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Trabalho Sociologia Rural

Por:   •  21/2/2021  •  Monografia  •  1.359 Palavras (6 Páginas)  •  249 Visualizações

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Universidade de Brasília

Sociologia do Desenvolvimento Rural

Mayara Jacob - 120130254

Joao Pedro -

Filipe Faria - 170010155

Agricultura Familiar : importância social e econômica.

Brasília – DF

Novembro de 2018

SUMÁRIO

        

1. Introdução        3

2. Agricultura familiar e sua contribuição econômica.        3

3. Agricultura familiar e sua contribuição social.        7

1. Introdução

No contexto brasileiro a expressão “agricultura familiar” emerge nos anos 90 (SCHEINDER,2003). Geralmente quando se referimos à agricultura familiar ocorre à associação direta com absorção de empregos e produção de alimentos, especialmente voltados à subsistência, tendo assim uma importância mais social do que econômica e sugerindo uma menor produtividade e uso de tecnologia. Grande parte influenciada pela participação de movimentos sociais no meio rural. Porém a agricultura familiar abrange mais áreas, entre elas está à diminuição êxodo rural, fornecimento de recursos para família de baixa renda e uma importante função econômica gerando riquezas para o país (GUILHOTO et al.).

A agricultura familiar brasileira é bem diversificada,  inclui tanto famílias que vivem e exploram minifúndios em condições de extrema pobreza como produtores inseridos no  agronegócio que geram rendas elevadas (IICA,2006). Se diferenciam também pelas restrições associadas tanto à disponibilidade de recursos e de capacitação adquirido, como à inserção ambiental e socioeconômica, por exemplo as características da localidade onde cada produtor se encontra.Essa diferenciação pode ser um ponto chave para a reflexão sobre a agricultura familiar e suas contribuições.

Outro fator influente no peso social da agricultura familiar, é  o lançamento do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) em 1996, sendo ampliado a partir de 2004. Esse programa foi criado como resposta a pressões de movimentos sociais. Nesse período com a retomada dos programas de reforma agrária, os produtores familiares foram reconhecidos como atores políticos. Ganhando assim forças para a criação de políticas públicas específicas (IICA,2006). A partir de então a agricultura familiar começa a ter mais instrumentos possíveis para sua participação na economia do país, como por exemplo juros menores, incentivos econômicos e apoio institucional (SCHEINDER,2003).

Esse trabalho, baseado unicamente em referencias teóricos, pretende fazer uma reflexão sobre a situação econômica e social da agricultura familiar no Brasil.  

2. Agricultura familiar e sua contribuição econômica.

Para demonstrar a importância da agricultura familiar o artigo A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR NO BRASIL E EM SEUS ESTADOS utiliza o PIB (Produto Interno Bruto). Agindo de uma maneira complexa esta área está direta e indiretamente ligada a outros setores como indústrias, comércio, entre outros setores que tem relação com pequenas propriedades e posses familiares. A agricultura familiar ganha uma alta valorização já que uma área não é somente importante para si, mas para as outras que dela dependem também.

Pesquisas realizadas pela FAO/INCRA, juntamente com o PIB  permitiram chegar ao VBP (valor bruto da produção) (GUILHOTO et al.). Por meio de cálculos e ferramentas foi possível construir um gráfico onde fica evidente a real importância da agricultura familiar na economia. Evidenciando, a área da agricultura é responsável por cerca de 30% do PIB. 10% desse PIB vem da agricultura familiar que por tantas vezes não recebe os créditos dessa importância notória na economia.

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Nos anos de 2001 a 2003 a agricultura familiar conseguiu um feito interessante. Apesar dos desafios conseguiu superar a média nacional. Porém decaiu no ano de 2004 e em 2005 piorou por conta de questões climáticas, valorização do cambio entre outras questões ligadas a fatores sanitários. Mesmo com essas defasagens em 2005, a participação do agronegócio familiar representou 9% do PIB, onde o PIB referente a atividades agrícolas gerais foi de 28%. Quase 1/3 do PIB agrícola.

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Sem contar que de acordo com o gráfico dois do artigo o agronegócio familiar tem maior participação do que o patronal (atividades que não são agronegócio familiar). Sendo a agropecuária familiar responsável por 18% no setor agrícola e 15% na pecuária enquanto o patronal participa com 16% no setor agrícola e 9% no setor pecuário. De uma forma geral isso quer dizer que a agronegócio familiar contribuiu mais para o PIB agrícola do que a agronegócio. Um fator que tem relação direta com essa questão é a participação da indústria onde na patronal chega a 35% enquanto que no agronegócio familiar é de 24%.

A importância do agronegócio familiar em cada estado também tem relação com o que cada estado domina e tem maior favorecimento para cultivar e produzir. Em todas as regiões, mais de 1/3 dos estabelecimentos foram classificados como familiares. Na Região Sul, este percentual chegou a 90,5%, seguido do Nordeste (88,3%) e do Norte (85%). A menor presença foi registrada na Região Centro-Oeste, com 66,8% de estabelecimentos familiares.

Diante disso outra observação que pode ser feita é onde o agronegócio familiar tem maior domínio do que o patronal.

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Produtos como fumo, mandioca e feijão e produtos advindos de criações animais tem uma dependência maior pelo setor de agronegócio familiar enquanto que a bovinocultura de corte e produtos que necessitam de maior participação da indústria como algodão, soja cana de açúcar dependem mais do patronal.

Outro ponto que chama atenção é referente às produções ligadas a pecuárias sendo que a única que a agricultura familiar não domina é a bovinocultura. A pecuária familiar tem alta importância no fornecimento para indústria de abates de aves e suínos e a região Sul é onde essa realidade aparece com força, principalmente pela presença de indústrias alimentícias e frigoríficos (Sadia, Perdigão, Seara) que também estão ligados a indústria de embutidos. [pic 5]

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