TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Melhoramento Genetico - Border Collie

Por:   •  19/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.273 Palavras (6 Páginas)  •  1.820 Visualizações

Página 1 de 6

BORDER COLLIE – DOENÇAS

Apesar de ser uma raça muito saudável, enérgica e ativa, o border collie também está propenso a algumas doenças hereditárias.

As principais preocupações são: CEA (anomalia do olho), TNS (distúrbio imunológico), CL (doença congênita fatal), MDR1 e displasia coxo-femoral, sendo esta a principal.

Graças a estudos veterinários e geneticistas foi possível determinar os genes que afetam os cães doentes. Todas essas doenças são provocadas por um gene recessivo, que ambos (pai e mãe) devem carregar para produzir cães afetados. Trata-se de uma herança mendeliana autossômica recessiva (expressam-se apenas em homozigotos, que, portanto devem ter herdado um alelo mutante de cada genitor), ou seja, o cão tem duas cópias do gene, uma vinda da mãe e a outra do pai.

Existem testes de DNA para determinar se o cão é NORMAL (não carrega gene nenhum da doença), se ele é PORTADOR (carrega o gene da doença) ou se ele é AFETADO (afetado pela doença).

  • NORMAL/CLEAR (AA): cão é homozigoto e possui duas cópias de genes normais, sendo assim nunca produzirá filhotes afetados.
  • PORTADOR/CARRIER (Aa): o cão é heterozigoto e saudável, apresenta um gene normal e um gene defeituoso, ou seja, não apresenta a doença, mas carrega um gene que a provoca.

Se esse cão portador (Aa) for acasalado com um cão normal, pode produzir filhotes normais e portadores, porém todos saudáveis.

  • AFETADO/AFFECTED (aa): o cão é homozigoto recessivo, apresenta duas cópias do gene defeituoso e irá apresentar a doença variando em níveis de severidade de acordo com o indivíduo e doença.

Esse cão afetado se acasalado com um cão normal gerará 100% da progênie de cães portadores.

Se um cão afetado acasalar com um cão portador, pode produzir portadores ou afetados.

Se um cão afetado acasalar com outro cão afetado, produzirá 100% de cães afetados.

Baseado em uma tabela de cruzamentos, o criador pode evitar o aparecimento futuro dos genes em seus filhotes, evitando assim que ele apresente a doença. Basta fazer o teste de DNA e reformular seu plano de criação para eliminar os genes recessivos de seu futuro plantel.

TABELA DE CRUZAMENTO

  [pic 1]

DOENÇAS:

CEA (Collie Eye Anormaly): caracteriza-se pelo desenvolvimento anormal do olho, mais precisamente da coroide, responsável pela irrigação sanguínea dos olhos. Afeta a anatomia anormal da retina e de outras estruturas mais profundas. Nos casos mais graves ocorre o deslocamento da retina que leva a cegueira total ou parcial.

Os sintomas são olhos menores que o normal, com órbitas profundas e mineralização das córneas.

TNS (Trapped Neutrophil Syndrome): é caracterizada pelo defeito no transporte de neutrófilos (glóbulos brancos – célula de defesa), responsável por defender organismo de infecções. Os neutrófilos são produzidos, mas não chegam aos locais infectados, tornando o organismo incapaz de combater infecções.

Os sintomas frequentes são: vômitos, diarreia com sangue, anorexia. Assim são facilmente confundidos com parvovirose ou coronavirose.

Geralmente os filhotes morrem antes de completar 2 meses de infecção generalizada ou ainda depois da primeira dose de vacina.

CL (Ceroyde Lipofuciosis): caracterizada pelo distúrbio no armazenamento lisossômico em diversas células do corpo, principalmente a nível cerebral, levando a neurodegeneração progressiva, resultando em deficiência neurológica grave e morte precoce.

Começam a apresentar os sintomas com 1 a 2 anos de idade. Os principais sintomas são: perda de coordenação motora com convulsões, tremores, alterações de comportamento e pode ocorrer também deficiência visual.

MDR1 (Mult Drug Resistence): caracterizada pela falta de proteína P-glicoproteína, responsável pelo bombeamento de metabólitos dos fármacos ingeridos para fora das células do organismo, principalmente no cérebro, onde a falta dessa proteína acarreta no acúmulo de substâncias tóxicas que não são bombeadas para fora das células, matando os animais por intoxicação nervosa.

PRINCIPAL DOENÇA:

DISPLASIA COXOFEMORAL:

Nos cães a displasia coxofemoral é uma doença poligênica de natureza quantitativa e multifatorial, causada por diversos fatores. Além da hereditariedade e poligenia, a manifestação e desenvolvimento são dependentes de porte físico, estrutura e conformação corpórea, disparidade no desenvolvimento entre músculo e osso, taxa elevada do crescimento, nutrição excessiva e/ou inadequada, excesso de atividades físicas em animais jovens, manejo ambiental e aspectos hormonais, sendo a superalimentação e a raça fatores essenciais para sua manifestação.

As diversas formas de associação entre os fatores predisponentes resultam em alterações do desenvolvimento que afetam a cabeça do fêmur e o acetábulo, que podem resultar em alterações degenerativas irreversíveis. Ou seja, decorre de uma má formação da articulação coxofemoral, acompanhada de flacidez (lassidão) da cápsula articular que se desenvolveu durante o crescimento e maturação do esqueleto. Durante o crescimento pode haver um desequilíbrio entre o esqueleto e o sistema muscular de suporte que levam a incongruência articular. Ocorre uma disparidade no desenvolvimento dos tecidos ósseos e moles de suporte, que altera a biodinâmica da articulação, causando pequenos e repetidos traumas, com consequente inflamação da membrana sinovial. O resultado dessas alterações será o surgimento da instabilidade articular e alterações ósseas degenerativas.

Os sintomas se manifestam com redução da atividade do animal associada a graus de dores na articulação. Costumam aparecer entre 4 meses e 1 ano de idade.

O diagnóstico clínico é baseado no relato do proprietário, no modo de andar do animal, nos sinais, e principalmente nos resultados dos exames específicos da articulação coxofemoral (exame radiográfico).

Foi realizada uma pesquisa pelo CESUMAR – Centro Universitário de Maringá, o qual foram avaliados 52 cães da raça border collie, machos e fêmeas de diversas idades. Os exames radiográficos foram realizados no Hospital Veterinário da própria instituição.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9.5 Kb)   pdf (246.6 Kb)   docx (197.8 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com