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O PEDAGOGO NO AMBIENTE HOSPITALAR

Por:   •  18/4/2015  •  Resenha  •  1.278 Palavras (6 Páginas)  •  531 Visualizações

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Com base no texto O Pedagogo no Ambiente Hospitalar (CARDOSO, Cristiane Aparecida; SANTOS, Mauro Augusto dos; SILVA, Aline Fabiana da) a pedagogia vem expandindo o seu campo de atuação e o pedagogo precisa estar preparado e atento para atuar em diferentes locais, pois a educação não ocorre somente no ambiente escolar. Embora  exista no Brasil desde a década de 1950, a pedagogia hospitalar ainda é desconhecida pela maioria das pessoas que utilizam o serviço de saúde, apesar que aos poucos a sociedade brasileira vem tomando conhecimento dos direitos das crianças hospitalizadas.

A criança enferma é um ser ativo e tem direito a continuar seu desenvolvimento mesmo estando com a saúde debilitada. Visando isso, a legislação brasileira já reconheceu, através de diversas leis, a necessidade de atuação do pedagogo no ambiente hospitalar. Sendo assim, o pedagogo hospitalar será o elo entre o aluno internado e a escola (Fonseca, 2008, p. 29). Sua função não é somente ocupar o tempo ocioso da criança, mas também, dar continuidade ao seu desenvolvimento escolar criando condições de aprendizagens. 

Ainda existe a falta de conhecimento por parte dos profissionais da  área da saúde da necessidade da atuação do pedagogo no ambiente hospitalar. Esses profissionais não consideram o pedagogo como participante da equipe multidisciplinar que trabalha no ambiente hospitalar. Observa-se que o hospital é um local de cura e não mais de morte, e neste   espaço hospitalar também surge a equipe de saúde. Essas equipes  são formadas por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais,  farmacêuticos e incluí-se também o pedagogo.

Alguns hospitais possuem uma equipe interdisciplinar de profissionais da saúde, como por exemplo o Sarah Kubitschek em Belo Horizonte que tem em sua equipe  cinco pedagogos, mas  são poucos os hospitais que tem acompanhamento com estes profissionais, mesmo fazendo parte da Constituição Brasileira e do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que foi aprovado desde Outubro de 1995.

No Hospital Sarah Kubitschek em Belo Horizonte, a equipe interdisciplinar se reúne uma vez por semana e discute o caso de cada paciente individualmente no que pode ser melhorado, ou se os pacientes já podem receber alta (CECCIM, 1999, p. 41-44). Mesmo não tendo um espaço  definido fazem o  acompanhamento, se o paciente ficar um maior  tempo internado  o pedagogo  entra em contato com o professor regular da escola, e este,  passa o conteúdo para o devido  acompanhamento  para que estes pacientes não fiquem sem estudo. O pedagogo também faz acompanhamento com a família, esclarecendo-a sobre a doença, o tempo de permanência no hospital e até mesmo tranqüilizando-a.

Um exemplo da funcionalidade dessa proposta para esse tipo de contexto são as classes hospitalares do único hospital do Brasil em que há concurso público para o preenchimento de vagas destinadas a professores para atuar com os pacientes, que é a Rede Sarah de Hospitais do Aparelho Locomotor, atualmente presente em Brasília, São Luís, Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza e Rio de Janeiro. Segundo esta linha de pensamento, a classe hospitalar pode vir a ser uma modalidade de pedagogia hospitalar que abrange também outras práticas educativas.

No grupo das crianças com comprometimentos moderados de saúde, encontram-se aquelas internadas por desidratação, diarréia, pneumonia, asma, acidentes não tão graves, procedimentos cirúrgicos breves, re-internações, doenças da infância, dentre tantas outras, que não exigem uma internação mais  prolongada. Geralmente esses pacientes possuem mais possibilidade de locomoção no espaço hospitalar e a atuação do professor deve ser a de propiciar situações de conhecimento sobre aquele espaço, rotina,  novos personagens que são os médicos, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais  que passam a fazer parte de sua história de vida, que deve ser trabalhada no hospital, não  no sentido da ruptura, mas no da continuidade das experiências vivenciadas. 

Hoje em dia os hospitais possuem uma sala de atividade e recreação e uma equipe multiprofissional que faz o acompanhamento das crianças, porém às vezes,  falta o pedagogo, que é um especialista para acompanhar os estudos dessas crianças. Neste local tem que haver acolhimento, acompanhamento durante todo o processo de internação e  reabilitação, e isto é feito com o auxílio do pedagogo.

As dificuldades encontradas neste ambiente hospitalar são diversas, como exemplos,   o próprio ambiente em si  não ser suficientemente motivador para a aprendizagem; a turma é sempre um grupo aberto onde entram e saem pacientes; o número de alunos é sempre variável; a turma  é diferente em vários aspectos como a  idade, a série escolar, o aproveitamento; o quarto  hospitalar não pode ser visto como sala de aula; a  prioridade é sempre a saúde; o  estresse da hospitalização aliado à ansiedade e ao  afastamento do lar são fatores  que interferem na aprendizagem; o currículo precisa ser adequado para poder atender às diferentes turmas de aula hospitalar. Desta forma o paciente nunca terá no hospital uma sala de aula plena, mas com o pedagogo atuando, pode haver uma melhora de condições tanto emocionais, como da própria saúde destes pacientes.

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