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ANÁLISES QUÍMICAS EM MIRTILEIROS cv. Climax INOCULADOS

Por:   •  30/10/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.850 Palavras (8 Páginas)  •  179 Visualizações

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ANÁLISES QUÍMICAS EM MIRTILEIROS cv. Climax INOCULADOS COM

MICROORGANISMOS PROMOTORES DE CRESCIMENTO (Azospirillum brasilense)

Marianne Antunes (BIC/Fundação Araucária), Orientador: Ricardo Antonio Ayub, e-mail: rayub@uepg.br

Universidade Estadual de Ponta Grossa/Fitotecnia.

Agronomia/ Fitotecnia.

Palavras-chave: análises pós colheita, Azospirillum Brasilense, fruticultura, inoculação, microorganismos simbiontes.

Resumo

A cultura do mirtileiro, do gênero Vaccinium, tem alto potencial nutricional e é rico em antocianinas, além dos seus inúmeros benefícios na saúde e bem-estar de seus consumidores. Apesar da sua grande importância comercial em outros países, ainda é inexpressiva no Brasil, devido a fragilidade e vida útil dos frutos, há uma dificuldade para a comercialização, tanto para a importação como para a exportação. Porém pode ser cultivado nos estados do sul do país. O mirtileiro pode desenvolver associações com bactérias promotoras de crescimento vegetal, sendo o Azospirillum capaz de aumentar a produção e produtividade das culturas, e também, participar a fixação de nitrogênio nas plantas, contribuindo para a diminuição do uso de fertilizantes industriais na agricultura. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo a avaliação da relação do Azospirillum com o mirtileiro e adubação nitrogenada, avaliando-se principalmente os frutos, suas qualidades físicas e químicas, e a produção total.

Introdução

O mirtileiro é pertencente à família Ericaceae, sendo nativo da Europa e

Estados Unidos. Seu fruto é uma baga de cor azul escura com aproximadamente 1 a 2,5 cm de diâmetro e 4g de peso. Apresenta inúmeras sementes em seus frutos e tem sabor doce-ácido a ácido. Esta fruta ganhou destaque devido às suas propriedades medicinais. (FACHINELLO, 2008).

O mirtileiro apresenta alta rentabilidade, sendo uma espécie que se adapta ao cultivo nas pequenas propriedades. Foi introduzido no Brasil em 1983, pela Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), sendo que sua exploração comercial é recente, e seu cultivo tem maior capacidade de adaptação na região sul do país.

Por apresentar um sistema radicular muito superficial e compacto, sem pelos radiculares, o mirtilo tende a estabelecer simbiose com microrganismos promotores de crescimento, o que lhes permite aumentar a absorção de nutrientes e água.

O gênero Azospirillum sp. especificamente veem sendo considerado de grande importância quando utilizado, na redução de custos de produção e consequente aumento na sustentabilidade ambiental (ZUFFO, 2016).

A associação Azospirillum-planta leva ao desenvolvimento aprimorado, e é atribuído, principalmente, à melhoria no crescimento das raízes, aumento da taxa de absorção de água e absorção de minerais e, em menor escala, a fixação biológica de N2. (OKON E ITZIGSOHN, 1995).

Devido a haver poucos estudos com plantas perenes associados ao Azospirillum, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da inoculação do Azospirillum na planta de mirtileiro.

Materiais e Métodos

O experimento foi implantado em Ponta Grossa, na Fazenda Escola Capão da Onça pertencente a Universidade Estadual de Ponta Grossa.

A espécie utilizada é a Vaccinium ashei, do grupo Rabbiteye, cv. Climax. As mudas de mirtilo são provenientes de viveiro comercial em Vacaria (RS), permaneceram em ambiente protegido por dois anos em vasos plásticos. Em agosto de 2016, as mudas foram transplantadas à campo. O manejo do pomar foi realizado conforme recomendação da Embrapa para a cultura do mirtileiro (ANTUNES e RASEIRA, 2006).

Foi realizado seis tratamentos: testemunha (T1), testemunha com adubação nitrogenada (T2), Azospirillum brasilense AbV5/AbV6 estéril (T3), Azospirillum brasilense AbV5AbV6 estéril com adubação nitrogenada (T4), Azospirillum brasilense AbV5AbV6 ativo (T5) e Azospirillum brasilense AbV5AbV6 ativo com adubação nitrogenada (T6). O experimento foi conduzido em blocos ao acaso, com cada tratamento contendo 12 repetições e duas plantas por repetição, totalizando 144 plantas analisadas.

A quantidade de adubo utilizada por planta foi determinada conforme recomendações em literatura, adaptadas ao mirtilo e condições do experimento. O espaçamento utilizado foi de 3m entre linhas e 1,5m entre plantas. A dosagem foi definida conforme recomendação de Hadas e Okon (1987), adaptado. Para o preparo da solução, foi efetuado a pesagem de 1 µl de AZ, estirpes AbV5 e AbV6 (Grap nod A) adicionado à 989 microlitros de água destilada estéril, completado 50 ml de solução para 48 plantas. A inoculação de AZ efetuou-se em cada repetição, onde foi feito um pequeno buraco de 10 cm próximo à raiz de cada planta para que a solução fosse pipetada com pipeta Eppendorf, para o tratamento com o Azospirillum brasilense estéril (AZE) o procedimento foi o mesmo.

A colheita foi realizada no período de dezembro (2017) a janeiro (2018), quando as frutas apresentavam coloração escura uniforme e presença de pruína.

Os frutos foram levados ao Laboratório de Biotecnologia aplicada à Fruticultura pertencente à Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), onde posteriormente foram submetidos às análises químicas, como teor de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), pH, teor de polifenóis (TP) e antocianinas (TA).

Os dados obtidos foram submetidos ao teste de normalidade Shapiro-Wilk, seguida da análise de variância, e se significativas submetidas ao teste de médias pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade através do programa computacional SISVAR 5.6 (FERREIRA, 2011).

Resultados

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