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Sociologia e extensão rural

Por:   •  23/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.224 Palavras (5 Páginas)  •  420 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

ALEXANDRE AKIRA TASO

ANDRESSA BATISTA FARIA

ANDRESSA MARINA DE BORTOLI

ANGÉLICA VIEIRA RIBEIRO LEITE CARVALHO

TRABALHO REFERENTE AO TEMA “VELHOS E NOVOS MITOS DO RURAL BRASILEIRO”

CAMPO GRANDE – MS

30 DE JULHO DE 2016


Introdução


Velhos e Novos Mitos do Rural Brasileiro

Os Velhos Mitos

Por muito tempo acredita-se que o rural é sinônimo de atraso, mas o que poucos sabem é que o rural não se opõe ao urbano em relação à modernidade. Embora haja muito atraso e violência por conta do passado e pela forma de colonização baseada em trabalho escravo, há também um novo rural se formando.

Esse “Novo Rural” é composto por novos sujeitos sociais tais como os neo-rurais que exploram os nichos de mercado das novas atividades agrícolas (criação de escargot, plantas e animais exóticos, entre outros), moradores de condomínios rurais de alto padrão, loteamentos clandestinos que abrigam muitos empregados domésticos e aposentados, que não conseguiram sobreviver na cidade por conta do baixo salário.

Existe a categoria social dos “sem-sem” que são denominados excluídos e desorganizados por não possuírem terra, emprego, casa, saúde, educação e muito menos direito de reivindicações. É uma categoria que vem crescendo muito a partir da segunda metade dos anos 90. São quase três milhões sobrevivendo com uma renda per capita de R$34,60 mensais.

Grande parte dessas famílias de pobres rurais tem suas rendas oriundas de atividades agrícolas. Um terço mora em domicílio sem luz elétrica e quase 90% não possui água canalizada, nem esgoto ou fossa séptica. Sem falar que mais da metade dessas famílias há um alto grau de analfabetismo.

Porém, isso não significa que esses pontos fracos sejam exclusivos do “velho rural atrasado”.  Das 4,3 milhões de famílias pobres que moram em cidades pequenas e médias, 70% não possui, também, rede coletora de esgoto ou fossa séptica, quase 30% não possui água encanada e 5% não possui energia elétrica. Em um terço delas há um nível de analfabetismo elevado. Portanto, única diferença entre as duas regiões (rural e urbana) é a falta de energia elétrica que infelizmente é elevada em regiões rurais.

“O rural é predominantemente agrícola.”

Um número crescente de pessoas que residem em áreas rurais estão hoje ocupadas em atividades não-agrícolas, exercendo papeis de pedreiros, empregadas domésticas, motoristas, caseiros, entre outros. Com isso, pode-se afirmar que o ambiente rural não é exclusivamente destinado a pessoas que queiram trabalhar ou que trabalham no campo.

O emprego agrícola vem caindo cada vez mais rápido. Dessa forma os rendimentos não agrícolas dos residentes em espaços rurais no Brasil superam os rendimentos agrícolas totais desde 1998.

“O êxodo rural é inexorável.”

O espaço agrícola está diminuindo em todo o país, porém a população rural voltou a crescer. Isto se deve ao fato de que as pessoas do campo estão trabalhando em atividades não agrícolas. Segundo dados das PNADs, 1996 foi o ano de menor contagem da população rural - 31,6 milhões - e, a partir de então vem se recuperando. Este aumento da população significa uma volta aos campos, mas não uma volta às atividades agrícolas. Para o campo também vão muitas pessoas inativas, que buscam o meio rural apenas para residência, sendo que os aposentados são maioria.

É visto também que as atividades agrícolas não rendem tanto a ponto de que uma família consiga tirar proveito delas para se sustentar. Dados coletados entre 1995-99 mostram que uma única parcela da renda familiar per capita que cresceu foi a das transferências sociais (aposentadoria, por exemplo). Além disso, as rendas não-agrícolas só cresceram para as famílias rurais não agrícolas, continuando estagnadas para as famílias pluriativas. Em suma, o centro da renda das famílias rurais deixou de ser a agricultura, porque elas estão se tornando cada vez mais pluriativas ou não-agrícolas.

Os Novos Mitos

  Um estudo realizado de 1992 a 1999 aponta que ouve uma forte redução nas ocupações rurais, especialmente os trabalhos de menor qualificação.

No entanto as ocupações rurais não agrícolas apresentam significativo aumento, dentre estas os empregos de serviços domésticos, ajudantes de pedreiros e prestadores de serviços.

O estudo mostra que as atividades agrícolas tem sido a única saída para os mais pobres e idosos, os que perdem esta parte para a tecnologia não conseguem se encaixar na parte não agrícola por possuírem baixa escolaridade, não terem qualificação profissional e uma idade já avançada.

Para as mulheres mais jovens que saem do meio rural, o trabalho de domestica tem se encaixado muito bem, embora ainda tenha um baixo salário porem melhor do que o do trabalhador rural, como por exemplo um boia fria.

Uma das maiores gerações de emprego pra a zona rural tem origem urbana, exemplo: turismo rural, preservação ambiental, etc.

A reforma agrária não esta mais sendo viável por pequenas propriedades produzirem apenas para subsistência, estamos precisando criar novas ORNAS.

Com base podemos destacar que mesmo as atividades não rurais gerarem mais empregos elas ainda não são suficientes por possuírem um baixo salário.

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