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Urolitíase em ovinos com dietas com mais de 50% de concentrado

Por:   •  8/11/2018  •  Resenha  •  708 Palavras (3 Páginas)  •  238 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

DISCENTES: SABRINA SAMPAIO E VITOR BATISTA

DOCENTE: JOSÉ AUGUSTO GOMES AZEVEDO

Urolitíase em ovinos com dietas com mais de 50% de concentrado

        A urolitíase é consequência da ocorrência de precipitação de minerais ou substâncias orgânicas no trato urinário de caprinos e ovinos, seguido de obstrução da uretra devido à presença de cálculos uretrais que impede o fluxo total ou parcial da urina, sendo chamada de urolitíase obstrutiva. Também é chamada de síndrome, por conta que sua estimulação é devido à combinação de fatores fisiológicos, nutricionais e de manejo envolvidos. No Brasil, o frequente aumento de casos de urolitíase em pequenos ruminantes, deve-se a expansão da ovinocultura, bem como a intensificação de sistemas de produção com uma maior utilização de alimentos concentrados.

Animais machos e jovens que são mantidos no sistema de confinamento com pouca disponibilidade de água e dietas ricas em concentrado, contribuem para um excessivo acumulo de fósforo que afeta o desequilíbrio na relação de Ca e P na dieta. Em fêmeas não ocorre urolitíase obstrutiva devido ao curto tamanho da uretra, dilatação existente e ao rápido fluxo da urina, que garante a eliminação da maioria dos cálculos.

Os cálculos podem ser:

  • Carbonato de cálcio: pela ingestão de trevo e plantas com oxalato, sendo mais raros.
  • Sílica: pela ingestão de gramíneas como Brachiaria, Buffel, setaria, em geral as que têm pêlos.
  • Carbonato de amônio.
  • Carbonato de magnésio.
  • Extruvita: em animais confinados recebendo muitos grãos.
  • Fosfato de amônio: animais confinados.

No Brasil o cálculo formado mais comum é do tipo extruvita, onde há formação de vários cálculos. Concentrados feitos a partir de grãos de milho, sorgo, trigo, arroz, e soja que são ricos em energia devido à presença de proteínas e fósforo, favorecem o surgimento de urolitíase por conta da baixa disponibilidade de fibra bruta efetiva e cálcio. Há uma relação entre P e Ca, onde a quantidade de um elemento afeta a biodisponibilidade do outro.

A saliva dos ruminantes também é rica em P, onde 60% desse elemento encontrado no organismo animal provêm da saliva e o restante tem origem na alimentação. A secreção de P na saliva dos ovinos chega a 10 g/dia. O fósforo da saliva chega até os intestinos onde parte será reabsorvida pela circulação sanguínea e parte excretada nas fezes. Quanto mais P for ingerido, mais esse será absorvido até o limite de transporte. Então, grande parte do P é utilizada pelas glândulas salivares.

Se o animal consome muito grão, muito fósforo será ingerido e absorvido pelo organismo. Se na dieta não existir volumoso, não haverá estímulo para produção de saliva, por conta dos grãos não necessitarem de tanta mastigação em relaçãoàs fibras das plantas. Devido a isso o fósforo fica em excesso na circulação e acaba sendo enviado aos rins para excreção. A excreção do fósforo em ruminantes também é feita pelas fezes, e quando há uma elevada ingestão de fósforo, o mesmo pode ser excretado pela urina. Com a alcalinidade da urina, que é o pH entre 7,6 e 8,4, o P fica insolúvel e se acumula no colóide na bexiga que acaba precipitando e formando cristais junto com o cálcio e o magnésio. Os cálculos se acumulam na bexiga e no momento da micção podem se deslocar para a uretra impedindo a passagem da urina. É mais comum ocorrer obstrução na flexura sigmóide e no apêndice vermiforme dos machos ovinos devido ao menor calibre e à curvatura.

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