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O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA

Por:   •  10/11/2022  •  Resenha  •  6.651 Palavras (27 Páginas)  •  88 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA

DOCENTE - LUCIANA FREITAS DE MEDEIROS

DISCENTE - RENATA DE PAIVA DANTAS

Resumo das Culturas de: Manga, Goiaba, Coco e Maracujá

Trabalho apresentado à disciplina de  Fruticultura II do programa de Pós-Graduação de Fitotecnia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido,  como  parte  das  exigências  da disciplina.

30 de Novembro de 2017

Aula 1 - Manga

A manga é considerada uma das frutas mais delicadas e a rainha das espécies tropicais, sendo até citada nas escrituras budistas. Seu desenvolvimento se dá em regiões de clima subtropical. Suas primeiras mudas trazidas para o Brasil foram cultivadas na Bahia. Atualmente a expansão da cultura tem ocorrido principalmente no estado de São Paulo e nos polos de agricultura irrigada do Nordeste. A mangueira (Magnífera indica L) pertence à família Anacardiaceae, cujo frutos geralmente se dividem em Indiano (frutos monoembriônicos) e Indochinês (poliembriônicos). Possui árvore frondosa, de porte médio a grande atingindo cerca de 10 a 30 m de altura, copa piramidal arredondada, folhagem verde, variando de baixa e densa a ereta e aberta. Seu sistema radicular é pivotante e profundo. O caule dessa planta é do tipo tronco, lignificado, ereto, grosso e emite várias brotações durante o ano. A copa tem o seu crescimento através de fluxos vegetativos. Suas folhas são lanceoladas, coriáceas, com pedúnculo curto e sua coloração varia de verde-claro, amarronzadas ou arroxeadas, na fase jovem, até verde-escuro quando maduras. As inflorescências da mangueira são do tipo panícula e apresentam flores masculinas e hermafroditas, com predominância das primeiras na base da panícula. Os frutos são drupas com características muito variáveis quanto ao tamanho, forma, peso e coloração da casca. A casca é coriácea e a polpa com vários tons de amarelo, com muita ou pouca fibra, curtas ou longas, macias ou duras. Essa espécie apresenta diferentes tipos ou estádios de crescimento em uma mesma planta, o que é bastante comum, sendo muito importante para a produção, pois quanto mais abundante a vegetação, maior a frutificação. O florescimento ocorre em ramos com, no mínimo, 3 a 4 meses de idade. Sua taxa de fecundação é baixa, sendo afetada diretamente pelas condições climáticas. As principais mais variedades encontradas em todo o mundo, são:  Tommy Atkins, Van dyke, Rosa, Espada, Palmer, Keitt, Kent, Haden. Para se obtenção melhores variedades que atendam de necessidades do mercado consumidor, é necessário adotar programas de melhoramento genético, onde pode ser feito através de seleção natural, polinização controlada, seleção de mutações e uso de métodos biotecnológicos. A propagação da mangueira pode dar-se por duas vias: seminífera (via semente) e vegetativa (enxertia ou estaquia). Devido ao método seminífero apresentar muitas desvantagens, a mangueira deve ser propagada restringindo-se o uso de sementes à obtenção de porta-enxertos. A escolha do porta-enxerto está condicionada à disponibilidade de sementes, dando preferência às variedades locais, de pequeno porte. Os frutos a serem escolhidos devem ser maduros, sadios, de plantas vigorosas e livres de doenças e pragas, principalmente à seca da mangueira. Pelo método de enxertia que envolve a junção do porta-enxerto (cavalo) com o enxerto (copa). Os métodos mais comuns de enxertia são: Borbulhia em “T” invertido e a borbulhia em placa ou escudo, nas quais o enxerto é uma pequena parte da casca com uma única gema; Garfagem, com suas variações (no topo em fenda cheia, à inglesa simples e lateral), em que o enxerto é o segmento de um ramo, com 10 a 15 cm de comprimento médio, contendo várias gemas.

