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Os Resumos Veterinária

Por:   •  29/12/2021  •  Relatório de pesquisa  •  1.137 Palavras (5 Páginas)  •  322 Visualizações

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Trabalho realizado por:

Carolina Silva

A tuberculose

A tuberculose bovina é uma doença causada por Mycobacterium bovis que afeta, principalmente, bovinos e búfalos. Esta doença é uma zoonose significativa que pode se espalhar para os humanos, normalmente pela inalação de aerossóis ou pela ingestão de leite não pasteurizado. A tuberculose bovina ainda é comum em países menos desenvolvidos.

Transmissão

As fontes de transmissão são por animais infetados, aerossóis, pastagens, água e alimentos contaminados; raramente o homem passa a doença para o animal. As portas de entrada são principalmente pelo trato respiratório e digestivo, mas também mucosas e feridas de pele. Animais infetados podem eliminar através por várias vias, dependendo da localização: gotículas e secreções respiratórias, leite, colostro, sêmen, fezes e urina. O animal é infetado e as bactérias são fagocitadas no local por macrófagos produzindo uma inflamação granulomatosa progressiva. Forma-se um tubérculo no local de infeção e nos linfonodos regionais. Há formação de lesões secundárias necróticas e firmes e, quando ocorre rutura destas lesões, espalha-se para serosas e órgãos parenquimatosos, via linfática e sanguínea, tornando-se generalizada.

O M. bovis pode sobreviver por vários meses no ambiente, particularmente no frio, condições escuras e húmidas. Entre 12-24ºC (54-57ºF) o tempo de sobrevivência varia de 18 a 332 dias, dependendo da exposição à luz solar. Este organismo é frequentemente isolado do solo ou pastagens frequentadas por bovinos infetados. Apesar do M. bovis poder ser cultivado a partir de amostras artificiais armazenadas por quase dois anos sob algumas condições, parece sobreviver em pastagens naturais, na sua grande maioria, por poucas semanas.

Período de Incubação

Os sinais clínicos da tuberculose bovina geralmente levam meses para o desenvolvimento em bovinos.  Infeções podem permanecer dormentes por anos e serem reativadas durante períodos de estresse ou na velhice.

Sinais clínicos

Em países com programas de erradicação, a maioria dos bovinos infetados é identificada precocemente e infeções sintomáticas são incomuns. Nos estágios finais, sinais clínicos incluem emagrecimento progressivo, febre com oscilações de baixo grau, fraqueza e inapetência. Animais com acometimento pulmonar geralmente apresentam tosse produtiva, isso é pior no período matutino, durante clima frio ou exercício e podem ter dispneia ou taquipneia. Nos estágios terminais, os animais podem tornar-se extremamente magros e desenvolverem desconforto respiratório agudo. Se o trato digestório é envolvido, pode ocorrer diarreia intermitente e constipação. A tuberculose bovina geralmente é uma doença pulmonar fulminante que dura de 2 a 6 meses. No estágio final da doença, os animais tornam-se desorientados, não conseguem subir e podem ser encontrados desorientados pela luz do dia. Nos bovinos, a doença causa lesões em diversos órgãos e tecidos, como pulmões, fígado, baço e até nas carcaças. Podem ser encontradas também lesões no úbere das vacas.

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Diagnóstico

A tuberculose pode ser de difícil diagnóstico baseado somente nos sinais clínicos. Em países desenvolvidos, poucas infeções tornam-se sintomáticas; a maioria é diagnosticada por testes de rotina Em bovinos vivos, a tuberculose é diagnosticada a campo com o teste de tuberculinização cutânea. Nesse teste, a tuberculina é injetada intradermicamente; o teste positivo é indicado pela reação de hipersensibilidade retardada (inchaço). O teste de tuberculinização pode ser realizado apenas com tuberculina bovina isolada, ou como teste comparativo que distingue reações contra M. bovis de reações contra micobactérias ambientais. Os Estados Unidos usam o teste de dobra caudal (tuberculina bovina) para a triagem preliminar de bovinos; os animais positivos são rastreados com o teste cervical comparativo. O teste cervical único é usado para a triagem preliminar de cervídeos. Na Europa e no Brasil, o teste comparativo cervical é usado para triagem inicial em bovinos. Respostas falso-negativas são algumas vezes vistas logo após a infeção, nos estágios tardios da doença, em animais com baixa resposta imune e aqueles que pariram recentemente. O diagnóstico é confirmado por isolamento do M. bovis em meios de cultura seletivos. As micobactérias crescem lentamente e as culturas são incubadas por oito semanas; o crescimento geralmente se torna visível em 3 a 6 semanas. A identidade do organismo pode ser confirmada com testes bioquímicos e características da cultura ou ensaios de reação em cadeia polimerase. A PCR também pode detetar o M. bovis diretamente em amostras simples. Técnicas genéticas (spoligotyping) podem distinguir diferentes cepas do M. bovis. A inoculação em animais é raramente realizada, mas pode ser necessária se a histopatologia sugerir tuberculose e as culturas forem negativas. Todos os procedimentos para cultura bacteriana devem ser feitos em uma cabine de segurança biológica, pois as bactérias podem sobreviver a esfregaços com aplicação de calor ou tornar-se aerossolizadas durante a preparação da amostra.

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