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RESENHA – PROBLEMAS DE SOCIOLOGIA RURAL

Por:   •  5/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.264 Palavras (6 Páginas)  •  345 Visualizações

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PROBLEMAS DE SOCIOLOGIA RURAL

ALUNO: Pedro Antonio de Arruda Veloso

PROF.: Rodrigo de Assis

TURMA: SA-1 Manhã


RESENHA – PROBLEMAS DE SOCIOLOGIA RURAL

O início do texto faz uma abordagem interessante acerca da comparação do urbano com o rural, admitindo uma cena “pitoresca” acerca da mescla acidental de homens e animais que se reflete no campo.

Falando de aglomerações rurais, o autor descreve a região conhecida como “vila” no texto, que se trata da zona rural da época, em que, após análise, identifica-se os desequilíbrios sofridos por esse tipo de comunidade, como seus problemas, necessidades, tendências, conflitos e adaptações. Remete-se então ao passado, afim de identificar potenciais causas evolutivas desse tipo de comunidade, a partir dos aspectos feudais de produção e de comunidade.

Frente a isso, existe a raridade dos documentos e textos literários que retratam a vida camponesa das épocas em que a agricultura ainda era predominante através do período pré-revolução industrial. O qual, em seguida, após a revolução, passa a ser realidade uma produção literária muito maior voltada às questões do campo, como uma saudade melancólica frente ao desaparecimento da vida patriarcal, ou a expressão da importância política da época através da adaptação de novos horizontes econômicos e culturais. É por conta disso que Le Play exime a mudança em que se passa a existir mais estudos voltados para o tema, no qual verifica-se agora valores morais e virtudes que passam a se perder com o aumento da urbanização e que servem como referência para as gerações futuras. Apesar de não haver nenhum interesse em interferir no processo de dissolução da sociedade rural.

O autor, através estudo das questões camponesas, observa também a tendência política de direita se opondo às em contrário, através da análise de outros autores, verifica-se no texto uma disputa entre a necessidade de se verificar o passado afim de fazer-se análises sociológicas. Inclusive através de estudos de cenários políticos socialistas, como a figura da antiga União Soviética.

O autor também põe em evidencia três aspectos das realidades histórico-sociológicas, são elas: a comunidade mais ampla, a comunidade rural ou aldeia e a comunidade familiar, através das quais, ele faz uma análise de cada uma, com base em sua força produtiva comparada com suas ideologias político-sociais. Ele afirma que a aldeia ou comunidade rural, não é uma força produtiva, nem um modo de produção, apesar de estar diretamente envolvida com o desenvolvimento das forças produtivas. E que a mesma aparece na história logo após a fixação de um grupo de homens, anteriormente nômades ou seminômades, ao solo.

Em conjunto a isso, é descrito no texto que a comunidade rural passa por uma constante metamorfose, e persiste mais ou menos viva, em ascensão ou dissolução, desde os tempos mais remotos até os nossos dias e com sua vida e história próprias.

Na nação, o sentido de comunidade tende a desaparecer, através da ideia da não existência da comunidade privada, representada apenas de maneira abstrata, já que em toda parte onde a propriedade privada foi proclamada, os direitos da família, da nação ou estado, de fato, a limitaram. Desse gatilho, parte uma nova discussão relacionada com as diferenças entre a propriedade coletiva e a propriedade indivisa, na qual a primeira representa uma organização social na qual não haveria mais a apropriação privada, e a segunda o direito que se reservam certos grupos elementares de repassar a seus familiares o domínio do solo, por exemplo. Ou seja, a propriedade indivisa representa o início, ainda jovem, da propriedade privada.

A partir daí surge-se o conceito de concessão por partes iguais e cota-partes desiguais, a primeira visa a divisão por igual de lotes em caso de dissolução da comunidade, e a segunda observa a riqueza ou a força de dada comunidade no momento da divisão de direitos sendo proporcional à comunidade mais forte ou maior, obter mais direitos. É a partir dos estudos de conceitos como os apresentados que o autor, como sociólogo, consegue adentrar na vida concreta dos grupos camponeses e entender diversos pontos culturais comuns a comunidades desse gênero.

Enfim, através de funções políticas, surge-se a definição: a comunidade rural é uma forma de agrupamento social, que organiza, segundo modalidades historicamente determinadas, um conjunto de famílias fixadas ao solo. Estes grupos elementares possuem, por um lado, bens coletivos e indivisos, e por outro, bens “privados”, conforme relações variáveis, mas sempre, historicamente determinadas. Mesmo sendo uma análise baseada em conceitos e sínteses políticas, percebe-se a dificuldade do autor em caracterizar suscintamente a propriedade rural, denotando que a mesma se torna maior do que aparenta ser, com um sistema complexo e com vida própria, envolto por vários conjuntos históricos relevantes.

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