Aula 2 – Manga

        Para instalação de um pomar de Magnífera Indica L. a área deverá ser selecionada considerando: Aspectos climáticos, infraestruturas, mão-de-obra, água em quantidade e qualidade, restrições fitossanitárias, entre outros. Dos fatores climáticos, a temperatura é um dos mais importantes, pois, além de controlar os processos vitais da planta, constitui um dos principais fatores determinantes da produção. Os limites mínimos e máximos são os mais importantes. A mangueira, neste caso, tolera temperaturas desde 0 até 50°C. Temperaturas inferiores a 2°C causam danos elevados em árvores adultas e podem provocar a morte de plantas jovens. A variação média de temperatura para um ótimo crescimento da mangueira situa-se entre 24 a 30°C. Temperatura baixa durante o florescimento impede a abertura de flores, prejudica a germinação do grão de pólen e o desenvolvimento do tubo polínico. Temperaturas noturnas menores do que 12°C no período da fecundação provocam altas taxas de partenocarpia, e originando frutos pequenos sem valor comercial. A mangueira vegeta e frutifica em áreas onde a precipitação varia de 240 até 5000 mm. O importante, não é a quantidade total, mas sim o período em que a precipitação ocorre. A mangueira é uma planta exigente em radiação solar para poder florescer, fixar os frutos e permitir o seu pleno desenvolvimento. A alta umidade relativa durante o período de florescimento favorece a disseminação da antracnose, podendo destruir todas as flores, mesmo na ausência de chuvas. O vento afeta a produção de várias maneiras: Derrubam flores e frutos; Aumenta taxa de transpiração; Causa ferimentos nos frutos com o atrito na folhagem; As perdas vai depender da fase da planta (florescimento, frutificação). Com isso é essencial a instalação de quebra ventos. Normalmente, para cada 150 m de aumento na altitude, a temperatura baixa um grau centígrado, gerando atraso de 5 dias no período de floração e amadurecimento. Antes de se fazer a instalação de um pomar de manga é necessário considerar os aspectos ligados à comercialização (sazonalidade de oferta e preços), exigências dos consumidores quanto à qualidade e canais de comercializa; Variedade e mudas; Custo de implantação, manutenção e rentabilidade. A área onde será instalado o pomar, deve ser selecionada considerando a topografia do terreno e as vias de acesso, que serão fatores de influência direta nas práticas agronômicas e no escoamento da produção. Deve-se realizar o destocamento e roçagem da vegetação, e se for o caso proceder a subsolagem. Densidade de plantio mais comum é de 250 plantas/ha (espaçamento de 8 x 5m). O plantio deve ser feito no início do período chuvoso ou a qualquer momento em áreas irrigadas. Deve ser feita a cobertura morta utilizando palha de arroz, raspa de madeira e folhas de coqueiro, com objetivo de proteger o solo ao redor da planta e perda de umidade. O controle de ervas daninhas também é de suma importância, pois é feita através de roçagem das ruas, capinas manuais e aplicação de herbicida nas linhas de plantio. Um dos tratos culturais realizado na mangueira consistem num sistema de podas, onde existe diversos tipos de poda, tais como: Poda de formação (orienta o crescimento dos ramos, quanto ao número, distribuição e tamanho convenientes); Podas anuais ou de produção (poda de limpeza, Levantamento da copa da planta, abertura central da planta (poda central de iluminação, poda lateral, poda de topo, poda de equilíbrio); Correção de arquitetura (Definir determinada forma para as plantas, formato da copa / função do vigor da copa e da densidade da pomar, podendo ser em forma de vaso aberto ou pirâmide); Podas para manejo da floração (Deve ser feita acima do nó terminal na base da inflorescência, no estádio em que a flor estiver aberta ainda não polinizada); Poda de renovação e rejuvenescimento (Eliminação da folhagem e de ramos secundários / brotações vegetativas que formarão a nova copa são estimuladas).  A intensidade da poda não deve ser a mesma durante o ano / da época em que será feita a indução floral. Outro pratica cultural adotada é a desfolha, que tem por finalidade melhorar a capacidade produtiva da planta e a coloração dos frutos. No manejo de floração utiliza-se o Paclobutrazol (PBZ), levando em consideração o tamanho das plantas, tipo de solo e método de irrigação, como também o clima durante o manejo da brotação vegetativa visando à floração.

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