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A Cinomose Canina

Por:   •  22/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.526 Palavras (11 Páginas)  •  842 Visualizações

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CINOMOSE CANINA

 OLIVEIRA, André1;

FERREIRA, Beatriz¹;

CRUZ, Adriana Resmond².
 

RESUMO

A cinomose canina é uma doença viral, altamente contagiosa e tem distribuição mundial. A transmissão é feita através das secreções e excreções do animal contaminado, e invade o organismo por meio do sistema respiratório se alojando nos linfonodos até se proliferar, e em seguida segue para os demais sistemas do corpo causando infecções, tem preferência por locais no sistema nervoso onde causa grandes danos irreversíveis, levando o animal a morte diretamente ou por eutanásia, já que pode debilitar muitas funções do organismo. Não existe uma forma 100% eficaz de tratamento, mas quanto antes for fechado o diagnóstico há maior chance de cura, o diagnóstico é feito com exames laboratoriais juntamente com os sinais clínicos, a melhor maneira de profilaxia é a vacinação.

Palavras chaves: contagiosa; transmissão; tratamento; diagnóstico; vacina.

ABSTRACT

Canine distemper is a viral disease, highly contagious and has a worldwide distribution. Transmission is through the secretions and excretions of the infected animal, and invades the body through the respiratory system lodged in the lymph nodes until it proliferates, and then goes to the other systems of the body causing infections, has a preference for sites in the nervous system Where it causes great irreversible damage, leading the animal to death directly or through euthanasia, since it can weaken many functions of the organism. There is no 100% effective form of treatment, but the sooner the diagnosis is closed the greater chance of cure, the diagnosis is made with laboratory tests along with the clinical signs, the best way to prophylaxis is vaccination.

Key words: contagious; streaming; treatment; diagnosis; vaccine.

1. INTRODUÇÃO

A cinomose é causada por um vírus do gênero Morbilivirus. Esta patologia apresenta uma taxa de mortalidade muito grande em animais jovens e adultos não vacinados e quando há cura da doença viral, o animal pode ficar com sequelas muito graves. O primeiro caso foi registrado na França em 1905 pelo Veterinário Henri Carré, mas somente em 1926 a doença foi definida como viral e acometeu cães principalmente no inicio do século XX decido a globalização, se tornando cosmopolita. A cinomose é uma virose que atinge várias famílias de Canídeos (cães), furões, doninhas, guaxinins, gambás, hienas, quatis, leões marinhos, focas, morsas e alguns felinos, mas não o gato doméstico (AMARAL, 2004; SANTOS, 2006; SAMPAIO et al. 2016).

Com as novas técnicas laboratoriais, a vacina foi desenvolvida com a utilização do vírus vivo modificado, diminuindo a quantidade de animai infectados, embora ainda seja multo comum devido à falta de vacinação, falhas vacinais, associadas com esquemas de vacinação inadequados ou mesmo com vacinas comerciais de baixa qualidade, podem resultar na ocorrência de doença mesmo em cães vacinados e a falta orientação aos donos (SONNE, 2008).

O objetivo do estudo é uma revisão de literatura sobre a cinomose canina, mostrando seus aspectos morfológicos, funcionais, formas de diagnóstico, tratamentos e meios de profilaxia utilizados para controle da doença.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Etiologia

Flores et al. (2007) diz que o vírus da cinomose canina (canine distemper vírus - CDV) do gênero morbilivirus e pertence à família Paramyxoviridae, que tem como principal característica RNAs de fita simples, nucleocapsídeo com sistema helicoidal, envelopados pleomorfos e grandes. Dentro desse envelope eles possuem proteínas F e H, e a proteína H é a responsável pelo tropismo do vírus, possuindo função importante na invasão do vírus. O envelope lipoproteico viral é facilmente destruído por desinfetantes e o vírus é muito sensível a condições ambientais como temperatura alta e radiação solar, pois gosta de ambiente seco e frio, onde pode sobreviver por semanas e até meses. Fica instável a pH inferior a 4,5 e é inativado pelo calor em 1 hora a 55º C, ou em 30 minutos a 60º C.

Carlton e Mcgavin (1998), diz que o vírus é pantrópico e tem afinidade particular por tecido linfoide, epitelial (pulmão, sistema gastrointestinal, sistema urinário e pele) e tecido do sistema nervoso central (incluindo nervo óptico e olho).

2.2. Epidemiologia

Flores et al. (2007) demonstra que o vírus da cinomose canina, infecta animais, na maioria carnívoros, não tem preferência por sexo, idade ou raça e é distribuído mundialmente, mas afeta principalmente animais jovens de 2 - 6 meses não vacinados, e também animais acima de 6 anos que não foram vacinados anualmente.

Animais que não receberam os anticorpos maternos transmitidos passivamente podem ter a doença bem cedo causando graves consequências. (CORREA e CORREA, 1991).

O vírus é transmitido na segunda fase aguda por meio das secreções e excreções, como urina, fezes e saliva sendo muito comum a propagação do vírus onde há muitos animais próximos uns aos outros. O vírus atenuado não é transmitido de cão para cão, mas pode ser eliminado no período de 60 a 90 dias após o fim do processo infeccioso (CORREA e CORREA, 1992).

Gatos, suínos, hamsters e camundongos podem ser infectados quando infectados experimentalmente com o vírus (APPEL et al., 1994).

2.3. Patogenia

A patogenia ocorre devido a invasão do vírus no organismo, por meio da via respiratória, seguindo até os linfonodos regionais e se proliferam no tecido linfoide, ocorrendo a viremia primária e de lá são carreados pelos linfócitos até a pele, trato digestivo, respiratório, urinário, por serem sistemas com órgãos formatos por tecido epitelial, essa fase é denominada viremia secundária, as células poder ser carregadas até o sistema nervoso também, já que nesse sistema estão os locais que o vírus tem maior afinidade, como a parte da substância branca, medula óssea e a via ópitica (CARLTON; MCGAVIN, 1998; FLORES et al., 2007; SHERDING, 2008).

2.4. Sintomas e sinais clínicos

Como em todas as doenças infecciosas observa-se um período de incubação do vírus onde os sintomas são febre, anorexia e depressão, até a manifestação dos sintomas clínicos que vão depender da idade do animal, seu sistema imunológico e os órgãos que estão sendo acometidos, podendo gerar, secreção nasal, rinite, tosse, aumento da tonsilas e dificuldade respiratória no sistema respiratório, vômitos, diarréia e desidratação nos sistema gastrointestinal e na região ocular que é um dos locais onde o vírus tem mais afinidade pode causar cegueira, déficit visual, secreção ocular e conjuntivite (SHERDING, 2008; MATTHIESEN, 2004; SIGWALT, 2009; SANTOS, 2006).

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