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EFEITO DE DROGAS ANALGÉSICAS SOBRE MODELOS DE NOCICEPÇÃO

Por:   •  31/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  931 Palavras (4 Páginas)  •  639 Visualizações

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GUILHERME FRANCISCO DA CRUZ FILHO

JULIA PIRES SOTOMAIOR

 JULLY KOSLOSKI

KARINA SILVA DOS SANTOS

PALOMA RIBEIRO

EFEITO DE DROGAS ANALGÉSICAS SOBRE MODELOS DE NOCICEPÇÃO

Aula Prática - Veterinária

Objetiva-se comparar o efeito de diferentes analgésicos conhecidos nas contorções abdominais induzidas por ácido acético e na placa aquecida.

Curitiba

Agosto de 2016

  1. Contorções abdominais induzidas por ácido acético

O ácido acético, utilizado no experimento 1, vai gerar uma resposta inflamatória que é identificada através de calor, rubor, tumor (inchaço) e dor.

Os primeiros mediadores a serem liberados são: substância P (que causa dor, vasodilatação e liberação de histamina), C5a e C3a, bradicinina e outras cininas, histamina, óxido nítrico e prostaglandinas.
        Fibras nervosas ativadas por estiramento (nesse caso através dos receptores para ácidos), vão liberar substancia P, que é um neuropeptídeo que pode atuar nessa fibra causando dor atuando em receptores do tipo NK1 (presentes também em células endoteliais) , ocasionando a  liberação de histamina. A histamina é liberada principalmente através dos mastócitos e é responsável por causar vasodilatação, prurido e dor.  O C5a e C3a fazem parte do sistema complemento, liberando mais histamina. A bradicinina é liberada a partir do plasma e age em receptor do tipo B2, que são receptores presentes em células endoteliais causando vasodilatação e aumento da permeabilidade. O óxido nítrico também vai atuar causando vasodilatação.  Esses são os primeiros mediadores pois ou estão prontos na célula ou são formados rapidamente.

  O grupo de animais que recebeu indometacina, apresentou praticamente a metade do número de contrações que os animais do grupo controle. A dexametasona demonstrou bom efeito analgésico se comparada com o grupo controle, no entanto, os animais continuaram apresentando dor. Já o fentanil mostrou praticamente total efeito analgésico, tendendo à zero o número de contrações. A redução no número de contrações se deve aos diferentes mecanismos de ação de cada uma dessas drogas. A indometacina (AINE) agiu inibindo a síntese de prostaglandinas via COX-2, diminuindo a formação de edema e também a sensibilização das fibras aferentes que levam a informação de dor aos centros superiores. A dexametasona agiu inibindo a síntese dessa mesma enzima (COX-2), alcançando um efeito importante no bloqueio da dor e inibiu ainda a síntese da enzima da NO sintase que forma óxido nítrico a partir da L- arginina. O óxido nítrico teria papel fundamental na vasodilatação do sítio inflamatório e aumentando o edema. A dexametasona agiu também evitando a síntese de moléculas de adesão, evitando lesões causadas pela migração celular. Devido ao seu efeito intracelular, este corticoide teve que ser aplicado com um tempo muito maior do que os demais, que são de efeito imediato. Apesar de não ter as mesmas ações que os anteriores no processo inflamatório, o fentanil teve um início rápido graças a ação direta em receptores metabotrópicos do tipo µ, localizados nas membranas pré e pós-sinápticas das fibras de transmissão nervosa, além da via antinociceptiva. A ativação destes receptores impediu a liberação de neutroransmissores na fibra pré-sinaptica, promoveu hiperpolarização da célula nervosa, dificultando a transmissão do estímulo de dor, e proporcionou ativação da substância cinzenta periaquedutal.

[pic 1]

Figura 1: Gráfico das médias de contorções com os diferentes fármacos.

  1. Teste da placa aquecida

Mecanismo de ação do fentanil:  O Fentanil é um opioide, os opióides atuam a nível celular ligando-se aos receptores opióides presentes em todo sistema nervoso central (SNC), especialmente no núcleo do trato solitário, área cinzenta periaquedutal, córtex cerebral, tálamo e substância gelatinosa da medula espinhal. Receptores opióides podem também estar presentes em terminações nervosas aferentes periféricas e em diversos outros órgãos. A eficácia de opióides administrados diretamente ao compartimento central é evidente, porém em caso de administração periférica em situações de pós-trauma ou estado inflamatório sua eficácia não é tão confiável. Os receptores opióides são ligados às proteínas G inibitórias. A ativação dessa proteína desencadeia uma cascata de eventos: fechamento de canais de cálcio voltagem dependentes, redução na produção de monofosfato de adenosina cíclico (AMPs) e estímulo ao efluxo de potássio resultando em hiperpolarização celular. Assim, o efeito final é a redução da excitabilidade neuronal, resultando em redução da neurotransmissão de impulsos nociceptivos.

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