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ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

Por:   •  22/4/2018  •  Seminário  •  1.312 Palavras (6 Páginas)  •  1.193 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM ENGENHARIA BIOMÉDICA COM ÊNFASE EM ENGENHARIA CLÍNICA

ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

Silvio da Silva Nunes

Trabalho da disciplina Competências da Engenharia Clínica II,

                                      Tutor: Prof. Marcos Lima

Campina Grande

2017

INTRODUÇÃO

A ergonomia em ambiente de trabalho vem sendo fortemente estudada para um melhor desempenho da função, melhor condição de exercer o trabalho, preservar a saúde do trabalhador, etc. De acordo com Hendrick (2003), a Ergonomia, como área de estudo, identifica as capacidades, limitações e outras características humanas com o objetivo de desenvolver uma tecnologia conhecida como a ‘tecnologia da interface humano-sistema’. Em outras palavras, a ergonomia tem o dever de melhorar a relação ‘homem-máquina’ a fim de que uma função seja exercida da melhor maneira possível, tanto para uma melhor produção, quanto para uma melhor preservação da saúde do trabalhador.

Segundo a International Ergonomics Association (2000), os “ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas para torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas”.

Deve-se destacar que a ergonomia é a medida de grande importância para tentar reduzir problemas são originados em função do trabalho e que levam a doenças músculoesqueléticas. Para que isso não ocorra em grande proporção, é importante que seja difundido em grande escala o quanto os aspectos ergonômicos são importantes para o ambiente de trabalho saudável.

ERGONOMIA EM AMBIENTE HOSPITALAR

 “Cada trabalhador apresenta diferenças com relação à estatura, peso, resistência à fadiga, capacidade auditiva e visual, memória, habilidade motora e personalidades, e que devem ser considerados no ambiente de trabalho” (IIDA, 1990 apud MARZIALE). Diante deste fato as relações entre saúde-doença-trabalho têm ganhado destaque na área de saúde ocupacional destacando-se:

Como prejuízos à saúde física e mental dos trabalhadores: prolongadas jornadas de trabalho; ritmo acelerado de produção, por excesso de tarefas; automação por realização de ações repetitivas com parcelamento de tarefas e remuneração baixa em relação à responsabilidade e complexidade das tarefas executadas (BARBOZA; SOLER, 2003).

 Os estudos sobre como a ergonomia pode diminuir problemas músculoesqueléticos na área da saúde se justificam pelo fato de que desde a década de 40, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), tem imputado às condições inadequadas de trabalho nos hospitais e recomendado a higiene e a segurança com o objetivo de adequar as condições de trabalho a estes trabalhadores.

  A condição de trabalho hospitalar como inadequada ao trabalhador é foco de muitas discussões e estudos, porém pouco se faz na prática e na rotina hospitalar no que diz respeito à ergonomia.

O hospital, de maneira geral é reconhecido como um ambiente insalubre, penoso e perigoso para os que ali trabalham. Além dos riscos de acidentes e doenças de ordem física aos quais os trabalhadores hospitalares estão expostos... (ELIAS; NAVARRO, 2006).

Moraes (2005) diz que a primeira etapa de uma intervenção ergonômica como apreciação ergonômica, e a define como uma fase exploratória que compreende o identificação dos problemas ergonômicos da empresa. Essa apreciação ergonômica consiste em uma sistematização homem-tarefa-máquina e na delimitação dos problemas ergonômico-posturais, comunicacionais, acionais, cognitivos, interacionais, movimentacionais, operacionais, informacionais, deslocacionais, espaciais e físico-ambientais. O objetivo nessa etapa é a hierarquizar os problemas, priorizar os postos a serem diagnosticados e modificados e sugerir ações preliminares de melhoria.

A ergonomia é apresentada em 3 modalidades: concepção, correção e conscientização. Na concepção é o estudado os instrumentos ergonômicos no ambiente de trabalho antes da sua reconstrução. Já Na modalidade de correção procura-se melhorar as condições de trabalho existentes. Na modalidade de conscientização procura-se conscientizar os trabalhadores a trabalharem de forma mais segura, reconhecendo os fatores de risco existentes no ambiente de trabalho (IIDA, 1990 apud MARZIALE).

Grande parte das lesões na coluna vertebral em trabalhadores de ambiente hospitalar estão relacionados a fatores ergonômicos inadequados de mobília, posto de trabalho e equipamentos utilizados e que as dores musculares são causadas por traumas crônicos repetitivos.

Os fatores ergonômicos são aqueles que incidem no comportamento do trabalhador. É ele o desenho dos equipamentos, do posto de trabalho, a maneira que a atividade é executada. Comunicação, o meio ambiente (grau de insalubridade, iluminação, temperatura, etc.) (CAVASSA, 1997 apud MARZIALI; ROBAZZI, 2000).

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          Figura 1. Postura inadequada                                     Figura 2. Postura correta

 

 Existem algumas situações em ambiente hospitalar que favorecem os problemas músculoesqueléticos: armários de soro muito alto; pias e bancadas baixas; suporte de monitor alto; berços, camas e macas baixas; banheiro com espaço físico restrito; falta de equipamentos especiais para transportar pacientes e materiais e relação inadequada entre computadores, mesa e cadeiras (ALEXANDRE, 1998).

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       Figura 3. Armário com atura elevada                    Figura 4. Utilizar escada

 Algumas medidas preventivas devem ser adotadas no ambiente hospitalar como objetivo de evitar problemas físicos. Deve-se considerar o espaço de trabalho, superfície de trabalho, limites de alcance e equipamentos utilizados.  O dimensionamento adequado do ambiente de trabalho em ambiente hospitalar é de grande importância, levando em consideração que a restrição de movimentos durante a atividade laboral é prejudicial.

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