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Ordem Coleoptera - Praga Agrícola

Por:   •  16/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.480 Palavras (6 Páginas)  •  404 Visualizações

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ESTADO DE MATO GROSSO[pic 1][pic 2]

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA

DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA

PRAGAS AGRÍCOLAS: Sitophilus zeamais

ACADÊMICO: RAFAEL BARREIRO SILVA

TANGARÁ DA SERRA – MT

JUNHO DE 2017

INTRODUÇÃO

Designada como praga ou peste agrícola, ou mais especificamente praga biológica, quando há grande surto de determinadas espécies nocivas ao desenvolvimento agrícola ou que destroem a propriedade humana, perturbando os ecossistemas (PICANÇO, 2010).

O conceito de praga está geralmente, intimamente ligado a ideia de uma superpopulação, o que causa desequilíbrios ecológicos tais como, esgotamento dos alimentos, devastação de plantações, extinção de outras espécies, epidemias de doenças infecciosas, epidemias de doenças parasitárias, etc. (PICANÇO, 2010).

Os insetos são classificados devido suas características de comportamento, anatomia e morfologia, classificado em grandes grupos

Os Coleópteras são pertencem a esta ordem os chamados besouros, facilmente distinguíveis dos demais insetos pela forte esclerose do exoesqueleto e dos élitros onde quase sempre de consistência coriácea ou córnea (PICANÇO, 2010).

Os élitros, em repouso, cobrem as asas membranosas que, via de regra, ficam sob eles dobradas e escondidas. No vôo, enquanto as asas vibram, os élitros se mantêm entreabertos e imóveis (PICANÇO, 2010).

Segundo Picanço 2010, em outras ordens as asas anteriores podem ser mais ou menos esclerosadas, com aspecto de élitros, todavia nenhum desses insetos pertence a Endopterygota ou Holometábolas, isto é, aos insetos de metamorfoses, grupo em que se incluem os Coleópteros.

 Por outro lado, há Coleópteros providos de élitros pouco esclerosados, porém a dureza do exoesqueleto e outros caracteres peculiares aos besouros não permitem que se tenha dúvidas quanto a ordem a que pertencem (PICANÇO, 2010).

Essa ordem de inseto abrange várias espécies que causam danos diretos e indiretos na agricultura, dentre eles o gorgulho do milho Sitophilus zeamais. (PICANÇO, 2010).

OBJETIVO

Caracterização do gorgulho do milho em sua biologia, danos agrícolas e métodos de controle.

DANOS E BIOLOGIA DO INSETO

Os adultos são gorgulhos de 2,0 a 3,5 mm de comprimento, de coloração castanho escura, com manchas mais claras nos élitros (asas anteriores), bem visíveis logo após a Emergência (LOECK, 2002).

        Possuem a cabeça projetada à frente, na forma de rostro curvado nos machos, o rostro é mais curto e grosso, e nas fêmeas, mais longo e afilado. As larvas são de coloração amarelo-claro, do tipo curculioniforme com a cabeça de cor marrom-escura e as pupas brancas (LOECK, 2002).

Segundo Loeck 2002, as fêmeas podem viver até 140 dias, sendo o período de oviposição de 104 dias e o número médio de ovos por fêmea de 282. O período de incubação oscila entre 3 e 6 dias sendo que o ciclo biológico de ovo até a emergência de adultos é de 34 dias tendo o milho como hospedeiro. Nas fruteiras temperadas, apenas os adultos é que ocorrem, não resultando na proliferação da praga nestes hospedeiros.

A espécie de gorgulho S. zeamais apresenta elevado potencial de multiplicação. A postura de ovos é feita no grão onde a larva completa o seu desenvolvimento, passa ao estágio de pupa culminando com a emergência do adulto do seu interior (LOECK, 2002).

A multiplicação do gorgulho ocorre geralmente nos paióis existentes nas propriedades rurais que não recebem tratamento adequado visando seu controle, principalmente aqueles com milho armazenado (LORINI, 2001).

Os meses de outubro e novembro são os meses de maior taxa de elevação da população do inseto nos paióis e, por tratar-se de uma espécie que apresenta infestação cruzada, deslocasse para o campo procurando grãos para infestação. A cultura do milho é considerada a principal opção para realizar a postura (LORINI, 2001).

Segundo Lorini 2001, hipótese, na época de dispersão, muitos insetos não encontram quantidade suficiente de grãos em condições de se multiplicarem, sendo assim para sobreviverem, os adultos necessitam de alimentos ricos em açúcares que lhes garantam suficiente energia para o acasalamento e a oviposição, desta forma acabam sendo atraídos para as frutas como fonte alimentar.

Os gorgulhos também ocasionam ataques em fruteiras temperadas como pêssego e maçã afetando a parte basal do fruto principalmente na cavidade peduncular e em pontos de contato com o fruto. O gorgulho perfura a casca do fruto para se alimentar e produz pequenas depressões na polpa resultando em geleias que depreciam os frutos para comercio in natura (SALLES, 2003).

 Segundo Salles 2003, as lesões na casca também propiciam a infecção fúngica da polpa, resultando em doenças como a podridão parda. Em videira, os adultos perfuram as bagas, o que propicia a incidência da podridão ácida depreciando os frutos.

A ocorrência do gorgulho-do-milho geralmente é próxima à colheita, na fase de maturação dos frutos. Em amostragens de frutos realizadas em pomares de pessegueiro no município de Pelotas (RS), foi observado que 8% dos pêssegos caídos após chuva ou vento forte possuíam sinais de ataque do gorgulho e, dos frutos coletados nas árvores, os danos chegaram a 6% (SALLES, 2003).

As perdas causadas por insetos podem equivaler, ou mesmo supera, aquelas provocadas pelos insetos-pragas que atacam a cultura no campo, sendo que os danos sofridos pela planta em desenvolvimento podem ser compensados, em parte, por uma recuperação da própria planta danificada, ou pelo aumento da produção das plantas não atacadas, mas os danos sofridos pelos grãos armazenados são definitivos e irrecuperáveis. (SANTOS, 1993).

O milho atacado por estes insetos é comumente classificado como milho carunchado, que segundo a Abimilho 2002, (Associação Brasileira das Indústrias Moageiras de Milho), grãos carunchados são furados, broqueados e com túneis, denotando dano característico causado por insetos de grãos armazenados.

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