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A Neoplasia em Cães

Por:   •  14/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.539 Palavras (11 Páginas)  •  566 Visualizações

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Neoplasias se originam de células localizadas em diversos tecidos, essas células começam a se multiplicar de forma própria, independente, elas vão se multiplicar por canta própria. Enquanto nos tumores, as células começam a se multiplicar e isso torna o órgão ou tecido aumentado de volume formando nódulos (massas) que invadem os tecidos próximos ou longes. Os tumores recebem o nome de acordo com a células e não de acordo com o órgão como muitos pensam. Histologicamente o que podemos ver num tumor são três características: vasos sanguíneos; todo tumor tem uma estrutura chamada “estroma de sustentação”, que o tecido conjuntivo onde as células neoplásicas se apoiam; todo tumor apresenta células neoplásicas. A definição “câncer” só pode ser utilizada quando falamos de um tumor maligno. Quando nos referimos a uma neoplasia, temos que dizer se é maligna ou benigna. Todo nome de tumor que um prefixo (que faz referência a célula da qual se originou) e um sufixo (faz referência ao comportamento do tumor). O que irá determinar se um tumor é maligno ou benigno é o conjunto de alterações macroscópicas e microscópicas.

Linfoma é um câncer (tumor maligno) que tem origem no sistema linfático, uma rede complexa de tubos (vasos linfáticos), nódulos (ou linfonodos) e outros órgãos, responsável pelo transporte de um tipo específico de leucócitos, os linfócitos, por meio dos vasos linfáticos, para todas as partes do corpo. A doença se desenvolve nos linfonodos, encontrados em várias partes do corpo. Entre 15% e 20% dos tumores malignos em cães são linfomas. O câncer pode ser agressivo e se não tratado, pode levar a uma alta mortalidade. O tratamento com quimioterapia tem sido muito bem-sucedido, prolongando a vida do cachorro em meses e às vezes até mesmo em anos. Linfoma afeta principalmente cães de meia-idade e mais velhos. Independente do sexo do cachorro a pré-disposição é a mesma. Golden retrievers, Boxers, Bullmastiffs, Bassets, São Bernardos, Terrier Escocês, Airedales e Buldogues parecem estar entre os cachorros que apresentam maior risco de desenvolver linfomas. Apenas 10% a 20 % dos cães estão clinicamente doentes quando diagnosticados, a maioria é levada ao veterinário por causa de inchaços ou protuberâncias recentemente identificadas. Embora entendamos como se forma os linfomas, nós ainda não entendemos o porquê, no entanto, em cães não há nenhuma ligação aparente. Ao mesmo tempo alguns autores têm sugerido uma possível correlação genética, mas mais estudos precisam ser realizados para determinar os fatores de risco exatos envolvidos no linfoma canino. Cães que têm um sistema imunológico mais frágil parecem correr mais risco. Os sintomas do linfoma em cães estão relacionados com a localização do (s) tumor (es); os tumores que se desenvolvem nos linfócitos, frequentemente formam inchaços, sem outros sintomas. Quando o linfoma ocorre no intestino os sintomas mais comuns são vômitos, diarreia, perda de peso e falta de apetite. O cão muitas vezes fica com falta de ar e percebe-se sons cardíacos abafados. Na pele pode se manifestar de várias formas diferentes, incluindo nódulos simples ou múltiplos na pele ou na boca. Estas regiões podem coçar ou ficar vermelhas e até formar úlceras. Linfoma em cães é diagnosticado a partir da combinação de testes diagnósticos. Os exames de sangue, amostragem por meio de coleta com agulha fina no local do tumor, biópsias, radiografias e ultrassom são utilizados para confirmar o diagnóstico e localização do linfoma. Os testes exatos a serem realizados dependerão da localização do tumor. Um hemograma completo, perfil bioquímico, análise de urina também são recomendados. Linfoma geralmente não causa dor se não houver comprometimento ósseo. Em 15% dos cães com linfoma, o nível de cálcio no sangue vai ser elevado. Segundo a Organização Mundial da Saúde, foi desenvolvido um sistema de classificação por estágios do linfoma em cães. De acordo com o estágio, será determinado qual o tratamento e prognóstico. As fases da doença são as seguintes: Fase I – aparecimento de um nódulo linfático único. Fase II – aparecimento de vários nódulos linfáticos em uma única região. Fase III – aparecimento de vários nódulos linfáticos em várias regiões.

Fase IV – aparecimento de nódulos no Fígado e / ou baço (pode ou não ter envolvimento de gânglios linfáticos). Fase V – aparecimento na medula óssea ou no sangue e/ou outros órgãos além do fígado, baço e gânglios linfáticos.

Neste trabalho iremos falar sobre os aspectos clinicospatológicos em 43 casos de linfoma em cães, onde iremos fazer uma revisão bibliográfica utilizando como base o artigo científico de mesmo nome, publicado em uma revista científica de Medicina Veterinária (MEDVEP). Como foi dito no próprio artigo utilizado, o linfoma é a neoplasia linfo- hematopoético mais frequente em cães no mundo inteiro, pode- se estimar a prevalência entre 13 e 24 casos para cada 100.000 indivíduos por ano. Podemos ver que quando se é levada em condição somente a incidência em cães idosos, a prevalência do linfoma pode atingir 84 para 100.000 indivíduos por ano, mas quando analisado o número de animais jovens este número cai para 1,5. O linfoma humano possui várias classificações e algumas delas também são utilizadas na medicina veterinária, mesmo que não sejam utilizadas rotineiramente; podemos destacar: Rappaport, Lukes- Collins, sistema Kiel, Working Formulation e classificação “REAL” – Revised European- American Classification of Lymmphoid Neoplasms. As duas últimas que foram citadas são atualmente utilizadas com mais frequência para cães. A classificação mais utilizada na Medicina Veterinária é baseada na localização, é relevante pois no que diz respeito aos sinais clínicos e aos achados macroscópicos de necropsia, pois permite que sejam diretamente associados a disfunções específicas de cada órgão afetado. O linfoma multicêntrico, acomete aproximadamente 80% dos casos de linfoma canino, o que faz desta forma a mais diagnosticada na espécie; este tipo de linfoma acomete os linfonodos superficiais e profundos, o baço, o fígado, as tonsilas e a medula óssea; os sinais clínicos são variáveis, porque depende do órgão em que o tumor se localiza, mas, com mais frequência incluem: linfadenopatia generalizada, anorexia, apatia, perda de peso, caquexia, esplenomegalia, hepatomegalia, aumento do volume das tonsilas, desidratação, febre, ascite, edema localizado, palidez das mucosas e icterícia. Linfoma alimentar é descrito pela presença da neoplasia no trato gastrointestinal e/ ou nos linfonodos mesentéricos, essa forma é a segunda mais descrita nos cães, clinicamente, desenvolvem síndrome de má- absorção e consequentemente, esteatorréia,

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