feto.

       No grupo dos analgésicos, é recomendado, como primeira escolha, o uso do paracetamol, o qual não apresenta efeitos deletérios se empregados de forma terapêutica. A Dipirona Sódica se torna analgésico de segunda escolha por causarem agranulocitose e por estar associada à propensão de infecção. Já os corticosteroides são classificados na categoria C no FDA, mas ainda são mais seguros que os AINES para tratamento de lesões inflamatórias, se administrado de forma tópica. Apesar de seu uso ser considerado seguro, é prudente investigar a presença de histórico de diabetes e hipertensão.

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