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O PAPEL DO PSICÓLOGO NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA

Por:   •  29/8/2016  •  Artigo  •  1.991 Palavras (8 Páginas)  •  706 Visualizações

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O PAPEL DO PSICÓLOGO NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA[pic 1]

Florinda de Fátima Oliz Neto da Cunha[1]

Fabiane Caillava[2]

RESUMO

As situações críticas enfrentadas por pacientes e profissionais nos atendimentos de urgência levam os indivíduos envolvidos a situações de estresse e depressão, dificultando a recuperação do enfermo e minimizando as condições de trabalho do profissional. A atuação do Psicólogo neste contexto contribui para diminuir a ação negativa dos agravos enfrentados neste contexto, ainda que a atuação deste profissional seja limitada pelas regras e nem sempre considerada com a devida amplitude e importância. O apoio emocional dado pelo Psicólogo ao paciente em situação de desconforto e ansiedade, onde a insegurança e o medo se fazem presente, bem como ao profissional de saúde, cujo desgaste da situação e do trabalho amplia o risco de cansaço emocional, contribui para minimizar os efeitos danosos do exercício da profissão em situação crítica.

Palavras chave: Psicólogo; Serviço de emergência; Assistência de saúde.

ABSTRACT

This paper explores the relation between articles on the cardio respiratory fitness and physical activity in older people, aiming to analyze the relationship between the increase in life expectancy identified in recent times with the greatest amount of physical activity performed by individuals generally and the elderly, in a special way. Analysis the basic aspects of the condition of the elderly and their degeneration with age, and points out the importance of physical activity on recovery of cardio respiratory fitness as a way of improving the physical condition and general organic. Discusses work related to the theme that highlights the importance of physical activity to improve cardio respiratory function and concludes that a good program can improve the general condition of the elderly.

Keywords: cardiac condition, elderly, physical activity.

Introdução

Circunstâncias sociais, éticas, educacionais e psíquicas ligadas à saúde, à doença e às formas de intervenção são, muitas vezes, subestimadas e até mesmo desconsideradas. Esse fato torna-se mais evidente quando se considera a questão do paciente que entre em unidade de emergência, necessita de um atendimento mais humanizado, tendo-se em vista a situação de fragilidade, desconforto, normalmente de dor, restando ao profissional que o atende proporcionar-lhe a possibilidade de pensar de forma positiva na sua situação (HELMAN, 2004).

Os serviços de emergência, em geral, prestam atendimentos de pacientes em situação de risco. Isto afeta tanto o paciente como familiares que o acompanham, da mesma forma que, em alguns casos, interferem na capacidade de reação emocional dos profissionais que ali atual. Como salienta Silva (2003, p. 119): “A vivência de uma situação traz para o sujeito uma situação de ruptura, de descontinuidade do ser, do não saber sobre si e sobre e próprio corpo, elo se defrontar com a possibilidade de morte”.

A ausência de certeza do futuro, bem como, em grande parte dos casos, a possibilidade de seqüelas, proporcionam uma relação de incerteza e medo, capazes de ativar a ansiedade, sentimentos de insegurança e depressão. Muitas vezes, a atuação de um bom profissional que tenha condições de atuar no sentido de não deixar essas situações se agravarem e redirecionar o pensamento do paciente para uma nova visão frente ao agravo, interfere de forma positiva até mesmo na sua recuperação (QUINTANA e KELGER, 2006).

Assim, este trabalho investiga a necessidade e importância da atuação do profissional de Psicologia nas unidades de emergência, tendo como objetivo analisar a importância do atendimento psicológico a pacientes internados em unidades de emergência. Tendo em vista que o atendimento nesse tipo de unidade envolve uma série de intercorrências, bem como grande número de indivíduos, entre pacientes, familiares e profissionais da saúde, bem como a heterogeneidade dos acontecimentos ali presentes e dos próprios indivíduos envolvidos, torna-se importante investigar como o Psicólogo pode e deve atuar de forma a minimizar os efeitos emocionalmente negativos que possam decorrer da situação.

Revisão de Literatura

Estudos têm apontado que a equipe de saúde das instituições hospitalares está em risco de estresse e tensão no trabalho (ORTIZ e PLATINO, 2011; SEBASTIANI, 2008), especialmente a de enfermagem, destacada como a quarta profissão mais estressante no setor público. Para Faria e Maia (2007), esse risco de tensão se deve ao fato de os profissionais lidarem diariamente com diversos estressores ocupacionais, como trabalhar em um ambiente onde a morte e o morrer fazem parte do seu cotidiano, principalmente quando se trata de profissionais que trabalham com pacientes que sofrem de doenças sérias ou estão em situação de emergência.

Considerando as duas palavras que centralizam a definição de unidade de emergência propostas por Faria e Maia (2007), "atendimento rápido" e um "mal-estar súbito”, pode se depreender que se trata de um ambiente carregado de tensão, pois há uma demanda de ação urgente sobre algo inesperado. O trabalho na unidade de emergência realizado por profissionais, bem como a situação de fragilidade de pacientes, proporciona desgaste de todos os indivíduos envolvidos. Se não for conduzido com profissionalismo e equilíbrio, através do acompanhamento e assistência constantes, pode levar a situação de estresse extremo, contribuindo para dificultar as ações de saúde e recuperação (KLAFKE, 2008).

Para agravar a situação desse quadro de estresse emocional e insegurança do paciente, Ortiz e Platino (2001) comentam que concorre a falta de espaço e de material, aliada à impossibilidade de adequação do quadro de pessoal à demanda e, conseqüentemente de oferecer condições adequadas para os profissionais desempenharem seu trabalho.

Assim, considera-se que o ambiente na unidade de emergência é tenso e mobilizador tanto para os pacientes como para a equipe. Essa realidade tem repercussão direta na relação profissional-paciente. Uma delas é levar esta relação ao anonimato (QUINTANA e KLEGER, 2006). A humanização, neste sentido, pela própria situação de urgência, necessidade de tomada de decisão imediata, quase sempre é esquecida e as relações são frias, técnicas e profissionais (KÜBLER-ROSS, 2011).

Para Geppert (apud QUINTANA e KEGLER, 2006), a maioria das equipes que trata de pacientes terminais tem a idéia de que as preocupações destes se restringem à dor e aos sintomas da doença, o que leva esses profissionais a excluírem do tratamento a dimensão existencial. Para Sebastiani (2008), no Brasil isso se torna mais complexo, pois é comum o profissional se deparar com uma realidade onde há defasagem entre o número de leitos e de pacientes, pronto-socorros lotados, o que o obriga muitas vezes a selecionar quem e como poderá ser atendido.

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