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O EMPREENDEDORISMO NO AGRONEGÓCIO FAMILIAR E SUA EVOLUÇÃO

Por:   •  16/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.844 Palavras (12 Páginas)  •  265 Visualizações

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EMPREENDEDORISMO NO AGRONEGOCIO FAMILIAR E SUA EVOLUÇÃO

Paloma Lohn de Souza¹

Betânia Cristina Sebold Oliveira²

RESUMO

A agricultura familiar cada vez mais vem mostrando sua força, até a década de 90 os pequenos produtores não possuíam muito acesso ao credito, assim dificultando os investimentos em novas tecnologias para o respectivo aumento de sua produção, em 1996 isso muda com o credito PRONAF- Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, que traz junto esperança para os produtores e também novos desafios, pois nem todos foram preparados para serem empreendedores em um setor que cada vez mais precisa de inovação e investimento. Este trabalho tem por objetivo mostrar a evolução do empreendedorismo na agricultura familiar o os problemas causados pela falta de conhecimento e preparação destes produtores para administrar suas propriedades.

Palavras-chave: Empreendedorismo. Família. Agricultura.

1 INTRODUÇÃO

Agricultura familiar com o passar dos anos vem tomando seu lugar de protagonismo no espaço nacional como segmento econômico e profissional sendo capaz de produzir alimentos saudáveis, gerando ocupação e riqueza para o país e também garantindo a sucessão familiar.

A agricultura familiar tem como principal característica a utilização da mão de obra do próprio núcleo familiar onde o cultivo é feito em pequenas propriedades rurais e para serem considerados pequenos produtores rurais precisam ter uma renda que não exceda o valor de R$180.000,00 por ano safra.

No ano de 2015 a agricultura familiar era responsável por 80% da produção mundial de alimentos e por 90% das propriedades agrícolas (Jornal GGN. 2015).

2 AGRICULTURA FAMILIAR

A agricultura familiar tem como principal característica a utilização da mão de obra do próprio núcleo familiar onde o cultivo é feito em pequenas propriedades rurais e para serem considerados pequenos produtores rurais precisam de uma renda que não exceda o valor de R$180.000,00 por ano safra.

Quando se fala em agricultura familiar muitas vezes em nossa mente vem a ideia de produtos orgânicos, mas nem sempre um pequeno produtor rural tem como principal fonte de renda produção orgânica, isso devido a dificuldade em produzir, por não ter um mercado garantindo a venda de sua produção, e não ter politicas públicas que incentivem a produção dos mesmos.

No Brasil, o agronegócio como um todo, considera além da agropecuária propriamente dita, as atividades a montante (“antes da porteira”) e a jusante (“depois da porteira”), e gera um a cada três empregos no Brasil, ou seja, 18 milhões de empregos ou 30% da população economicamente ativa (Sampaio Filho, 2005; Guilhoto,2004).

Dentro deste contexto a importância da agricultura familiar reforça os dados encontrados em nações em desenvolvimento, na medida em que emprega 77% das 17,3 milhões de pessoas ocupadas no meio rural brasileiro e é responsável por 38% do valor bruto da produção agropecuária nacional e 70% dos alimentos consumidos pelas famílias brasileiras em todo País (Dalmolin, 2009).

Desta forma, o fortalecimento da agricultura familiar tem sido visto como uma forma de desenvolvimento sustentável, pois contribui para a criação de atividades agrícolas e não agrícolas e, com isso, colabora para que as famílias permaneçam ou se fixem no meio rural, minimizando o êxodo ocorrido no final da década de 80 e suavizando um quadro nefasto de grande concentração de terras e riquezas no campo e desordenado processo de urbanização (Fauth, 2008).

Este modelo de produção encontra sua maior barreira com as grandes produções do agronegócio que produzem em grande escala um único gênero alimentício, sendo soja ou milho, que é utilizado principalmente para exportação e alimentação de animais para a pecuária.

2.1 INCENTIVO A AGRICULTURA FAMILIAR

A agricultura familiar hoje pode contar com alguns programas de incentivo para sua evolução, tais como o PRONAF já citado acima este se torna uma grande chave para a porta do sucesso ou não, este por sua vez foi criado em 1996 com o intuito de ser promover o desenvolvimento sustentável no qual presidente em gestão era Fernando Henrique Cardoso.

O Pronaf pode-se dizer que é um programa do governo federal que visa apoiar o desenvolvimento rural e sustentável e busca a garantia da alimentação segura, fornecendo créditos para produtores, associações e cooperativas.

Este por sua vez possui vários critérios para ser acessado, dentre os principais critérios temos o endividamento rural que não pode ultrapassar os R$360.000,00 por ano safra e a renda por ano safra não pode exceder os R$180.000.00. O mais atraente são suas taxas de juros que vão de 2,0% a 5,5% ao ano podendo ser financiado maquinas implementos, lavouras, serviços, produção de lagoas para irrigação em geral, se torna um credito muito atraente, pois pode ser pago em até 10 anos, este é o ponto muito interessante pois um credito com tantos benefícios, liberado para tantos produtores muitas vezes sem conhecimento, sem o senso de empreender cuja cultura não é essa, isso poderia dar errado.

Sendo assim, em relação ao empreendedorismo rural, temos uma situação paradoxal: por um lado temos áreas de baixo desenvolvimento níveis educacionais, trabalhadores com baixa qualificação, baixa renda e uma cultura que não incentiva as atividades de risco e crescimento de negócios (Kulawczuk, 1998).

No fim do século XX os desafios aumentaram fazendo com que novas perspectivas para o gerenciamento das propriedades rurais para que desta forma se tornassem competitivas e mais rentáveis.

Hoje temos um senário na agricultura que automaticamente diferencia o agricultor familiar do empreendedor rural justamente por sua forma de pensar e administrar sua propriedade.

O agricultor familiar tem mente fechada a novas tecnologias, não possui e não quer adquirir

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