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Artigo de Opinião - Humanização, Acessibilidade e Ergonomia Nos Ambientes Hospitalares

Por:   •  9/5/2021  •  Artigo  •  1.779 Palavras (8 Páginas)  •  458 Visualizações

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ARTIGO DE OPINIÃO

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ERGONOMIA, ACESSIBILIDADE E ESPAÇOS HUMANIZADOS EM EDIFICAÇÕES HOSPITALARES.


ERGONOMICS, ACCESSIBILITY AND HUMANIZED SPACES IN HOSPITAL BUILDINGS.

Circe Burgelli Paiva*

Curso de Pós Graduação – Engenharia e Arquitetura Hospitalar – Faculdade Unyleya

Campos dos Goytacazes, 2020.

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RESUMO

O presente artigo discute a relação entre a ergonomia, a acessibilidade e a humanização dos ambientes hospitalares e sua influência na qualidade de vida de usuários e pacientes. A ergonomia nos ambientes hospitalares é de extrema importância, visto que é papel da mesma proporcionar segurança, conforto e eficiência aos ambientes. A acessibiliade, traduzida como a apropriação das condições de utilização dos ambientes, com segurança e autonomia, desponta como um dos principais aspectos a serem considerados quando do planejamento e execução de ambientes hospitalares. E a humanização, fator primordial para a promoção de ambientação e bem-estar, tanto para pacientes e seus familiares, quanto para os colaboradores da área da saúde, o que influi no resultado final, gerando o sucesso dos tratamentos. Tomando essas premissas como ponto de partida o artigo concentra-se em demonstrar como a ergonomia, a acessibilidade e a humanização dos ambientes hospitalares podem promover efeitos benéficos, tanto para o desenvolvimento do trabalho dos colaboradores, quanto para o tratamento dos pacientes.

Palavras-chave: Ergonomia;Acessibilidade;Humanização;Edificações Hospitalares.

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ERGONOMIA

A utilização do espaço pode acontecer consciente ou inconscientemente e por este motivo a relevância da percepção do ambiente deve ser conjunta com aspectos de conforto térmico, acústico, lumínico, estrutura física e acessibilidade.

A ergonomia, neste sentido, antecede a decoração do espaço e deve estar presente desde a fsase de concepção do projeto arquitetônico, e não apenas em relação aos objetos que compõem o espaço, mas na estrutura como um todo.

A ergonomia hospitalar trata-se de uma ferramenta para melhorar as condições de trabalho, conforto e segurança dos pacientes.

Segundo Bitencourt Filho (2018) “Dentre as diversas abordagens apresentadas como fator de promoção do conforto humano em edificações para serviços de saúde, a Ergonomia destaca-se pela sua amplitude de interferências na própria saúde das pessoas”.

Pode-se entender, então, ergonomia como a relação entre o indivíduo e o ambiente que aperfeiçoa o desempenho de suas atividades, proporcionando conforto e, portanto, produzindo qualidade de vida.

Deve-se, sempre, observar a estrita relação entre a ergonomia e a acessibilidade, pensando no ambiente construtivo de forma acessível e inclusiva para qualquer perfil de usuário.

Diante disso, equipamentos, serviços e sistemas devem ser projetados de forma a  acomodar as crescentes necessidades inclusivas da população.

A construção do espaço deve ser planejada de forma acessível e inclusiva para qualquer perfil de usuário e para isso a ergonomia do ambiente construído deve abarcar a adaptação dos espaços.

“A Ergonomia do Ambiente Construído trabalha com a adaptação dos espaços para a anecessidade e conforto dos usuários na utulização dos mesmos. É imprescindível que os arquitetos possam ter esse escopo ergonômico na realização dos projetos, para que se possa levar em consideração tanto aspectos de conforto e físicos, quanto aspectos perceptivos e cognitivos.” (NEVES; NEVES, 2019)

Segundo as autoras, a ergonomia do ambiente cosntruído é uma área da ergonomia que relaciona a perspectiva do usuário em relação ao ambiente e a sua interrelação, além de incluir fatores sociais, psicológicos, culturais e organizacionais.

A ergonomia, então, pode-se concluir, não abrange apenas a relação de homem e trabalho, ou homem e tratamento, mas também todos os métodos, instrumentos e organização para o alcance dos resultados pretendidos.

Nos ambientes de saúde, seu foco está direcionado para a melhoria na adaptação dos insumos, equipamentos, ferramentas, estações de trabalho, processos e ambiência, colaborando para a promoção da qualidade de vida de usuários e profissionais.

ACESSIBILIDADE

A acessibilidade é definida pela NBR 9050 como “Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de edificações, espaço, mobiliário, e equipamentos urbanos” (ABNT, 2004).

Pode-se entender a acessibilidade como a garantia de que todo e qualquer espaço construído seja adequado a ser utilizado por qualquer pessoa, de forma segura e autônoma, na realização das atividades para as quais o espaço foi projetado.

Por natureza, todas as pessoas são diferentes entre si, possuindo as mais diversificadas características que as distinguem umas das outras, como cor, peso, idade, tamanho, sexo, formação cultural, social, situação econômica, etc.

As diferenças fundamentais existentes entre os seres humanos exige que os espaços projetados garantam a todo e qualquer indivíduo a capacidade de desenvoler autonomia e independência no uso dos espaços e dos objetos que os compõem.

Diante disso, equipamentos, serviços, espaços e sistemas devem ser projetados de forma a acomodar as crescentes necessidades inclusivas da popualação.

Um exemplo é o crecente envelhecimento popualacional, crescente e já presente como maioria da população em diversos países.

Outra situação a ser considerada é a das pessoas com algum tipo de deficiência, que, no Brasil, segundo o último Censo Demográfico, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), já equivale a 23,92% da população, cerca de 45 milhões de brasileiros.

Assim, é dever dos projetistas considerar tais características para as edificações hospitalares, de forma a construir espaços realmente acessíveis e que respeitem as peculiaridades de todos os usuários e colaboradores.

Do ponto de vista das técnicas de engenharia e arquitetura, as condições para assegurar a acessibilidade encontram-se descritas em diversas normas e legislações, tais como:

a) NBR 9050 (ABNT) – Acessibilidade a Edificações Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos;

b) NBR 13994 (ABNT) – Elevadores de Passageiros – Elevadores para Transportes de Pessoa Portadora de Deficiência;

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