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Organismos Geneticamente Modificados

Por:   •  2/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.340 Palavras (18 Páginas)  •  541 Visualizações

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ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS

São Paulo – SP

2015

Sumário

  1. Introdução................................................................................3
  2. O que são organismos geneticamente modificados................5
  3. Exemplos de alimentos geneticamente modificados...............8
  4. Visão 2050..............................................................................12
  5. Empresas com conhecimento em biotecnologia X Visão 2050........................................................................................15
  6. Ganhos com os organismos geneticamente modificados......16
  7. Conclusão...............................................................................18
  8. Referência..............................................................................19
  1. INTRODUCÃO

Vivemos em tempos dinâmicos. O aumento da renda e do consumo, a crescente urbanização e as necessidades do nosso planeta em desenvolvimento estão pressionando o meio ambiente e a capacidade de atendimento dessas demandas estão em crescimento e devem ser sustentável. Portanto a sustentabilidade assumiu um papel central em todo o mundo e tem atraído a atenção e o foco de um número crescente de vozes poderosas e interesses ao redor do planeta. A cada dia o mundo tem 200.000 pessoas a mais do que no dia anterior. Uma vez que a população aumenta, acontece o mesmo com a demanda por alimentos, fibras, energia e água. Estudos mostram que até 2030, a demanda global por soja será 125% superior ao que era em 2000. A terra arável per capita em 2030 será apenas um terço do que estava disponível em 1980, portanto, sem melhorias essenciais na produtividade, haverá uma lacuna projetada de 40% na quantidade de fornecimento global da água que estará disponível em 2030 em relação à demanda esperada.

        Pensando nisso, inúmeras empresas, órgãos governamentais, representantes da sociedade civil e especialistas laçaram projeções e expectativas para um futuro muito próximo que está por vir e criaram um documento chamado VISION 2050, onde eles propõem elementos básicos capazes de orientar as lideranças governamentais, empresarias e a sociedade civil em seu processo de tomada de decisão em prol de uma economia sustentável

      Algumas empresas com foco em biotecnologia participaram da formação deste documento e pensaram em usar os recursos naturais com sabedoria para encarar esses desafios futuros estabelecendo um ambicioso conjunto de metas em agricultura sustentável com foco nas áreas-chave em que a empresa pode ajudar a ter um impacto positivo para os agricultores e para a sociedade em geral. Elas então se comprometeram a apoiar a capacidade da agricultura para produzir mais no mesmo espaço de terra e conservando assim outros recursos naturais através do desmatamento evitado e da manutenção da biodiversidade e dos recursos hídricos e também ajudando a melhorar vidas.

        Portanto essas empresas comprometeram-se com vários pilares, sendo o mais importante e revolucionário deles a biotecnologia, sendo conhecido também como Organismos Geneticamente Modificados (OGM).

  1. O QUE SÃO ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS - OGM

De acordo com o Ministério da Agricultura, Organismos Geneticamente Modificados são definidos com toda entidade biológica cujo material genético (ADN/ARN) foi alterado por meio de qualquer técnica de engenharia genética, de uma maneira que não ocorreria naturalmente. A tecnologia permite que genes individuais selecionados sejam transferidos de um organismo para outro, inclusive entre espécies não relacionadas. Estes métodos são usados para criar plantas geneticamente modificadas para o cultivo de matérias-primas e alimentos.De uma forma mais simples há um processo que isola a característica benéfica que ajuda um ser vivo a prosperar na natureza.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, os alimentos geneticamente modificados (GM) são desenvolvidos - e comercializados - porque há uma certa vantagem para o produtor ou para o consumidor destes alimentos. Isto deve ser entendido como um produto com preço reduzido, maior benefício (em termos de durabilidade ou valor nutritivo) ou ambos. No início, os criadores de sementes GM queriam que seus produtos fossem aceitos pelos produtores, então se concentraram em inovações que os agricultores (e a indústria alimentícia de uma maneira mais geral) apreciariam.

