Sistema de produçao com aves

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Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais - DCAA
Colegiado de Medicina Veterinária

SISTEMA DE AVICULTURA DE CORTE – DARK HOUSE

Bruna Ribeiro Macedo

Ingrid Julho Ribeiro

Raamá Oliveira

Ilhéus - Bahia

Junho - 2018

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Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais - DCAA
Colegiado de Medicina Veterinária

SISTEMA DE AVICULTURA DE CORTE – DARK HOUSE

Bruna Ribeiro Macedo

Ingrid Julho Ribeiro

Raamá Oliveira

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Ilhéus - Bahia
Junho – 2018

I - Introdução

O sistema Dark House originou-se nos Estados Unidos, na década de 90, porém, somente por volta dos anos 2000 ele foi reconhecido, pois, embora seu custo fosse elevado, pôde-se observar a relação custo x benefício, sendo os benefícios observados a longo prazo.

Conhecido como “Dark House” (casa escura), esse sistema consiste no impedimento da entrada total da luz natural, havendo-se total controle sobre a luminosidade e a temperatura, o que faz com que os níveis de estresse do animal sejam reduzidos, melhorando a conversão alimentar, e a eficiência da produção.

Em comparação ao sistema convencional, notou-se que o sistema Dark House é mais eficaz, devido ao seu monitoramento constante para com as aves, enquanto o sistema convencional depende do manejo do avicultor propriamente dito.

A atividade avícola foi iniciada na primeira guerra mundial, em decorrência da necessidade de obter-se carnes alternativa num curto espaço de tempo para os soldados em combate. Em vista disso, os EUA começaram a desenvolver pesquisas sobre a criação de aves. No Brasil, a avicultura foi iniciada na década de 50, na região Sudeste. Na década de 70, tendo como vantagem a eficiência na produção da soja e do milho, o estado de Santa Catarina passou a liderar a atividade. Os avanços tecnológicos e melhorias no manejo e nutrição das aves ocorreu na década de 70, mas só foi intensificado nos anos 90.

Atualmente, o Brasil é considerado o primeiro exportador mundial e o segundo produtor mundial de frango. Isso foi possível em decorrer do melhoramento genético, introdução do sistema de produção integrada, nutrição balanceada, manejo adequado, controle sanitário e garantia de qualidade da carne e dos ovos.

Baseando-se nas informações citadas acima, o objetivo do trabalho é apresentar a relação entre o Sistema Dark House e de que forma ele influencia sobre o bem-estar animal, e mostrar os requisitos básicos para estruturar o galpão.  

II - Aves

As aves são animais que possuem o corpo coberto por penas, que auxiliam no voo, e servem também de isolamento térmico. Apresentam características como: pele queratinizada, sem glândulas, exceto a glândula uropigiana. Suas penas são formadas por queratina e apresentam um eixo com inúmeras ramificações laterais que se entrelaçam.

Apresentam o sistema endotérmico, ou seja, possui a capacidade de manter a temperatura corporal através do calor gerado pelo seu próprio metabolismo.

Os apêndices, crista e barbela também são importantes no mecanismo termorregulador das aves. Por essas estruturas ocorrem perda de calor, que ocorre devido ao aumento no fluxo sanguíneo periférico. A perda de calor evaporativo ocorre através da pele e do trato respiratório, ou seja, se a temperatura do ambiente aumenta o frango inicia o processo de hiperventilação com o intuito de aumentar a perda de calor pelos seus mecanismos evaporativos.

O sistema respiratório das aves auxilia na homeotermia, e apesar de possuírem pulmões pequenos são altamente compactos e eficientes, que ligados aos sacos aéreos auxiliam na diminuição da densidade da ave no voo. Por terem pouca distensibilidade, não suportam grande aumento no débito cardíaco, o que quer dizer que a capacidade de oxigenação do sangue depende da ventilação alveolar. É composto também pela siringe, que é um músculo responsável pelos sons e possibilita a comunicação entre a espécie. Outra característica que auxilia na homeotermia é a composição do seu coração que é dividido em quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos.

Seu sistema digestório é completo e constituído por: bico, faringe, esôfago, intestino, fígado e pâncreas, ausência de dentes, papo, proventrículo, moela, ceco (um ou dois), reto e cloaca.

O comportamento das aves abrange: espaço, proteção das penas, ciscar, espojar, banhar e empoleirar. Vivem em pequenos grupos, estabelecem dominância, em comparação com bovinos e suínos as aves apresentam menor facilidade de aprendizado.

Parâmetros térmicos da espécie:

• Temperatura corporal das aves: 41°C

Zona de conforto:

• Pintinhos 1 a 7 dias: 31°C a 33°C
• Adultos: 20°C a 40 °C
• Temperatura retal: 40.5 a 41.0 °C
• TCI : 15
• TCS: 32
• ZCT ° C : 18 a 26
• Umidade Relativa: 65 a 70%

A zona de termoneutralidade depende de uma série de fatores intrínsecos e extrínsecos, com por exemplo, isolamento interno, isolamento externo, energia obtida da dieta, ventilação do ambiente e características da instalação, entre outros fatores. Tendo em vista essa questão é importante saber a zona termoneutra da espécie para evitar prejuízos no galpão não só financeiro, mas também que afetam o bem-estar dos animais. Por exemplo, pintinhos recém-nascidos de 1 dia de idade necessitam de uma temperatura ambiente de 35°C, isso quer dizer que a sua zona termoneutra é de 35°C, mesmo sua temperatura corporal estando em torno de 39 a 40°C. Com o desenvolvimento do frango de corte e a maturação do seu sistema termorregulador e aumenta da reserva de energia, a zona termoneutra é então reduzida de 35°C para 24°C, quando este encontra-se com 4 semanas de idade. Logo após, fica em torno de 21 a 22°C com 6 semanas. Então, a maior preocupação dos produtores com a zona de conforto térmico do frango se dá até a 3 semana de idade que é quando as exigências são maiores.

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