O LEVANTAMENTO DOS RECURSOS FLORAIS UTILIZADOS PELAS ABELHAS

LEVANTAMENTO DOS RESCURSOS FLORAIS UTILIZADOS PELAS ABELHAS APIS MELLIFERA, MELIPONA FASCICUTATA E SCAPTOTIGONA POSTIÇA NA FESL

Orientando: Alexandre CARVALHO– Bolsista PIBIC/ UEMA.

Graduanda em Zootecnia, UEMA- São Luís

Orientadora: Eleuza Gomes TENÓRIO

Profa Dra. do Departamento de Zootecnia, CCA/UEMA.

Colaboradores: Ana Maria Maciel LEITE; Monique Hellen Martins RIBEIRO; Luciana dos Santos AIRES.

Um levantamento florístico consiste em listar todas as espécies vegetais existentes numa determinada área. O conhecimento da florada é um passo importante para a exploração racional e para programas de conservação de abelhas, facilitando as operações de manejo, como também, possibilitando a identificação, preservação e multiplicação das espécies vegetais mais importantes. Considerando-se a importância do conhecimento sobre a florada ao longo do ano para a manutenção e manejo de abelhas aliado a presença de apiários e de meliponários na FESL, onde há criação de abelhas Apis mellifera (africanizadas), Melipona fascicutata (tiúba) e Scaptotigona postica (tubi), torna-se necessário o conhecimento sobre a vegetação existente na FESL. Este projeto tem como objetivo geral realizar o levantamento florístico da Fazenda Escola de São Luís (FESL) na área do Campus Paulo VI da UEMA. O experimento foi realizado dentro dos limites da FESL no Campus Paulo VI da UEMA. Durante um ano, foram realizadas saídas a campo na área do estudo, perfazendo uma coleta mensal onde foram amostradas todas as espécies arbóreas, arbustivas, herbáceas e epífitas floridas. Todos os indivíduos encontrados em estágio reprodutivo foram também fotografados no seu aspecto geral, da flor e do tipo polínico, para elaboração de um Guia Botânico Ilustrado caracterizando o material florístico da Fazenda Escola de São Luís (FESL – UEMA). Foram adotados os procedimentos de coleta e herborização conforme Ferreira (2006). As amostras de mel coletadas foram armazenadas e identificadas com a espécie corresponde, local da coleta e data da coleta. Após feitos os tratamentos químicos para separação do pólen por meio do método de acetólise de Erdtman (1960) tanto do mel quanto das flores das plantas, foram armazenados em tubos e postos para secar para posteriormente serem feitas as lâminas para analise microscópica. As lâminas foram confeccionadas em triplicata e identificadas. Das amostras coletadas da Apis mellifera foram encontrados 68 tipos polínicos distribuídos em 34 famílias, distribuídos nas diferentes classes de ocorrência nas amostras: Pólens dominantes (PD) (< 45%) e acessório (PA) (entre 15% e 45%), isolado importante (PII) (entre 3% e 14%) e isolado ocasional (PIO) (< 3%). As famílias com maiores representatividades das amostras coletadas da Apis mellifera foram: Fabaceae (17,64%), Rubiaceae (10,08%), Arecaceae (8,40%), Myrtaceae (7,56%), Asteraceae (6,62%), Lamiaceae (6,20%), Bignoniaceae e Amaranthaceae (4,20%), outros (39,67%) e não identificados (4,57%) (Tabela 1).

Tabela 1: Categoria dos pólens Apis mellifera de acordo com cada mês de coleta.

	AGO	SET	OUT	NOV	DEZ	JAN	FEV	%
PD
PA	1	2		2	1		1	5,83
PII	9	3	14	4	4	8	7	40,83
PIO	16	1	36	2	2	3	4	53,33

Nas amostras de mel de M. fasciculata foram encontrados 74 tipos polínicos distribuídos em 26 famílias distribuídos nas diferentes classes de ocorrência nas amostras: Pólens dominantes (PD) (< 45%) e acessório (PA) (entre 15% e 45%), isolado importante (PII) (entre 3% e 14%) e isolado ocasional (PIO) (< 3%). As famílias com maiores representatividades das amostras coletadas foram: Fabaceae (25,61%), Rubiaceae (12,39%), Amarantaceae (10,74%), Arecaceae e Myrtaceae (6,61%), Bignoniaceae e Lamiacea (5,79%), outros (42,78%) e não identificados (6,32%) (Tabela 2).

Tabela 2: Categoria dos pólens M. fasciculata de acordo com cada mês de coleta.

	AGO	SET	OUT	NOV	DEZ	JAN	FEV	%
PD	1	1						0,90
PA				2	1		1	1,80
PII	1	7	14	4	4	8	7	20,36
PIO	118	5	36	2	2	3	4	76,92

Nas amostras de mel de Scaptotigona postica foram encontrados 66 tipos polínicos distribuídos em 22 famílias distribuídos nas diferentes classes de ocorrência nas amostras: Pólens dominantes (PD) (< 45%) e acessório (PA) (entre 15% e 45%), isolado importante (PII) (entre 3% e 14%) e isolado ocasional (PIO) (< 3%). As famílias com maiores representatividades das amostras coletadas foram: Fabaceae (23,8%), Amarantaceae (17,70%), Myrtaceae (15,70%) Mimosaceae (8,23%), outros (28,46%) e não identificados (6,18 %) (Tabela 3).