O objetivo inicial para o desenvolvimento de plantas baseadas em organismos GM era melhorar a proteção à lavoura. As culturas GM que se encontram atualmente no mercado são basicamente direcionadas para um maior nível de proteção através da introdução da resistência contra as doenças das plantas que são principalmente causadas por insetos ou vírus ou por um aumento da tolerância aos herbicidas.

A resistência aos insetos é conseguida incorporando-se na planta o gene para a produção da toxina da bactéria Bacillusthuringiensis (BT). Esta toxina atualmente é usada como um inseticida convencional na agricultura e é segura para o consumo humano. As lavouras GM que produzem permanentemente esta toxina têm demonstrado exigir menores quantidades de inseticidas em situações específicas, ex. onde é alta a pressão exercida pela praga. A resistência do vírus é conseguida através da introdução do gene de alguns dos vírus que podem causar doenças nas plantas. A resistência do vírus torna a planta menos suscetível às doenças causadas por estes vírus, resultando em lavouras com maior produtividade.

A tolerância ao herbicida é obtida através da introdução de um gene de uma bactéria que leva à resistência a alguns herbicidas. Em situações onde a pressão exercida pelas ervas daninhas é alta, o uso destas lavouras tem resultado na redução da quantidade dos herbicidas usados. 

        Estudos da própria Organização Mundial da Saúde destacam os três principais pontos de preocupação quanto à saúde humana, sendo eles: tendência de provocar reação alérgica (alergenicidade), a transferência do gene e a mutação externa.

  • Alergenicidade - Como uma questão de princípio, a transferência de genes de alimentos que normalmente são alergênicos é desencorajada a menos que se possa demonstrar que a proteína, que é produto da transferência do gene, não é alergênica. Embora os alimentos criados de maneira tradicional não sejam testados quanto à alergenicidade, os protocolos para testes de alimentos GM foram avaliados pela Organização de Alimentos e Agricultura dos Estados Unidos (FAO) e pela OMS. Nenhum efeito alérgico foi detectado com relação aos alimentos GM que estão atualmente no mercado.
  • Transferência de gene - A transferência do gene Alimentos GM para as células do corpo ou para a bactéria encontrada no trato gastrintestinal seria motivos de preocupação se o material de transferência genética afetasse de maneira adversa a saúde humana. Isto seria particularmente relevante se genes com resistência a antibióticos, fosse transferidos no desenvolvimento de OGMs. Embora a probabilidade de transferência seja baixa, o uso da tecnologia sem genes resistentes a antibióticos foi desencorajado por um recente painel de peritos da FAO/OMS.
  • Mutação Externa - A mutação dos genes de plantas GM para culturas convencional ou espécies relacionadas na natureza (denominado "cruzamento externo"), bem como a mistura de culturas derivadas de sementes convencionais com aquelas cultivadas usando culturas GM, pode ter um efeito indireto sobre a segurança dos alimentos. Este é um risco real, como foi demonstrado quando traços de uma tipo de milho, o qual somente foi aprovado para uso como ração apareceu em produtos para consumo humano nos Estados Unidos da América. Diversos países adotaram estratégias para reduzir a mistura, incluindo uma clara separação dos campos onde são plantadas culturas GM e culturas convencionais.

No Brasil as atividades realizadas com organismos geneticamente modificados são disciplinadas pela Lei nº 11.105/2005 e regulamentadas pelo Decreto 5.591/2005. Viu-se necessário o estabelecimento dessas normas como medida de segurança, regulamentando os mecanismos de fiscalização das atividades que envolvam OGM e seus derivados, através da criação do Conselho Nacional da Biossegurança – CNBS e reestruturação da Comissão Técnica Nacional da Biossegurança – CTNBio.

  1. EXEMPLOS DE ALIMENTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS

A utilização de Organismos Geneticamente Modificados pode trazer tanto vantagens como desvantagens para o agricultor e a comunidade, conforme exemplificado abaixo:

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