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Os Gêneros de importância na Medicina Veterinária

Por:   •  7/4/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.600 Palavras (7 Páginas)  •  423 Visualizações

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Família: Picornaviridae

Gêneros de importância na Medicina Veterinária:

• Hepatovírus (Hepatite “A”) – humanos, macacos

• Rinovírus equino (EqRV) (resfriados, mais de 120 tipos) - equinos

• Aftovírus (Febre Aftosa - FMDV) – bovinos, caprinos, ovinos, suínos

• Enterovirus suíno (SVDV)- suínos

• Enterovírus bovino (BEV) (Polio 1,2,3; Coxsackie, Entero ) - bovinos

• Cardiovírus (EMCV - Encefalomiocardite) – suínos, roerdores


Febre Aftosa (FMDV) – Epidemiologia: A febre aftosa foi descoberta na Itália no século XVI. No século XIX, a doença foi observada disseminada em rebanhos de vários países da Europa, Ásia, África e América. Com o desenvolvimento da agricultura houve também uma grande preocupação em controlar esta enfermidade e juntamente com o Poliovírus humano, o FMDV foram um dos picornavírus mais estudados. Os trabalhos iniciais objetivaram a caracterização de diferentes isolados, identificação de sorotipos, reprodução da enfermidade em animais de laboratório e desenvolvimento de vacinas. O FMDV é notável por sua transmissibilidade extremamente alta entre animais, como bovinos, ovinos, caprinos, suínos e outros animais selvagens; assim como por sua ampla distribuição geográfica. A doença é caracterizada por alta morbidade, podendo causar mortalidade em animais jovens e perdas produtivas severas em adultos, principalmente em bovinos leiteiros e suínos. A situação epidemiológica da FMDV no mundo reflete o nível de desenvolvimento econômico de cada região. Foi implementado o programas de vacinação em massa contra o FMDV, após a Segunda Guerra Mundial, resultou em sucesso na erradicação da doença da Europa Ocidental e região Sul da América do Sul. Alguns países ou regiões nunca registraram a presença do agente (Austrália e Nova Zelândia), e outros conseguiram erradicar e se manter livres da enfermidade por longos períodos de tempo. A vacinação massiva dos rebanhos bovinos na Europa e região Sul da América do Sul, durante muitos anos, resultou no controle da enfermidade e, por fim, na virtual erradicação do vírus. Essa situação gerou uma idéia de controle da enfermidade, e a vacinação foi descontinuada. Após alguns anos da interrupção dos programas de imunização, criou-se uma situação epidemiológica perigosa, que após a confirrmação do surto, as autoridades adotaram medidas severas de controle e movimentação animal, com o objetivo de conter o surto e evitar a disseminação para outras áreas de diversos países.

Situação da febre aftosa no Brasil O primeiro registro da presença do FMDV no continente americano foi realizado, em 1870, nos Estados Unidos, e, posteriormente, na América do Sul. No Brasil, ocorrências nos estados do Rio Grande Sul e Minas Gerais em 1895. E no início do século 20, a enfermidade disseminou- se para outros estados brasileiros e para outros países na América do Sul. Na década de 1950, foi criada uma organização denominada PANAFTOSA, ligada à Organização Pan-Americana de Saúde, com o objetivo de coordenar as ações de controle, diagnóstico e prevenção da FMDV (vacinação) na América do Sul, que obteve-se áreas livres da Febre Aftosa. Resultou-se em uma população de aproximadamente 190 milhões de bovinos livres do vírus na região Sul da América do Sul. O maior objetivo da região era a obtenção a condição de área livre de FMDV sem vacinação, situação que favoreceria a abertura de mercados livres da enfermidade. A euforia com a possível erradicação do agente foi seguida de acontecimentos que possibilitaram a formação de uma imensa população bovina totalmente susceptível. Em que um curto período de tempo, toda a infraestrutura sanitária foi enfraquecida, perdendo a capacidade de desenvolver ações de prevenção e controle da enfermidade. Nos anos que se seguiram à obtenção da condição de zona livre de FMDV, a região sul da América do Sul presenciou a reemergência do agente em diversos estados e países, perpetuando áreas endêmicas ou de situação desconhecida. Atualmente esforços governamentais têm sido feitos com o objetivo de conscientizar a região da gravidade do problema e para que medidas de combate sejam adotadas por todos os países.


Disseminação e fatores ambientais da Febre Aftosa - Sorotipos: A transmissão do FMDV entre os animais pode ocorrer de várias formas. As principais são a transmissão direta pelo contato de animais susceptíveis com animais infectados e por contato indireto, pelo contato dos animais com fômites ou subprodutos contaminados. A disseminação ocorre pelo contato com secreções e excreções oriundas de animais infectados, transporte de animais, em exposições, feiras, remates, entre outras. A disseminação indireta pode ocorrer por meio de pessoas (trabalhadores, produtores e veterinários), veículos, vestuário, equipamentos, sobras de alimentos usados para alimentação de animais, principalmente suínos. A persistência do vírus no meio ambiente está relacionada com as condições ambientais. Embora o FMDV seja sensível a influências ambientais, como pH abaixo de 6.5, radiação solar e dessecação, o vírus pode sobreviver por longos períodos sob baixas temperaturas e em locais com relativa umidade. A variabilidade genética do vírus tem sido utilizada na caracterização de isolados do FMDV, ao se determinar o padrão de distribuição geográfica durante um surto. O estabelecimento da infecção persistente depende do sorotipo envolvido, e a duração depende da espécie envolvida, de fatores individuais e da distribuição geográfica.


Enterovírus suíno (SVDV): Doença vesicular dos suínos e sua importância epidemiológica: O primeiro relato de SVD foi descrito na Itália, em 1966, e o agente etiológico foi identificado em 1968. Desde então, a doença tem sido esporadicamente descrita na Europa, Japão, Hong Kong e Taiwan. Não há relatos da presença da SVD nas Américas. O vírus que causa a DVS, ocasionalmente pode infectar o homem devido a facilidade de transmissão do vírus e sua resistência sob pH ácido, no ambiente e resistente aos desinfetantes comuns. O incriminam como patógeno potencial importante. Já que seu diagnóstico é um diferencial da febre aftosa. Atualmente, a DVS não apresenta grande importância na suinocultura e Somente um sorotipo do SVDV foi descrito até o presente, e o vírus não apresenta reatividade sorológica cruzada com outros picornavírus.

Rinovírus equino Epidemiologia da influenza Equina – uma Epizootia: Doença relatada durante vários séculos, com epizootia na Europa em 1956, ocorrendo o primeiro isolamento do vírus. A ocorrência é no mundo todo, exceto na Austrália e na Nova Zelândia, onde ainda não foram registrados casos de influenza equina. Trata-se de doença endêmica na América do Norte, Europa e América do Sul. Os fatores de risco da disseminação é o transporte (doméstico ou internacional) de equinos que estão incubando a infecção ou de animais infectados, porém, assintomáticos quanto ao vírus da influenza sem período adequado de quarentena facilita a propagação da doença. Embora animais com infecção subclínica não sejam identificados como fonte de infecção, é provável que desempenhem papel importante na manutenção e na transmissão da doença, pois não há indício da condição de vetor. A epizootia geralmente começa em grandes concentrações de equinos suscetíveis, tais como corridas, provas, torneios, eventos e leilões. A mutação antigênica viral e a não vacinação dos animais em intervalos regulares levam a surtos em populações parcialmente imunes. A infecção pode ocorrer o ano todo, mas os surtos são mais comuns no inverno e na primavera, pois a baixa temperatura ambiente e a umidade aumentam a sobrevivência do vírus.

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